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Portuguese Journal of Dermatology and Venereology

versão impressa ISSN 2795-501Xversão On-line ISSN 2795-5001

Resumo

MENDES, Rita Bouceiro; LOBO, Marta Aguado; LARA, Pablo Espinosa  e  DE ALMEIDA, Luís Soares. Estudo histopatológico da dermite de contacto alérgica. Port J Dermatol Venereol. [online]. 2022, vol.80, n.1, pp.2-8.  Epub 16-Maio-2022. ISSN 2795-501X.  https://doi.org/10.24875/pjd.m22000002.

Introdução:

A dermite de contacto alérgica (DCA) possui um amplo espectro de apresentações clínicas, que podem mimetizar outras patologias. Quando as provas de contato não identificam os alergénios relevantes ou o tratamento se releva ineficaz, deve ser realizada uma biópsia cutânea. No entanto, há poucos estudos descritivos sobre a histopatologia da DCA.

Objetivo:

Caracterizar as alterações microscópicas da DCA e identificar características que ajudem no diagnóstico diferencial.

Métodos:

Realizámos um estudo retrospetivo que englobou 20 biópsias cutâneas de casos de DCA. As lâminas foram revistas e as alterações microscópicas analisadas.

Resultados:

Nas lâminas estudadas, verificou-se uma concordância clínico-patológica de 80% sendo o principal diagnóstico diferencial histológico, toxidermia. Na epiderme, as alterações mais comuns incluíram acantose (95%), paraqueratose (85%) e espongiose (80%). Apenas em 3 casos se identificou necrose de queratinócitos. Na derme, a presença de um infiltrado inflamatório perivascular superficial foi o achado mais frequente. Em todos os casos se observaram linfócitos e, em 80%, eosinófilos. Em nenhuma das lâminas se identificou a presença de neutrófilos ou de linfócitos atípicos.

Conclusão:

Na DCA, as alterações histopatológicas são inespecíficas e a correlação com a clínica é essencial. O padrão típico é a espongiose com eosinófilos, mas os achados dependem do tempo de evolução das lesões. Várias características histológicas (incluindo paraqueratose e hiperplasia da epiderme com evidências, ainda que subtis, de espongiose; infiltrado dérmico superficial; ausência de queratinócitos apoptóticos e de degeneração vacuolar) podem auxiliar no diagnóstico diferencial com toxidermias.

Palavras-chave : Biopsia; Dermatite alérgica de contato/diagnóstico; Dermatite alérgica de contato/patologia.

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