SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.40 número especialCaracterização química e propriedades bioativas de amostras de veneno de abelha obtidas no Nordeste de PortugalDesempenho Ambiental de uma empresa do sector vinícola índice de autoresíndice de materiabúsqueda de artículos
Home Pagelista alfabética de revistas  

Servicios Personalizados

Revista

Articulo

Indicadores

Links relacionados

  • No hay articulos similaresSimilares en SciELO

Compartir


Revista de Ciências Agrárias

versión impresa ISSN 0871-018X

Rev. de Ciências Agrárias vol.40 no.spe Lisboa dic. 2017

https://doi.org/10.19084/RCA16183 

ARTIGO

Agrimonia eupatoria L.: Atividade farmacológica e interações medicamentosas

Agrimonia eupatoria L.: Pharmacological activity and medicinal interactions

Maria Ribeiro

Departamento de Ciências Sociais e Exatas, Escola Superior Agrária, Instituto Politécnico de Bragança, Portugal

Centro de Estudos Transdisciplinares para o Desenvolvimento, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal

(E-mail: xilote@ipb.pt)


RESUMO

Nos últimos anos observa-se, a nível mundial, um aumento considerável do uso de plantas medicinais nos cuidados de saúde primários. Este trabalho de investigação teve como objetivos, descrever e caraterizar Agrimonia eupatoria L. em termos das suas propriedades farmacológicas e interações medicamentosas. Tendo em conta os constituintes, são várias as ações referidas para esta espécie: antidiabética, anti-tumoral, antibacteriana, antiviral, dermatológica, gastrointestinal, diurética, metabólica, antidiarreica, colagoga, hepatoprotectora, analgésica, hipotensora, imunomoduladora, urolítica, cardioprotectora, antirreumática, antioxidante, anti-inflamatória e anticoagulante. Quando ingeridos em doses excessivas, os constituintes da planta podem interagir com as terapias que recorrem ao uso de anticoagulantes e anti- hipertensores e, na generalidade, com a ação de fármacos metabolizados no fígado. Foram encontradas interações farmacocinéticas do tipo sinergismo de potenciação com anticoagulantes e medicamentos anti-hipertensivos. Apesar da intensificação de pesquisas acerca das plantas medicinais ainda se desconhecem muitas das suas interações com outros medicamentos. Ainda assim, a maioria dos utilizadores não relata o seu uso ao profissional de saúde. Tal como é defendido por vários investigadores, na prática clínica, questionar os pacientes sobre o uso de plantas medicinais e fitoterápicos é determinante para prevenir de interações planta-medicamento.

Palavras-chave: Agrimonia eupatoria, atividade farmacológica, interações, planta medicinal.


ABSTRACT

In recent years there has been, worldwide, a considerable increase in the consumption of medicinal plants. This research aimed to describe and characterize the Agrimonia eupatoria L. about pharmacological properties and medicinal interactions. Taking into account the constituents, the plant exhibits pharmacologic and therapeutic action, anti-diabetic, antitumor, antibacterial, antiviral, dermatological, gastrointestinal, diuretic, metabolic, antidiarrheal, bile duct, hepatoprotective, analgesic, antihypertensive, immunomodulatory, urolithic, cardioprotective, antirheumatic, antioxidant, anti-inflammatory and anticoagulant. When taken in excessive doses, the constituents of the plant may interact with therapies that use anticoagulation and antihypertensive therapy and, in general, with the action of other medicaments metabolized in the liver. Pharmacokinetic interactions of the potentiation synergism type were found with anticoagulants and antihypertensive medicines. Despite the intensification of research on medicinal plants, many of their interactions with other medicaments are still unknown. Nevertheless, most users do not report their use to the health professional. As advocated by several researchers in clinical practice, to question patients about the use of medicinal plants and herbal medicaments is crucial to prevent plant-medicine interactions.

Keywords: Agrimonia eupatoria, pharmacological activity, interactions, medicinal plant.


