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Finisterra - Revista Portuguesa de Geografia

versão impressa ISSN 0430-5027

Finisterra  no.100 Lisboa dez. 2015

https://doi.org/10.18055/Finis7870 

NOTA


 

Portugal, Tempo e Espaço

 

 

Marcelo Rebelo de Sousa1 i

1 Professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

 

 

Portugal tem uma existência esquizofrénica, em matéria de tempo e de espaço.

De tempo – porque antecipa em questões essenciais e, depois, atrasa-se noutras, que acabam por limitar o sucesso das primeiras.

De espaço – porque foi precursor na abertura de novos espaços ou do acesso a eles e tem sido um desastre a gerir o seu espaço originário, como que parecendo complexado por ter de lidar com um ordenamento num quadro pequeno demais para a sua vocação universal.

E, no entanto, nem o tempo nem o espaço são de óbvia recuperação, uma vez perdidos ou malbaratados.

O mais curioso é que do tempo e do que significa perdê-lo vai havendo, amiúde, consciência.

Do espaço malbaratado é menor a percepção, apesar da sua presença quotidiana na nossa vida.

 

 

Recebido: Março 2015. Aceite: Abril 2015.

 

 

NOTAS

 

iMarcelo Rebelo de Sousa é Professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde se doutorou, e membro do instituto de Ciências Jurídico-Políticas da mesma faculdade. Destacado intelectual e comentador político, exerceu vários cargos políticos de relevo. É autor de numerosas obras científicas e membro de diversas associações jurídicas nacionais e internacionais. Entre as inúmeras publicações, são de destacar os vários tomos de Direito administrativo Geral e as obras colectivas “Lições de introdução ao estudo do Direito” e “estudos de Homenagem ao Professor Doutor Jorge Miranda”. Em 1972, foi um dos fundadores do semanário “expresso” e fez parte da comissão que elaborou a primeira Lei de imprensa em Democracia.

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