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GE-Portuguese Journal of Gastroenterology

versão impressa ISSN 2341-4545

Resumo

AFECTO, Edgar et al. Validação e aplicação de modelos preditivos para preparação intestinal inadequada numa população de um hospital terciário. GE Port J Gastroenterol [online]. 2023, vol.30, n.2, pp.52-58.  Epub 01-Ago-2023. ISSN 2341-4545.  https://doi.org/10.1159/000520905.

Introdução:

A preparação intestinal é um dos principais critérios de qualidade na colonoscopia. Modelos desenvolvidos para identificar doentes com preparação inadequada nunca foram validados em coortes externas. Pretendemos validar esses modelos e determinar sua aplicabilidade clínica.

Métodos:

Colonoscopias entre abril-novembro/2019 foram incluídas retrospectivamente. A Escala de Preparação Intestinal de Boston 2 por segmento foi considerada adequada. Dados insuficientes, colonoscopias incompletas e colectomias totais foram excluídos. Dois modelos foram testados: modelo 1 (antidepressivos tricíclicos, opióides, diabetes, obstipação, cirurgia abdominal, preparação prévia inadequada, internamento e American Society of Anesthesiology [ASA] 3); modelo 2 (comorbilidades, antidepressivos tricíclicos, obstipação e cirurgia abdominal).

Resultados:

Foram incluídos 514 doentes (63% homens; idade 61.7 ± 15.6), 441 com preparação adequada. As principais indicações foram doença inflamatória intestinal (26.1%) e tratamento endoscópico (24.9%). Cirurgias anteriores (36.2%) e ASA ≥3 (23.7%) foram as comorbilidades mais comuns. Um score ASA ≥3 foi o único fator de risco identificado para preparação inadequada (p < 0.001, OR 3.28). A sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo (VPP) e valor preditivo negativo (VPN) do modelo 1 foi de 60.3, 64.2, 21.8 e 90.7%. O modelo 2 apresentou sensibilidade, especificidade, VPP e VPN de 57.5, 67.4, 22.6 e 90.55%. A AUC para a curva ROC foi de 0.62 para o modelo 1, 0.62 para o modelo 2 e 0.65 para o score ASA.

Conclusões:

Embora ambos os modelos sejam eficazes a prever preparação intestinal adequada, não se verifica o mesmo para a preparação inadequada e como tal, novos modelos ou otimização dos atuais são ainda necessários. Utilizar o score ASA pode ser uma aproximação adequada do risco de preparação intestinal inadequada em populações de hospitais terciários.

Palavras-chave : Colonoscopia; Preparação intestinal; Critérios de qualidade na colonoscopia.

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