30 2 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


GE-Portuguese Journal of Gastroenterology

 ISSN 2341-4545

BRAGANCA, Sofia; FERRAZ, Mário    GERMANO, Nuno. Sequential Use of High-Volume Plasma Exchange and Continuous Renal Replacement Therapy in Hepatitis B Virus-Related Acute Liver Failure: A Case Report. []. , 30, 2, pp.29-35.   01--2024. ISSN 2341-4545.  https://doi.org/10.1159/000527584.

^a

Background:

Acute liver failure (ALF) may represent an indication for liver transplantation (LT). However, in patients who do not meet the criteria or who have contraindications for LT, support measures remain indicated since they may improve survival. Continuous renal replacement therapy (CRRT) can be considered in the presence of hyperammonemia, 3 times above the upper normal limit, and hepatic encephalopathy (HE), even in the absence of the classic indications. High-volume plasma exchange (HVPE) is an artificial liver support system with proven benefits in ALF, allowing ammonia and inflammatory mediator clearance. Both techniques, HVPE and CRRT, are associated with an increase in transplant-free survival.

Case Summary:

We share a case of a 51-year-old male, without relevant personal history, diagnosed with severe acute hepatitis B which progressed to ALF, with grade IV HE (West-Haven criteria) and hyperammonemia (423 μg/dL). Due to the simultaneously diagnosed malignant neoplasm, he was not a candidate for LT. After refractory to medical therapy, HVPE was started, followed by CRRT. There was a significant improvement in liver tests, allowing surgical treatment of malignancy. After recovery, the patient returned to his everyday life.

Conclusion:

The authors present a successful case in which an early and invasive approach to ALF was revealed to be a game changer. The lack of response to the measures instituted, as well as the contraindication for LT, motivated the institution of HVPE and CRRT. Both techniques proved to be an asset, allowing complete clinical recovery, reaffirming their role in ALF.

^len^a

Background:

A insuficiência hepática aguda (IHA) pode constituir uma indicação para transplante hepático (TH). Contudo, nos doentes que não cumprem os critérios ou que apresentam contraindicação para TH, as medidas de suporte continuam indicadas dado que podem ter benefício na sobrevivência. A terapêutica de substituição da função renal (TSFR) pode ser considerada na presença de hiperamonémia, superior a três vezes do limite superior do normal, e encefalopatia hepática (EH), mesmo na ausência das indicações clássicas. A plasmaferese de alto volume (PFAV) é um sistema de suporte artificial ao fígado (SSAF) com benefícios comprovados na IHA, permitindo a clearance de amónia bem como de mediadores inflamatórios. Ambas as técnicas, PFAV e TSFR, estão associadas ao aumento da sobrevivência livre de transplante.

Resumo do caso:

Apresentamos o caso de um homem de 51 anos, sem antecedentes pessoais de relevo, com o diagnóstico de hepatite B aguda grave que progrediu para IHA, com EH grau IV (critérios de West-Haven) e hiperamonémia (423 μg/dL). Devido ao diagnóstico simultâneo de neoplasia maligna, o doente não foi candidato a TH. Após refratariedade ao tratamento médico instituído, iniciou-se PFAV, seguida de TSFR. Verificou-se melhoria significativa das provas hepáticas, permitindo o tratamento cirúrgico da neoplasia. Após recuperação, o doente regressou ao seu quotidiano.

Conclusão:

Os autores apresentam um caso de sucesso em que uma abordagem precoce e invasiva revelou-se game-changer. A refratariedade às medidas instituídas, bem como a contraindicação ao TH, motivaram a instituição de HVPE e CRRT. Ambas as técnicas revelaram-se uma mais-valia permitindo a recuperação clínica total, reafirmando o seu papel na IHA.

^lpt

: .

        · | |     ·     · ( pdf )