Motivação:

Valor em saúde é um paradigma cada vez mais usado na elaboração de políticas de saúde, na gestão de instituições de saúde, no financiamento de serviços de saúde e na escolha de tecnologias de tratamento. Várias métricas foram propostas e são usadas por académicos e profissionais.

Sumário:

A medição do valor da saúde apresenta várias dificuldades éticas e metodológicas. Embora usualmente se considere que que a vida humana não deve ser sujeita a avaliação monetária, várias atividades humanas, nomeadamente o trabalho, são passiveis de ser avaliadas em termos financeiros. Isto permite estimar o valor da saúde na medida em que a saúde tem impacto nessas atividades. No entanto existem outros desafios, tais como medir os custos e benefícios associados à saúde. Várias métricas para estimar valor em saúde foram propostas na literatura académica e são usadas na prática. O objetivo deste artigo é apresentar uma apreciação critica, feita do ponto de vista da teoria financeira, de várias dessas métricas.

Mensagem principal:

Muitas das métricas usadas em valor em saúde não refletem o conceito de valor que está na base da moderna teoria financeira: baseiam-se em conceitos contabilísticos, como custos, e não em cash-flows expectáveis no futuro. Para os tornar coerentes com a teoria de valor que é atualmente aceite necessitam de ser revistos.

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