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GE-Portuguese Journal of Gastroenterology

versão impressa ISSN 2341-4545

Resumo

GONCALVES, Margarida Gomes et al. Prevalência e fatores de risco para o cancro colorretal pós-colonoscopia: Experiência de um centro de referência. GE Port J Gastroenterol [online]. 2023, vol.30, n.5, pp.33-41.  Epub 01-Dez-2023. ISSN 2341-4545.  https://doi.org/10.1159/000526126.

Introdução:

A colonoscopia é eficaz a detetar e remover lesões do colon e reto. Contudo, após uma colonoscopia normal, podem ser detetadas neoplasias durante o intervalo de vigilância recomendado entre colonoscopias. O objetivo do estudo foi identificar características e fatores de risco para o desenvolvimento de cancro colorretal pós-colonoscopia - subtipo de intervalo.

Material e Métodos:

Estudo retrospetivo e unicêntrico realizado entre janeiro de 2018 e dezembro de 2019 que incluiu todos os doentes diagnosticados de novo com cancro colorretal. Variáveis clínicas, demográficas e endoscópicas foram obtidas após consulta do processo clínico. Doentes com diagnóstico de cancro colorretal entre duas colonoscopias consecutivas, realizadas no intervalo de vigilância recomendado, foram considerados como tendo cancro colorretal pós-colonoscopia - subtipo de intervalo. Foi, então, realizada a comparação entre o grupo de doentes com cancro color-retal não pós colonoscopia - subtipo de intervalo e o grupo de doentes com cancro colorretal pós colonoscopia - subtipo de intervalo.

Resultados:

Durante o período de estudo, 491 doentes foram diagnosticados de novo com cancro colorretal. Destes, 61 (12.4%) foram considerados como tendo cancro colorretal pós-colonoscopia - subtipo de intervalo. O cancro colorretal pós-colonoscopia - subtipo de intervalo foi três vezes mais prevalente no colon proximal (p = 0.014) e associou-se a presença de dois ou mais fatores de risco cardiovasculares (aOR = 0.45; p = 0.016), colecistectomia no passado (aOR = 10.09; p = 0.0.19) e história familiar de cancro colorretal num familiar de primeiro grau (aOR = 4.25; p = 0.006). Aquando da análise dos fatores de risco cardiovasculares isolados, observou-se um fator protetor aquando da ausência de to-dos os fatores de risco cardiovasculares (aOR = 20; p = 0.034). A curva ROC associada ao modelo multivariado revelou um poder preditivo de 77.8% (p < 0.001).

Conclusão:

O cancro colorretal pós-colonoscopia - subtipo de intervalo é mais comum no colon proximal e em doentes com história familiar (em familiares de primeiro grau) de cancro colorretal, dois ou mais fatores de risco cardiovasculares e história de colecistectomia. Todos estes fatores de risco são facilmente detetáveis na prática clínica e podem ser de extrema importância no controlo, a curto e longo prazo, do cancro colorretal pós-colonoscopia.

Palavras-chave : Cancro colorretal; Cancro colorretal pós-colonoscopia; Colonoscopia.

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