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Finisterra - Revista Portuguesa de Geografia

versão impressa ISSN 0430-5027

Finisterra  no.120 Lisboa ago. 2022  Epub 30-Ago-2022

https://doi.org/10.18055/finis24980 

Recensão

“Los Orígenes del Turismo Moderno en España. El nascimiento de un país turístico, 1900-1939”, por Rafael Vallejo-Pousada e Carlos Larrinaga.

1 Centro de Estudos Geográficos, Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, Universidade de Lisboa, R. Branca Edmée Marques, 1600-276, Lisboa, Portugal. E-mail: aquilino.machado@campus.ul.pt


O livro Los Orígenes del Turismo Moderno en España, publicado em 2018, propõe uma linha de investigação centrada na história do turismo espanhol, entre os anos 1900 e o final da Guerra Civil de Espanha, em 1939. Editada pela Silex Universidad, esta monumental antologia - com 1004 páginas - é composta por vinte cinco capítulos, a que se junta uma apresentação a cargo dos dois coordenadores editoriais, Rafael Vallejo e Carlos Larrinaga, professores das Universidades de Vigo e Granada, respectivamente.

O tema de que esta edição se ocupa é resultado das reflexões partilhadas no I Congreso de Historia del Turismo, ocorrido em Poio (Pontevedra), entre 6 e 8 de Junho de 2017, e tem origem numa linha de investigação centrada no projeto Historia del Turismo en España durante el siglo XX: Desarrollo y trayectorias regionales (Referência HAR2013-2023-C2-1-P), financiada pelo Ministerio de Economia y Competitividad e do Programa de Consolidación e Estruturación de Unidades de Investigación Competitivas, Grupo de Referência Competitiva (GRC 2015/014), da Xunta de Galicia. Mas a tónica da publicação representa mais do que uma organização antológica feita a partir de um congresso. O seu olhar trata de privilegiar um território compositivo que atenha a uma reflexão de índole crítica e historicamente centrada no dealbar do turismo moderno em Espanha. Na esteira deste ordenamento temático encontra-se a expandida problematização em vários domínios do conhecimento científico que confluem para uma mais cabal elucidação da historiografia turística (Walton, 2009), muito no esteio do pioneirismo de investigação sistemática desenvolvida nos países de pendor anglo-saxónico.

É, pois, este alcance que leva a convocar um conjunto alargado de especialistas na área da investigação histórica turística espanhola, abrangendo um amplo espectro reflexivo interdisciplinar que acolhe, entre outros, os saberes matizados da Geografia, da Antropologia, da Arquitetura, da Biblioteconomia e Ciências Documentais, da História Política e Cultural, e, ainda, da História Económica e da Imprensa.

Por certo, um dos aspetos mais afirmativamente inovadores desta obra reside na sua proposta metodológica, ao empregar técnicas de análise comparativa oriundas de diferentes tradições, nomeadamente aquelas que se encontram abrigadas nos métodos qualitativos e quantitativos. Assume particular destaque o trabalho de tratamento e digitalização de recortes de imprensa histórica, que se revela, nestas circunstâncias, numa poderosíssima base de informação qualitativa capaz de ser convertida em fonte quantitativa. Tal resultou da necessidade para suprir lacunas estatísticas de vocação turística, que compreensivelmente não existiam para o período reportado. Justamente, Vallejo et al. (2016) indiciam que estas falhas se devem à sua orientação demasiadamente fragmentária de natureza espácio-temporal, sobretudo quando caucionada pelas primícias dos registos estatísticos surgirem através da criação do Patronato Nacional de Turismo (PNT). Esta foi a primeira intervenção do estado espanhol no desenvolvimento de uma estratégia política de vocação turística (Garrido, 2010), pese embora para um período muito curto, entre 1929 e 1933, já que a eclosão da Guerra Civil de Espanha veio interromper o curso normal de produção desta informação estatística.