INTRODUÇÃO

A utilização popular de plantas medicinais baseia-se num saber milenário, transmitido ao longo das gerações, constituindo na maioria das vezes o único recurso em termos de cuidados médicos, curativos ou preventivos (Neves et al., 2008). Nos últimos anos observa-se, a nível mundial, um aumento considerável do uso de plantas medicinais naturais nos cuidados de saúde primários (Ahmed et al., 2016). Incentivado pelo aparecimento de novas doenças que ainda não apresentam tratamento adequado; pela propagação da ideia do que é “natural” é sempre saudável; pela perceção de que os medicamentos naturais são superiores aos sintéticos; pelas dificuldades de acesso aos serviços de saúde e pelos elevados preços dos remédios alopáticos. A cultura popular na utilização de plantas medicinais, trazida através dos tempos, contribui para o uso indiscriminado de plantas medicinais dentro do contexto da automedicação. Para além disso, o fácil acesso às plantas medicinais incentiva a procura do “medicamento” mais acessível economicamente (Nicoletti et al., 2007).

Este trabalho teve como objetivos descrever e caraterizar Agrimonia eupatoria L. em termos das suas propriedades farmacológicas e interações medicamentosas. Para a elaboração deste trabalho realizou-se um levantamento bibliográfico em bases de dados, nomeadamente, Medscape, Infomed, PubMed, MEDLINE, Scopus, RCAAP e SCIELO. Foram utilizados com maior frequência, os descritores, Agrimonia, eupatoria, interações, constituintes e propriedades farmacológicas.

Distribuição

Agrimonia eupatoria é uma planta herbácea, autóctone da Europa do Norte e Central, Ásia temperada e América do Norte (Ahmed et al., 2016). É, frequentemente, encontrada em todos os terrenos, em especial nos argilosos, desde que bem expostos ao sol. Cresce em solos húmidos e/ou moderadamente secos (Ivanova et al., 2011). Geralmente é encontrada em áreas montanhosas do Paquistão, colinas da Pérsia, Sibéria, Java, América do Norte, Roma e Índia (Khan et al., 2013). Na europa encontra-se por toda a parte (Forey e Lindsay, 1997) e, em Portugal, existe em quase todo o país (Proença da Cunha et al., 2002; Proença da Cunha, 2005; Araújo et al., 2014).

Caraterização botânica

A espécie Agrimonia eupatoria, vulgarmente conhecida como agrimónia, pertence à família Rosaceae. A planta inteira é delgada, ereta e perene. A haste floral pode medir até cerca de 60 a 90 cm de altura e é pouco ramificada (Figura 1A) (Khan et al., 2013; Al-Snafi, 2015a). Possui folhas pinadas e dentadas (Figura 1B) e flores amarelas no terminal (Araújo et al., 2014) A planta, de cor verde-escura, está coberta com pelos sedosos e, quando cortada, exala um odor aromático peculiar, mas agradável (Proença da Cunha et al., 2002; INFARMED, 2009; Khan et al., 2013; Araújo et al., 2014; Al-Snafi, 2015a). As folhas medem entre 6 a 25 cm e podem possuir entre 3 a 6 pares de folíolos principais e, entre eles, folíolos mais pequenos, diferentes em tamanho. Os folículos principais medem cerca de 8 a 75 mm por 8 a 35 mm, são elípticos a largamente obovados, grosseiramente crenados a serrados, de cor verde-escura na parte superior e esbranquiçados ou acinzentado-tomentoso na parte inferior (Proença da Cunha et al., 2002; Proença da Cunha, 2005; INFARMED, 2009; Khan et al., 2013; Araújo et al., 2014; Al-Snafi, 2015a).

As flores, pentâmeras, são em grande número, medem cerca de 6,0 mm de diâmetro e são de cor amarelada. Aparecem entre julho e agosto, as pétalas são livres e caducas (Figura 1C) (Proença da Cunha et al., 2002; INFARMED, 2009; Khan et al., 2013; Araújo et al., 2014; Al-Snafi, 2015a).

