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GE-Portuguese Journal of Gastroenterology

versão impressa ISSN 2341-4545

Resumo

GARCIA, Joana Lemos et al. Impacto da colocação de gastrostomia percutânea endoscópica (PEG) no status nutricional de doentes submetidos a quimiorradioterapia para cancro do esófago. GE Port J Gastroenterol [online]. 2023, vol.30, n.5, pp.24-32.  Epub 01-Dez-2023. ISSN 2341-4545.  https://doi.org/10.1159/000525853.

Introdução:

A neoplasia do esófago associa-se a disfagia e perda ponderal, sendo a desnutrição agravada pelo tratamento multimodal.

Objetivo:

Avaliar o impacto da colocação de gastrostomia percutânea endoscópica (PEG) no estado nutricional de doentes com neoplasia do esófago propostos para quimiorradioterapia (QRT).

Métodos:

Estudo comparativo com braço prospetivo e contro-lo retrospetivo. Incluídos doentes com neoplasia do esófago propostos para QRT definitiva ou neoadjuvante, com disfagia grau >2 e/ou perda de peso >10%. Colocada PEG (método pull) antes do início de QRT. Avaliada se-menteira tumoral por zaragatoa e histologia. Como controlo, utilizada coorte histórica de doentes sem PEG. Registo ACTRN12616000697482.

Resultados:

29 doentes (grupo intervenção, GI) foram comparados com 30 controlos (GC). Sem diferença significativa nos principais outcomes: perda de peso durante a QRT 8.1 ± 5.5 kg versus 9.1 ± 4.2 kg (p = 0.503); mortalidade aos 6 meses após QRT ou cirurgia 17.2% versus 26.7% (p = 0.383); taxa de complicações perioperatórias 54.5% versus 55.6% (p = 1.000); admissões hospitalares não planeadas 34.5% versus 40.0% (p = 0.661). No GC, durante a QRT, 14 (46.7%) apresentaram disfagia graus 3-4, dos quais 12 necessitaram de nutrição por sonda nasogástrica (n = 10), gastrostomia cirúrgica (n = 1) ou dilatação esofágica (n = 1). No GI, 89.7% utilizaram a PEG durante QRT, em algum momento de forma exclusiva em 51.7%. Os eventos adversos foram sobretudo minor (n = 12; 41.4%), sobretudo infeções tardias periestoma; 1 complicação major (laparotomia exploradora por suspeita de interposição de cólon, não confirmada). Sem evidência citológica ou histológica de sementeira tumoral no estoma.

Conclusão:

Embora não se tenham observado diferenças na perda de peso, complicações cirúrgicas e mortalidade entre grupos, metade dos utentes necessitou de nutrição entérica exclusiva, tornando a colocação de PEG uma alternativa a considerar.

Palavras-chave : Estado nutricional; Neoplasia do esófago; Gastrostomia; Terapêuica neoadjuvante.

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