A hipótese de que parte esta obra é a de que Espanha parece começar por adquirir contornos de um país turisticamente emergente no mercado internacional, mediante a configuração de um sistema turístico contemporâneo, à luz dos primeiros quarenta anos do século XX. O propósito desta antologia é procurar responder a esta questão nuclear. Em decorrência, há o estabelecimento de trajetos questionadores quando são assumidos três objetivos de investigação: um primeiro, que pretende comparar o caso espanhol com os países do ordenamento geográfico envolvente; um segundo, que ambiciona concretizar uma arrumação das literaturas mais recentes no quadro da historiografia do turismo espanhol, de molde a perspetivar uma revisão sistemática que capacite entendê-la “como la possibilidade de un sistema turístico en formación, con sus diversos elementos y agentes” (Vallejo & Larrinaga, 2018, p. 18); e um terceiro, que intenta reconhecer nos ciclos do turismo espanhol uma certa equivalência com algumas tendências já esboçadas no seio do turismo internacional.

Tal encalço leva a premiar uma estrutura arrumada em sete secções temáticas. A primeira secção, que se segue à introdução de Vallejo e Larrinaga, trata de privilegiar problemáticas diversas sob a égide das Geografias Turísticas. É à discussão das suas principais linhas de investigação que em seguida nos dedicaremos com maior profundidade.

O primeiro capítulo, da autoria de Sasha D. Pack, trata de desnudar os múltiplos “rostos” do turismo contemporâneo. Com esta orientação, pretende constituir-se como uma síntese que nos dilucida sobre as circunstâncias históricas que presidiram ao nascimento do fenómeno turístico, quer no contexto do continente europeu, quer na experiência espanhola, lidas à luz do primeiro terço do século XX. Trata-se assim de uma reflexão cronologicamente mais aproximada de nós que centra a sua atenção na história contemporânea do turismo transnacional, nas suas etapas, características e fatores impulsionadores. São duas as questões que pretende desenvolver: por um lado, o papel do turismo e a sua relação com a modernidade industrial, que terá conduzido a uma extensão social das práticas turísticas; por outro, a disseminação de um discurso ou “idioma” transnacional do turismo, quando elada a três aspetos correlatos: o património cultural, como conceito que emerge em contextos nacionais e regionais, e que se difunde, num processo de escalas múltiplas, a uma grandeza internacional; a terapia, como primado da regeneração do corpo e da alma, e que acalenta o prazer hedonista de viajar (Dumazedier, 1962); e a transcendência, aqui entendida como o processo reiterado de viajar com o propósito de experimentar a genuína interação entre pessoas e entre pessoas e lugares.

O segundo capítulo, assinado por Rafael Vallejo, procura refletir sobre a formação do sistema turístico nacional espanhol, ao sublinhar as assimetrias provinciais e regionais de desenvolvimento turístico. É um ensaio que muito contribui para o entendimento das bases institucionais e empresariais do sistema turístico espanhol contemporâneo, que, como o autor esclarece, “estaban puestas antes de la Guerra Civil española, así como las modalidades turística y sus respectivas geografias, por más que las tendências - y los públicos - posteriores acentuasen la orientación mediterrânea que se vislumbra ya en la década de 1930, quando la diversidade de turismo y destinos era por lo demás palpable” (Vallejo, 2018, p. 69).

Já o terceiro capítulo, da geógrafa Carmen Gil de Arriba, pretende constituir-se como um ensaio sobre o processo conformativo desenvolvido nas estâncias balneares marítimas espanholas, no cômputo das primeiras três décadas do século XX. Para o efeito, fá-lo através de uma investigação muito abrangente e documentada em fontes historiográficas da época, que demonstra que a geografia dos lugares turísticos balneares moldou ritmos incipientes de planeamento, até ao final da primeira metade dos anos vinte. Depois desta data, começou a figurar uma progressiva conformação de novos territórios que concatenaram a ampliação do mapa turístico espanhol (Arriba, 2019), fazendo-se acompanhar por uma relação óbvia entre este desenvolvimento e a aprovação do Plan de carreteras del Circuito Nacional de Firmes Especiales, em 1926. Esta atuação revelou-se essencial para entendermos o modelo de basculamento orientado para as praias atlântico-meridionais e mediterrâneas. Para tal, o texto não exime de reconhecer a importância que a revolução dos comportamentos alcançou a partir dos anos vinte, com a glorificação da cultura ar-livrista. Tal procura hedonista beneficiou a vocação atrativa e diferenciadora dos espaços litorais espanhóis, sobretudo aqueles que geograficamente se confinam no Mediterrâneo. Certamente, não por acaso, o conspecto trata de apresentar um elenco muito alargado, e particularmente relevante, de situações onde ocorreram estratégias promanadas pela iniciativa privada e que foram favorecidas pelos poderes públicos. Desta circunstância surgem algumas denominações geo-turísticas, como a de Costa del Sol, com um âmbito mais impreciso do que o atual, ou a de Costa Brava, com maior relação territorial com a realidade, e que, alicerçadas pela feitura de cartazes, exploravam simbolicamente o primado paisagístico como elemento diferenciador, bem como a projeção de alguns slogans que ressaltavam as suas atrações no imaginário turístico internacional. E é com este rumo interpretativo que assistimos a uma clarificação do objetivo do ensaio, ao focar o asserto temporal em que ocorre esta translação progressiva de atração turística das praias frias setentrionais para as quentes e meridionais, projetando-a no dealbar do século XX, mas com maior preponderância a partir da década de vinte. De certa forma, parece forjar-se neste basculamento espanhol a passagem do climatismo invernal aos 3S estivais (Cavaco, 2006).