Os frutos são aquénios fechados num cálice duro e espinhoso (hipanto) e quando maduros medem cerca de 6 a 7,5 mm por 5 a 6 mm, são em forma obcónica a turbinada, profundamente côncavos, com sulcos e com pelos longos (Figura 1D) (Proença da Cunha et al., 2002; Proença da Cunha, 2005; INFARMED, 2009; Khan et al., 2013; Araújo et al., 2014; Al-Snafi, 2015a).

Constituintes da planta

A ação farmacológica e terapêutica de um fármaco vegetal depende dos constituintes químicos presentes na planta. A análise fitoquímica de A. eupatoria revelou a presença de vários constituintes entre os quais se destacam: hidrocarbonetos aromáticos, polissacáridos e compostos fenólicos onde se incluem ácidos fenólicos, como o ácido silícico e o ácido salicílico, cumarinas, lactonas, flavonóides e taninos. O material fresco contém ácidos gordos polinsaturados como os ácidos oleico, linoleico e linolénico e ácidos gordos saturados como os ácidos palmítico, esteárico e cetílico, além de fitoesteróis. Encontram-se ainda aminoácidos como o ácido aspártico, glicina, alanina, valina e lisina e vitaminas C, B e K (Feldman et al., 2000; Feldman e Lawlor, 2000; Copland et al., 2003; Al-Snafi, 2015a).

Atividade farmacológica

As partes da planta mais frequentemente utilizadas são as partes aéreas, folhas e flores, usadas em infusões, decocções ou cataplasmas. A planta apresenta atividade farmacológica, anti-diabética, anti-tumoral, antibacteriana, antiviral, dermatológica, gastrointestinal, diurética, metabólica (anti-obesidade), antidiarreica, colagoga, hepatoprotectora, analgésica, hipotensora, imunomoduladora, uricolítica, cardioprotectora, antirreumática, antioxidante, anti-inflamatória e anticoagulante (Quadro 1).

Interações medicamentosas

No Quadro 2 constam as interações farmacocinéticas de potenciação com fármacos comercializados em Portugal, em que é aconselhável o uso com precaução. Neste tipo de interação é recomendado a vigilância contínua do doente e no caso de ser necessário alterar a terapêutica uma vez que existe o risco de ocorrerem hemorragias ou complicações trombolíticas (Chevallier, 1996; Dharmananda, 2000; Cardoso et al., 2009; Ge et al., 2014). Por outro lado, uma vez que A. eupatoria tem ação hipotensora, existe o risco de haver dificuldade no controlo da diurese e de hipotensão.

No Quadro 3 referem-se os fármacos comercializados em Portugal que, quando usados em simultâneo com A. eupatoria, podem originar interações farmacocinéticas de potenciação, de risco menor. Embora se tenha que ter precaução no seu uso, uma constante vigilância do doente não é necessária, contrariamente, ao que acontece com os fármacos que constam do Quadro 2.

Foi, ainda, identificada uma interação farmacocinética da planta com o Meloxicam, com a classificação farmacoterapêutica: oxicans. Nesta interação, regista-se diminuição da atividade anticoagulante, muito embora esteja, ainda, pouco claro o seu mecanismo.

Em relação às interações farmacodinâmicas, e tendo em conta os fármacos comercializados em Portugal, apenas se conhecem os efeitos de A. eupatoria com o do Captopril, inibidor da enzima de conversão da angiotensina. Ambos diminuem a glicemia e a pressão sanguínea. É, por isso, aconselhável monitorizar/controlar a glicemia e a pressão arterial dos doentes.

Tal como acontece com outras plantas ricas em taninos, estes constituintes de A. eupatoria podem, ainda, interferir com a ação de fármacos metabolizados no fígado potenciando o seu efeito (Schabana et al, 2003).

