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Portuguese Journal of Dermatology and Venereology

versão impressa ISSN 2795-501Xversão On-line ISSN 2795-5001

Resumo

SANTOS-COELHO, Miguel et al. Teledermatologia e a pandemia covid-19: experiência de um centro português. Port J Dermatol Venereol. [online]. 2022, vol.80, n.3, pp.173-179.  Epub 24-Out-2022. ISSN 2795-501X.  https://doi.org/10.24875/pjdv.22000007.

Introdução:

Com o objectivo de manter a actividade assistencial numa altura em que o distanciamento social e as restrições de mobilidade entre hospitais consequentes à pandemia COVID-19 se apresentavam como fundamentais, o departamento de Dermatovenereologia do Hospital de Santo António dos Capuchos implementou uma plataforma assíncrona de teledermatologia baseada em e-mail e smartphones. Este estudo pretende avaliar a sua aplicação a consultas de urgência de ambulatório e internamento, dando destaque aos seus benefícios e limitações.

Métodos:

Todas as comunicações escritas recebidas por e-mail ou smartphone entre 1 de Abril de 2020 e 31 de Abril de 2021 foram analisadas. Os dados foram avaliados e foi realizada análise estatística com recurso ao software SPSS Statistics 25®.

Resultados:

Foram analisadas 471 referenciações (329 consultas urgentes de ambulatório e 142 consultas urgentes em internamento). O e-mail foi a plataforma mais usada (68.8%) e a maioria das referenciações eram compostas por informação clínica escrita e imagens clínicas (70.3%). Apenas 29% destas continham, em simultâneo, informação clínica e imagens clínicas adequadas. A maior parte dos pedidos recebeu uma resposta por um dermatologista em menos de 24 horas (89%) e, em 58% dos casos, foi efectuada uma conversão a consulta presencial. O tempo médio para uma consulta presencial após triagem foi de 0.25 dias para consultas em internamento e 4 dias para consultas de ambulatório.

Conclusão:

A pandemia COVID-19 acelerou a implementação da teledermatologia de modo a assegurar a manutenção de bons cuidados de saúde. Este estudo demonstrou que estas plataformas foram amplamente adoptadas por profissionais de saúde e doentes e a realização de consultas remotas foi possível numa percentagem significativa de casos. A teledermatologia apresenta várias limitações e nunca poderá substituir integralmente uma avaliação presencial, podendo ser, no entanto, uma ferramenta útil no dia-a-dia.

Palavras-chave : Teledermatologia; COVID-19; Pandemia.

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