As restantes secções debruçam-se sobre distintos âmbitos temáticos: a segunda, assinada por Rafael Pousada, Elvira Tato e Margarita Rodríguez, aborda o turismo como atividade económica, e pretende avaliar a importância que as principais componentes do mercado turístico assumiram nos contextos a que pertencem. Assim, organizando-se em duas partes - capítulo IV e V - tende a privilegiar os grandes blocos formativos do sistema turístico, tanto na ótica da procura como da oferta. Não por acaso, porém, um aspeto fortemente valorizado reporta-se à limitação das fontes de informação relevantes para o período em apreço, o que levou a mobilizar novas evidências qualitativas e quantitativas, com o intuito de aproximar os ciclos turísticos.

A terceira secção escalpeliza as políticas turísticas e encontra-se arrumada em três capítulos iniciais, da autoria de Ana Garrido, Carmelo Martínez, Rafael Pousada e Eva López, que nos falam sobre “la aparición, evolución y realizaciones de la administración turística” (Vallejo & Larrinaga, 2018, p. 25). Daí partem outros dois, escritos por Saida Rubio e María González, que norteiam a sua linha de investigação para a primeira experiência autonómica, concretizada na Catalunha, e que soube privilegiar uma inovadora política de desenvolvimento territorial estribada no turismo cultural.

A quarta secção debruça-se sobre os tópicos da publicidade, promoção e imagem turística, expressões tão importantes para a consolidação do mapa turístico espanhol, no primeiro terço do século XX. Assim, Beatriz Ruiz aborda, no capítulo XI, a história da propaganda e publicidade turística; Carmelo Martínez e Marta Aranda privilegiam, no capítulo XII, a promoção turística de natureza privada, assente em experiências do turismo receptivo; e os dois últimos ensaios, capítulos XIII e XIV, assinados por Eva López e Kirsty Hooper, atribuem ao estudo da imprensa e da literatura de viagem uma importância capital para a abordagem reflexiva sobre o advento do sistema turístico espanhol.

A quinta secção analisa as empresas turísticas e os transportes, através da arrumação em quatro capítulos. Os textos nela promanados tratam de desvendar a emergência do turismo contemporâneo espanhol e o modo como este crescimento terá sido escorado por iniciativas de promoção turística, como explicam Carlos Larrinaga e Rafael Pousada nos capítulos XVII e XVIII, e de novos recursos de mobilidade e transportes, conforme Rafael Gil e Javier Olivares descrevem nos capítulos XV e XVI, ao arvorarem as primeiras rotas turísticas modernas e o assentamento de uma geografia de novos lugares turísticos. Atentos a estes pressupostos, os ensaios de Gil e Olivares parecem outorgar um foco especial sobre os mecanismos que acompanharam o processo de expansão do sistema de transporte terrestre, nomeadamente através do desenvolvimento das primeiras companhias de transporte turístico ferroviário e da densificação das rodovias. De igual modo, cedo se evidencia a importância da indústria de aviação comercial de passageiros na expansão das redes de hotelaria turística, sobretudo na mobilização dos fluxos turísticos que se estabeleceram durante a Exposição Ibero-Americana de Sevilha e a Internacional de Barcelona, ambas ocorridas em 1929.

