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Portuguese Journal of Public Health

versão impressa ISSN 2504-3137versão On-line ISSN 2504-3145

Resumo

BERNARDO, Diana et al. A influência do Índice de Massa Corporal prégestacional e das características da atividade física nos parâmetros maternos, de parto e do recém-nascido numa amostra de grávidas portuguesas: estudo de coorte retrospetivo. Port J Public Health [online]. 2023, vol.41, n.2, pp.140-150.  Epub 30-Set-2023. ISSN 2504-3137.  https://doi.org/10.1159/000531587.

Introdução:

Existe uma associação linear entre o Índice de Massa Corporal (IMC) pré-gestacional e quase todos os desfechos adversos da gravidez. A gravidez é “uma janela de oportunidades” em termos de mudança de comportamento e melhoria da conscientização sobre uma vida saudável. A avaliação adequada dos níveis de Atividade Física, durante a gravidez, determina tendências, benefícios para a saúde e os seus efeitos ao longo do tempo. Este estudo tem como objetivo descrever as atividades e os níveis de atividade física materna, estratificados pelo IMC pré-gestacional, verificar o cumprimento das recomendações de atividade física em grávidas e correlacionar o IMC e a realização de atividade física com parâmetros maternos, de parto e neonatais.

Métodos:

Foi realizado um estudo de coorte retrospetivo com 103 grávidas. O tipo e a intensidade da atividade física foram avaliados por questionário e acelerometria, o IMC pré-gestacional foi obtido pela fórmula de Quetelet e utilizaram-se as diretrizes do American College of Sport Medicine para determinar os níveis de realização da atividade física. Os dados contínuos foram apresentados em média e desvio padrão, e os dados categóricos em números e percentagens. O F test e foi utilizado para examinar as diferenças entre os grupos.

Resultados:

As grávidas da amostra despenderam 42.9% do tempo em atividades domésticas e, as grávidas com obesidade, 91.5% do tempo em atividades sedentárias. Grávidas com IMC normativo apresentaram níveis mais elevados de atividades de intensidade moderada, 15.8% das participantes com obesidade atingiram as recomendações internacionais para a prática de atividade física e as mulheres que cumpriram as recomendações de atividade física ganharam menos peso durante a gravidez. Grande percentagem das grávidas com sobrepeso e obesidade não cumpriu com as recomendações para ganho de peso gestacional e a incidência de diabetes gestacional foi maior no grupo obesidade (p = 0.03 entre os grupos). Relativamente aos parâmetros de parto e neonatais (apgar 1º, apgar 5º, peso tamanho e perímetro cefálico), não foram encontradas diferenças estatísticas, quando os scores foram ajustados à semana de gestacional, entre os grupos de IMC (p = 0.58; p = 0.18; p = 0.60; p = 0.34; p = 0.34 respetivamente) ou atividade física (p = 0.12; p = 0.15; p = 0.83; p = 0.70; p = 0.70 respetivamente).

Conclusão:

Grávidas com obesidade apresentam altos níveis de comportamento sedentário, alta prevalência de diabetes gestacional e excedem o ganho de peso gestacional recomendado. Os profissionais de saúde têm um papel crucial na promoção da atividade física regular e mudanças no estilo de vida antes e durante a gravidez.

Palavras-chave : Atividade física; Gravidez; Mulheres grávidas; IMC; Obesidade; Pré-obesidade.

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