SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.81 número2O impacto da pandemia COVID-19 no melanoma maligno: a experiência de um centroCarcinoma do pénis: o que os dermatologistas devem saber índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Portuguese Journal of Dermatology and Venereology

versão impressa ISSN 2795-501Xversão On-line ISSN 2795-5001

Resumo

LOURENCO, Nuno  e  GONCALO, Margarida. Alopecia areata: da fisiopatologia à inovação terapêutica. Port J Dermatol Venereol. [online]. 2023, vol.81, n.2, pp.93-105.  Epub 25-Abr-2023. ISSN 2795-501X.  https://doi.org/10.24875/pjdv.23000014.

A Alopecia areata (AA) é uma doença autoimune crónica caracterizada pela perda de cabelo não-cicatricial, que varia desde peladas à perda de todos os pelos do corpo. O evento major na fisiopatologia da AA é o colapso do privilégio imunológico do folículo piloso causado pelo aumento da produção local de interferão-gama (IFN-γ). Como consequência, na maioria dos casos, há um reconhecimento dos autoantigénios por um infiltrado imune de linfócitos T autorreativos e um conjunto de alterações inflamatórias no microambiente do folículo piloso, em grande parte mediadas pela via Janus cinase–transdutor de sinal e ativador da transcrição (JAK-STAT). Com base nestes achados fisiopatológicos, a via JAK-STAT foi definida como alvo terapêutico na AA, com o desenvolvimento dos inibidores JAK, que surgem como alternativa aos tratamentos tradicionais inespecíficos. Inicialmente, os inibidores JAK de 1ª geração orais (baricitinib, tofacitinib e ruxolitinib) e, mais recentemente, os inibidores JAK de 2ª geração orais (ritlecitinib, brepocitinib, upadacitinib e abrocitinib) têm demonstrado eficácia e segurança no tratamento da AA. No seguimento de resultados positivos nos estudos BRAVE-AA1 e BRAVE-AA2, o baricitinib oral (Olumiant) foi o primeiro fármaco de sempre a receber aprovação para o tratamento da AA, no dia 13 de Junho de 2022. Pelo contrário, os inibidores JAK tópicos e outras terapêuticas inovadores, tais como os inibidores da fosfodiesterase-4 (apremilast) e os biológicos (dupilumab, secukinumab e aldesleukin), parecem ter uma eficácia limitada no tratamento da AA, com a possível exceção do dupilumab. Desta forma, o presente artigo propõe-se a rever os mecanismos fisiopatológicos e novos tratamentos dirigidos na AA, com especial foco nos inibidores JAK.

Palavras-chave : Alopecia areata; Fisiopatologia; Inibidores JAK; Baricitinib; Inibidores da fosfodiesterase-4; Biológicos.

        · resumo em Inglês     · texto em Inglês     · Inglês ( pdf )