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GE-Portuguese Journal of Gastroenterology

versão impressa ISSN 2341-4545

Resumo

FERREIRA-SILVA, Joel et al. Desenvolvimento de um modelo preditor de descompensação hepática pré refratariedade a quimioembolização transarterial em doentes com carcinoma hepatocelular em estadio intermediário. GE Port J Gastroenterol [online]. 2023, vol.30, n.1, pp.29-37.  Epub 01-Jun-2023. ISSN 2341-4545.  https://doi.org/10.1159/000520530.

Introdução:

A quimioembolização transarterial (TACE) é o tratamento de primeira linha para doentes com carcinoma hepatocelular (HCC) em estadio intermédio. Em doentes sem resposta adequada, a evidência atual sug-ere que o tratamento com agentes de alvo molecular, aprovado para estágio avançado, pode apresentar benefícios. Porém, isso requer função hepática preservada. O objetivo deste estudo é avaliar possíveis preditores de deterioração precoce da reserva hepática, antes da refratariedade ao TACE, em uma coorte de doentes tratados com TACE.

Métodos:

Análise retrospectiva de noventa e nove doentes com Child-Pugh classe A e HCC em estadio intermédio que foram submetidos a TACE como tratamento de primeira linha. Todos os doentes foram submetidos a uma avaliação bioquímica e médica antes do TACE inicial e a cada mês após. A resposta ao TACE inicial foi avaliada em 1 mês. O tempo para a deterioração da classe Child-Pugh antes da refratariedade a TACE foi avaliado.

Resultados:

Noventa e nove doentes foram incluídos. A resposta radiológica objetiva (ORR) ao TACE inicial foi avaliada como presente em 59 (63.4%) e ausente em 34 (36.6%) doentes. Descompensação hepática ocorreu, antes da refratariedade a TACE, em 51 (51.5%) doentes e o tempo médio para a descompensação hepática foi de 14 (IQR 8-20) meses, após o primeiro TACE. Na análise multivariada, além dos critérios up-to-7 (HR 2,4, p = 0.031), albumina <35 mg/dL (HR 3,5, p < 0.001) e ausência de ORR (HR 2,4, p = 0.020) foram associados a diminuição da sobrevida livre de descompensação hepática. Além disso, a sobrevida de 6 meses livre de descompensação hepática apresentou associação, além dos critérios up-to-7, albumina <35 mg/dL e ausência de ORR. Foi criado um modelo com essas variáveis, capaz de prever a descompensação hepática com AUROC de 0,701 (p = 0.02).

Conclusões:

A ausência de ORR após TACE inicial, além dos critérios up-to-7 e albumina <35 mg/dL foram fatores preditivos para descompensação hepática antes da refratariedade a TACE na nossa população. Esses doentes podem beneficiar do escalonamento do tratamento para a terapia sistêmica, em monoterapia ou em combinação com TACE.

Palavras-chave : Carcinoma hepatocellular; Quimioembolização transarterial; Classe Child-Pugh.

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