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Análise Social

versão impressa ISSN 0003-2573

Anál. Social  n.178 Lisboa  2006

 

Joana Estorninho de Almeida, A forja dos homens. Estudos jurídicos e lugares de poder no séc. XVII, Lisboa, Imprensa de Ciências Sociais, 2004, 189 páginas.

Antonio Presedo Garazo

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

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1 Especialmente em relação ao estudo da nobreza, tal como foi posto em manifesto na primeira epígrafe do seu recente artigo por Nuno G. Monteiro, «17th and 18th century Portuguese nobilities in the European context: a historiographical overview», in The journal of Portuguese History, n.º 1, 2003, pp. 1-2.

2 Referimo-nos aqui a obras que se aproximaram às elites europeias e, dentro destas, à nobreza, publicadas nas décadas dos anos 60 e 70 e que tiveram como principal objecto de estudo (1) a consolidação e evolução dos patrimónios da elite nobiliária no contexto histórico tardo-feudal, (2) os mecanismos operados por ela de forma a perpetuar o seu poder no seio de uma sociedade muito condicionada pelas diferenças estamentais e (3) o seu estilo de vida. Só para citar alguns exemplos representativos, podemos fixar-nos, para o caso espanhol, na obra de Antonio Domínguez Ortiz Las clases privilegiadas en el Antiguo Régimen, Madrid, 1973, 1.ª parte, dedicada ao estamento nobiliário, para o caso escocês, no trabalho de Rosalind K. Marshall The Days of Duchess Anne. Life in the Household of the Duchess of Hamilton, 1656-1716, East Lothian, 1973, para o caso francês, no ensaio de Jean-Pierre Labaut Les ducs et pairs de France au XVIIe siècle, Paris, 1972, e para o modelo inglês, na obra de Lawrence Stone The Crisis of the Aristocracy, Londres-Oxford-Nova Iorque, 1967.

3 Cf. a sua obra fundamental, As vésperas do Leviathan. Instituições e Poder Político. Portugal — Séc. XVII, 2 vols., Lisboa, 1986, ed. de autor, posteriormente reed. em Coimbra em 1994, para além da sua colecção de trabalhos reunidos no volume intitulado La Gracia del Derecho. Economía de la cultura en la Edad Moderna, Madrid, 1993.

4 V. La culture des apparences. Une histoire du vêtement (XVIIe-XVIIIe siècle), Paris, 1989.

5 V. The culture of power and the power of culture: old regime Europe, 1660-1789, Oxford, 2002.

6 Tal como se depreende da teoria formulada em 1930 pelo antropólogo norte-americano Robert Redfield relativamente à bipolaridade cultural assente na convivência de duas tradições culturais, a «grande tradição» e a «pequena tradição», formulação que seria retomada anos depois — em 1978 — por Peter Burke em La cultura popular en la Europa moderna, Madrid, 1991 (1.ª ed. em inglês, 1978).

7 Cf., por exemplo, para o caso francês, Jean-Marie Constant, La vie quotidienne de la noblesse française au XVIe-XVIIe siècles, París, 1985, pp. 117-125, e para o italiano, Aldo Mazzacane, «Law and jurists in the formation of the modern state in Italy», in The Journal of Modern History, vol. 67, suplemento, 1995, pp. 62-73.

8 Temática onde se destacou o Prof. Nuno G. Monteiro, hoje em dia um dos especialistas mais reconhecidos nesta matéria no contexto internacional [cf. a sua obra O crepúsculo dos grandes. A casa e o património da aristocracia em Portugal (1750-1832), Lisboa, 1998, 2.ª parte].

9 Cf. Pedro Cardim, Cortes e cultura política no Portugal do Antigo Regime, Lisboa, 1998, e Mafalda Soares da Cunha, A Casa de Bragança, 1560-1640. Práticas Senhoriais e Redes Clientelares, Lisboa, 2000. Já assinalámos algumas das contribuições do modernismo português relativamente ao estudo das elites no Antigo Regime nas nossas recensões «A propósito de la nobleza lusitana: breve comentario del ensayo histórico de Nuno G. Monteiro sobre las `casas de los Grandes' portugueses a finales del Antiguo Régimen», Obradoiro de Historia Moderna, n.º 9, 2000, pp. 291-297, e «Mafalda Soares da Cunha, «A Casa de Bragança, 1560-1640. Práticas senhoriais e redes clientelares», in Análise Social, n.º 166, 2003, pp. 208-217.

10 V. Actas do II Colóquio de História Social das Elites, Lisboa, 2004, formato CD-ROM.

11 V. o volumoso e útil anexo — onde a autora realizou um acompanhamento pormenorizado dos alunos incluídos na sua base de dados — em A forja dos homens. Estudos Jurídicos e lugares de poder no século XVII, Lisboa, 2004, pp. 135 e segs.

12 Cf. A. M. Hespanha, As vésperas do Leviathan cit., pp. 223 e segs.

13 Philip S. Gorski, The Disciplinary Revolution. Calvinism and the Rise of the State in Early Modern Europe, Chicago-Londres, 2003, pp. 17-18.         [ Links ]

14 Uma conclusão idêntica foi obtida por Pegerto Saavedra Fernández e P. L. Gasalla Regueiro ao estudarem os registos de matrícula da Universidade de Santiago de Compostela: «En los registros de matrícula de la Universidad compostelana las series temporales más fiables, completas e ininterrumpidas, comienzan a mediados del XVII» [v.. «Alumnos, bachilleres y catedráticos», in Xosé Ramón Barreiro Fernández (coord.), Historia de la Universidad de Santiago de Compostela, vol.I, Santiago de Compostela, 2000, p. 492, e também o apéndice 1, «Evolución de la matrícula», pp. 568-572].

15 Cf., relativamente ao caso francês, David A. Bell, Lawyers and citizens. The making of a political elite in Old Regime France, Nova Iorque, 1994, pp. 41-66.

16 Tal como defende D. A. Bell, o desempenho da advocacia permitiu a consolidação de uma elite política na França do Antigo Regime (cf. Lawyers and citizens, cit., pp. 41 e segs.).

17 Afinal de contas, a prática de um destes ofícios repercutia, no seu praticante, num reconhecimento social acrescentado no seio da comunidade. V. uma visão ampla sobre o senhorio secular em Portugal em N. G. Monteiro, O crepúsculo dos grandes, cit., pp. 461 e segs., e igualmente, relativamente ao desempenho de «procurações» na Casa de Bragança em 1560-1640, M. Soares da Cunha, A Casa de Bragança, cit., pp. 443-454.

18 Cf. N. G. Monteiro, Elites e Poder. Entre o Antigo Regime e o Liberalismo, Lisboa, 2003, pp. 93-103 e também cap. 4.

 

 

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