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Portuguese Journal of Dermatology and Venereology
versão impressa ISSN 2795-501Xversão On-line ISSN 2795-5001
Resumo
MOURA-FERNANDES, Bruno; CARVALHO, Carolina; VIEIRA, Ricardo e BORREGO, Margarida. Carcinoma espinhocelular periorbitário: abordagem clássica com excelente controlo local. Port J Dermatol Venereol. [online]. 2022, vol.80, n.2, pp.142-146. Epub 02-Ago-2022. ISSN 2795-501X. https://doi.org/10.24875/pjd.m22000019.
O carcinoma espinhocelular é o segundo cancro de pele não melanoma mais comum, com incidência crescente. A radioterapia apresenta um papel importante no tratamento destes doentes, seja com intuito curativo, adjuvante ou paliativo. Apresentamos o caso clínico de uma doente de 88 anos com extenso carcinoma espinhocelular periorbitário, que não reunia condições para realização de tratamento de radioterapia externa com adequado posicionamento. Por esse motivo, foi efetuada uma abordagem atípica, tendo efetuado tratamento na maca hospitalar com um feixe direto de eletrões de 6 MeV com dose de 30 Gy/5 fr. A doente obteve resposta clínica completa em 4 meses.
Este caso clínico pretende relembrar que embora estejamos perante uma evolução contínua de aceleradores lineares, técnicas especiais de radioterapia e sistemas de imobilização mais eficazes, existem alguns casos em que necessitamos de repensar a nossa estratégia e utilizar técnicas de tratamento clássicas para permitir o tratamento de doentes particulares.
Palavras-chave : Radioterapia; Carcinoma espinhocelular cutâneo; Caso clínico; Paliativo; Resposta clínica completa.