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Portuguese Journal of Public Health

versión impresa ISSN 2504-3137versión On-line ISSN 2504-3145

Resumen

AFONSO, Andrea Luísa Fernandes; PIRES, Bruno Miguel Morais; TEIXEIRA, Cristina Martins  y  NOGUEIRA, António José. Teste intradérmico da tuberculina versus teste de deteção de interferão-gama numa unidade de saúde no nordeste de Portugal. Port J Public Health [online]. 2020, vol.38, n.3, pp.159-165.  Epub 10-Feb-2021. ISSN 2504-3137.  https://doi.org/10.1159/000514875.

O rastreio de grupos de risco para o desenvolvimento de tuberculose (TB) é uma prioridade para o controlo da doença. Uma vez que não existe um “gold-standard” para o diagnóstico de infeção latente (ITBL), o teste intradérmico da tuberculina (TST) e o teste de deteção de interferão-gama (IGRA) têm sido usados com esse propósito. O objetivo deste estudo foi determinar a proporção de ILTB através do TST e do teste IGRA e avaliar os fatores associados à discordância de resultados entre testes, considerando vários grupos de risco aconselhados para rastreio no Nordeste de Portugal. Os dados foram obtidos da base de dados de utentes de uma unidade local de saúde com suspeita de ILTB e orientados para rastreio (janeiro de 2014 a dezembro de 2015). Foi obtida a proporção de ILTB usando ambos os testes. Os modelos de regressão logística avaliaram os fatores de risco para um teste positivo e para resultados discordantes entre os testes. Obtiveram-se as estimativas de odds ratio (OR) e o respetivo intervalo de confiança de 95% (IC95%). Dos 367 pacientes incluídos na análise, 79,8% tiveram um TST positivo e 46,0% deles tiveram um IGRA positivo. Em comparação com contatos de casos de TB ativa, o risco de TST positivo foi maior em profissionais de saúde e presidiários (OR = 4.38; 95% CI: 1.59-12.09 e OR = 4.74 95% CI: 1.45-15.49, respetivamente) e menor em imunocomprometidos (OR = 0.14; 95% CI: 0.06-0.31). Por outro lado, os profissionais de saúde (OR = 0.44; 95% CI: 0.24-0.80) e imunocomprometidos (OR = 0.24; IC95%: 0.10-0.56) apresentaram menor risco de IGRA positivo. Houve 42.0% de resultados positivos concordantes, 16.1% de negativos concordantes e 41.9% de discordantes, com os profissionais de saúde a apresentarem maior risco de resultados discordantes (OR = 3.34; 95% CI: 1.84-6.05). A proporção de ILTB estimada pelo TST e IGRA nestes utentes aconselhados a fazer rastreio revelou-se alta, evidenciando a necessidade de estratégias preventivas. Entre os profissionais de saúde, os resultados do TST devem ser lidos com cautela, pois a maior proporção de resultados discordantes com um TST positivo sugere o impacto do efeito booster neste grupo.

Palabras clave : Tuberculose; Infeção Tuberculosa Latente; Teste Intradérmico à Tuberculina; Teste de Deteção de Interferão-Gama..

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