A sexta secção tem por objeto a representação das modalidades turísticas que mais se notabilizaram no primeiro terço do século XX. Ou seja, o capítulo XIX, traz um ensaio sobre o turismo de saúde, assinado por Margarida Rodríguez e Elvira Tato, e que exibe como objetivo ordenador a tipificação do turismo termal ao atestar a sua importância como modalidade turística e de oferta empresarial; o capítulo XX, dedica-nos um estudo reflexivo sobre o turismo marítimo, da autoria de Gaetano Cerchiello, dissecado em duas etapas: a primeira, que parece aperfeiçoar-se até à Primeira Grande Guerra, compadecida através de práticas excursionistas locais; e a segunda, que afere uma drástica redução da emigração transoceânica europeia, para o intervalo Entre Guerras e que teve como corolário um incremento da oferta de cruzeiros e uma concomitante diversificação das características socioeconómicas. Andrés Picón e José Gómez sublinham, no capítulo XXI, a relevância dos espaços naturais como elo de suporte para um emergente produto turístico no primeiro terço do século XX, fortemente marcado pelo desenvolvimento do montanhismo. Num outro tipo de tratamento, o capítulo XXII, assinado por Xosé M. Santos, expande a sua problematização em torno do turismo religioso, mediante a conformação do estudo de quatro casos: o Caminho de Santiago, fixado aqui como um território simbólico de peregrinação, já que nas primeiras décadas do século XX configurou uma projetada paisagem turística de escassa quantificação; o Santuário Mariano de Montserrat, que exibe interesses conflituantes de natureza nacionalista e ambiental, em confronto tácito ou expresso com práticas turísticas; a Semana Santa Andaluz que parece assomar uma plêiade de atributos que sempre a valorizaram como um potencial recurso turístico; e, finalmente, as festividades, aqui ilustradas através das Fallas de Valencia, projetadas numa festa de menor religiosidade e onde o turismo adquire um protagonismo mais alentado. Por fim, o capítulo XXIII, de Saida Rubio, avalia o turismo urbano, numa ótica de identificação dos principais sistemas turísticos provinciais e regionais.

A sétima e última secção retém uma abordagem em torno da arquitetura ao serviço do turismo, dividida em dois capítulos: o capítulo XXIV, de María Amaro, sublinha o interesse crítico sobre a arquitetura, quando associada à multiplicação e diversificação das estâncias balneares; e o capítulo XXV, de María Pérez, assina a sua abordagem reflexiva sobre o nascimento de uma rede pública de alojamentos turísticos.

No fundo, poderá dizer-se que a estrutura deste livro revela uma grande amplitude reflexiva e uma preocupação em seccionar os conteúdos temáticos propostos através de uma sólida abordagem interdisciplinar. Tal encalço leva a que haja um fio condutor muito coerente que acompanha o desenvolvimento desta antologia, desde o texto introdutório aos ensaios coligidos, na pluralidade das abordagens teórico-críticas e na plana dos estudos de caso aduzidos, com o objetivo de consolidar a historiografia do turismo em Espanha, entre 1900 e 1939.

Desta edição, resulta uma linha interpretativa que se sustenta numa exaustiva pesquisa documental, procedendo ao uso de avançadas técnicas de digitalização, sobretudo através da recolha de órgãos de publicação da época que variam entre a imprensa diária e os periódicos especializados. Este posicionamento permite colmatar as lacunas estatísticas turísticas para o arco temporal reportado e, simultaneamente, legitimar a conversão de informação qualitativa para fontes quantitativas. E com esta premissa permitir, através de estudos comparados, a relação com outras realidades europeias.

Voltemos ao início das observações aqui feitas sobre a oportunidade desta edição coletiva, sobretudo naquilo que parece assomar como tentativa de construir um corpus concetual que emana no domínio da historiografia do turismo contemporâneo espanhol. Ora, é nosso entendimento que este modelo que cruza diversas interdisciplinaridades, com o escopo de desenvolver uma abordagem crítica, poderia ser ensaiado para o contexto português. Como bem se sabe, existem alguns trabalhos muito relevantes, conquanto reflitam uma menor circunscrição temporal, mas a distensão e a relevância da história do turismo em Portugal, no decurso do século XX, mereciam o alcance deste alentado desafio.

Referências bibliográficas

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Recebido: 05 de Julho de 2021; Aceito: 20 de Junho de 2022

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