Antecedentes:

O consumo de álcool é amplamente reconhecido como uma das principais causas de mortalidade prematura e uma preocupação significativa em termos de saúde global. Este estudo tem como objetivo investigar as tendências dos transtornos do uso de álcool, incluindo a incidência, a mortalidade e os anos de vida ajustados por incapacidade (DALYs), na Estónia de 1990 a 2019 utilizando dados do Global Burden of Disease (GBD).Métodos: O estudo GBD, de investigação epidemiológica, analisa várias causas de morte, doenças, lesões e fatores de risco em vários países e territórios. Neste estudo, utilizámos o conjunto de dados GBD para estimar a incidência anual, a prevalência, a mortalidade, os anos de vida perdidos (YLL), os anos de vida com deficiência (YLD) e as taxas DALY por sexo e idade de 1990 a 2019. Para avaliar as tendências destes índices, incluindo o DALY, a incidência, a mortalidade e o rácio de mortalidade por incidência (MIR), foi utilizada a análise de regressão joinpoint. Isto permitiu a identificação de alterações significativas nas tendências em pontos temporais específicos e o cálculo da variação percentual anual (APC) entre esses pontos.

Resultados:

Os nossos resultados revelaram uma tendência global decrescente na taxa de incidência de perturbações relacionadas com o consumo de álcool durante o período de estudo. No entanto, as tendências médias de DALY, mortalidade e 1-MIR não exibiram variação significativa durante este tempo. Além disso, observámos um declínio mais substancial nos transtornos do uso de álcool entre os homens em comparação com as mulheres de 1990 a 2019. Especificamente, a incidência de transtornos do uso de álcool demonstrou um aumento significativo de 1990 a 2000, seguido de um declínio de 2010 a 2018, e continuou a diminuir de 2017 a 2019.

Conclusão:

Este estudo fornece insights importantes sobre as tendências de mudança dos transtornos do uso de álcool, incluindo a incidência e a mortalidade, na Estónia de 1990 a 2019. Os resultados indicam um padrão decrescente ao longo do tempo, sugerindo uma mudança positiva no comportamento do consumo de álcool. Além disso, observamos que os homens tinham taxas mais altas de MIR, DALY, mortalidade e incidência de transtornos do uso de álcool em comparação com as mulheres. Os dados recolhidos enfatizam a necessidade de programas de prevenção de saúde direcionados para sustentar e promover, ainda mais, a tendência de queda nos transtornos relacionados com o álcool.

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