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GE-Portuguese Journal of Gastroenterology

versão impressa ISSN 2341-4545

Resumo

MAGALHAES, Tiago et al. Impacto da COVID-19 em Doentes Pediátricos e Jovens Adultos com Doença Inflamatória Intestinal. GE Port J Gastroenterol [online]. 2023, vol.30, n.2, pp.39-44.  Epub 01-Ago-2023. ISSN 2341-4545.  https://doi.org/10.1159/000522073.

Introdução:

Na população pediátrica e de jovens adultos a gravidade da COVID-19 tende a ser moderada quando comparada com os doentes adultos. Os estudos mais recentes sugerem que os doentes com doença inflamatória intestinal (DII) não têm risco acrescido em relação à população geral. O objetivo do presente estudo é a descrição da nossa experiência no follow-up de crianças e jovens adultos com DII a COVID-19 e determinar a existência de possíveis fatores de risco para doença grave na referida população.

Métodos:

Foi realizado um estudo retrospetivo de todos os doentes com idade inferior a 25 anos, seguidos na Unidade de Gastrenterologia Pediátrico de um centro terciário por DII, com avaliação da incidência de COVID-19 entre dezembro de 2019 e abril de 2021, e caracterização dos casos postivos.

Resultados:

Entre os 268 participantes, 24 tiveram COVID-19. A idade média foi de 19 anos com uma distribuição por género equiparável. Destes, 75% (n = 18) tinham doença de Crohn, enquanto 25% (6) tinham colite ulcerosa. A maior parte dos doentes apresentavam-se em remissão clínica (n = 21) e, à data da doença COVID-19. A sua maioria, os doentes encontravam-se sob tratamento com antagonistas do fator de necrose tumoral (58%, n = 14), predominantemente o infliximab, e a generalidade dos doentes (83%) não apresentava outras comorbilidades além da DII. Relativamente à COVID-19, 17% eram assintomáticos enquanto os restantes apresentavam apenas sintomas ligeiros. Não houve relato de queixas gastrointestinais, complicações ou necessidade de hospitalização. Na maioria dos casos, não houve necessidade de interromper o tratamento da DII.

Conclusão:

Os nossos dados sugerem que doentes pediátricos e jovens adultos com DII apresentam um risco baixo de complicações ou hospitalização associados à COVID-19, independentemente do tratamento em curso para a DII. Este estudo apresenta resultados encorajadores e contribui para o aconselhamento adequado e fundamentado aos doentes e respetivos cuidadores, no que diz respeito às opções terapêuticas e frequência escolar dos doentes pediátricos e jovens adultos com DII.

Palavras-chave : Doença de Crohn; Colite ulcerosa; SARS-CoV-2; COVID-19; Pediatria.

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