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GE-Portuguese Journal of Gastroenterology

versão impressa ISSN 2341-4545

Resumo

BRITO, Mariana et al. Mega-Stent esofágico Niti-S: uma ferramenta endoscópica emergente com diferentes aplicações na abordagem das deiscências anastomóticas. GE Port J Gastroenterol [online]. 2023, vol.30, suppl.1, pp.45-51.  Epub 15-Nov-2023. ISSN 2341-4545.  https://doi.org/10.1159/000524420.

Introdução:

A deiscência anastomótica (DA) é uma complicação grave no pós-operatório precoce da esofagectomia e gastrectomia total, pela sua elevada mortalidade. As próteses metálicas autoexpansíveis (PMAE) desempenham um papel fundamental no tratamento das DA. Na literatura, há apenas um caso descrito sobre a utilização de um Mega-Stent no contexto de DA, que não complicação bariátrica. Os autores reportam uma série de dois casos com diferente aplicação do Mega-Stent esofágico no tratamento de DA.

Descrição do caso:

Caso 1: Homem de 67 anos, submetido a esofagectomia por carcinoma epidermóide do esófago distal. O período pós-operatório precoce foi complicado de DA com fístula gastro-pleural. Inicialmente foi colocado um clip OTSC no orifício da deiscência com insucesso técnico e clínico, sendo posteriormente utilizado o Mega-Stent, posicionado desde o esófago até ao bulbo duodenal. Estudos contrastados posteriores confirmaram resolução da DA. Caso 2: Mulher de 86 anos, submetida a gastrectomia total com reconstrução em Y-Roux e esofagojejunostomia por adenocarcinoma gástrico, complicada de DA. Neste contexto foi colocada uma PMAE parcialmente coberta (PMAE-PC) sobre a área da anastomose. A tomografia computorizada subsequente demonstrou persistência de extravasamento. Foi colocada uma segunda PMAE-PC, com posterior resolução da DA. Semanas depois, ambas as PMAE-PC apresentavam tecido de granulação nos topos, tendo sido colocado o Mega-Stent (técnica stent-in-stent) e decorridas duas semanas, todas as próteses foram facilmente extraídas, confirmando-se sucesso no tratamento da DA.

Discussão/conclusão:

A utilização de PMAE nas DA constitui uma técnica terapêutica segura e bem estabelecida, contudo passível de apresentar limitações tais como a migração ou incapacidade de cobrir totalmente DA de maiores dimensões. O Mega-Stent esofágico pode constituir uma ferramenta útil na terapêutica endoscópica destes doentes.

Palavras-chave : Deiscência anastomótica; Mega-Stent esofágico; Prótese esofágica; Endoscopia.

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