Efeitos colaterais

Os efeitos colaterais da planta incluem hipotensão, arritmia, náuseas, vómitos e, até, paragem cardíaca. Por ter como constituintes taninos, estes podem causar distúrbios digestivos (Al-Snafi, 2015a; Medscape, 2017). Alegadamente, também, pode afetar o ciclo menstrual (Schabana et al., 2003; Al-Snafi, 2015a). Por outro lado, tendo em conta a falta de informação sobre a sua toxicidade, o seu uso deve ser evitado durante a gravidez e a lactação (Schabana et al., 2003; Medscape, 2017).Quando ingerida em doses elevadas pode causar obstipação e insuficiência hepática/renal, bem como problemas gastrointestinais (Al-Snafi, 2015a; Medscape, 2017). Existe, também, a possibilidade do seu consumo em doses elevadas aumentar o risco de cancro da língua e lábios. Apesar destes efeitos nocivos, não foram reportadas quaisquer reações adversas graves (Al-Snafi, 2015a; Medscape, 2017).

CONCLUSÃO

Por dificuldades no acesso aos cuidados de saúde, pela persistência da ideia de que tudo o que é natural é saudável, as plantas são amplamente utilizadas no tratamento e na prevenção de doenças. Apesar da intensificação de pesquisas acerca das plantas medicinais ainda se desconhecem muitas das suas interações com outros medicamentos. Ainda assim, a maioria dos utilizadores não relata o seu uso ao profissional de saúde. Tal como é defendido por vários investigadores, na prática clínica, questionar os pacientes sobre o uso de plantas medicinais e fitoterápicos é determinante para a prevenção de interações planta-medicamento.


Referências bibliográficas

Ad’hiah, A.; Al-Bederi, O.; Khulood W. & Al-Sammarrae, K. (2013). Cytotoxic effects of cancer cell lines in vitro Agrimonia eupatoria L. against. Journal of the Association of Arab Universities for Basic and Applied Sciences, vol. 14, p. 87–92.         [ Links ]

Ahmed, S.; Hasan, M. & Mahmood. Z. (2016) - Antiurolithiatic plants: Multidimensional pharmacology. Journal of Pharmacognosy and Phytochemistry, vol. 5, n. 2, p. 4-24.         [ Links ]

Al-Snafi, A. (2015a) - The pharmacological and therapeutic importance of Agrimonia eupatoria - a review. Asian Journal of Pharmaceutical Science and Technology, vol. 5, n. 2, p. 112-117.         [ Links ]

Al-Snafi, A. (2015b) - Therapeutic properties of medicinal plants: a review of their dermatological effects (part 1). International Journal of Pharmacy Review & Research, vol. 5, n. 4, p. 328-337.         [ Links ]

Al-Snafi, A. (2016) - Clinically tested medicinal plant: a review (Part 1). SME Medical Journal, vol. 3, n. 1, p. 99-128.         [ Links ]

Anón. (1997) - Encyclopédie des plantes médicinales: identification, préparations, soins. Larousse, Paris. 160 p.         [ Links ]

Araújo, P.; Porto, M.; Portela-Pereira, E.; Carapeto, A.; Lamote, F.; Almeida,  J.; Pereira, A. & Aguiar, C. (2014). Agrimonia eupatoria L. - mapa de distribuição. Flora-On: Flora de Portugal Interactiva, Sociedade Portuguesa de Botânica. [cit. 2015-12]. < http://www.flora-on.pt/#/1Rosaceae>         [ Links ]

Bae, H; Kim, H.; Shin, M.; Lee, H.; Yin, C.; Ra, J. & Kim J. (2010) - Inhibitory effect of Agrimoniae Herba on lipopolysaccharide-induced nitric oxide and proinflammatory cytokine production in BV2 microglial cells. Neurological Research, vol. 32, n. S1, p. 53-57. http://dx.doi.org/10.1179/016164109X12537002794002        [ Links ]

Bratoeva, K.; Bekyarova, G.; Kiselova, Y. & Ivanova, D. (2010) - Effect of Bulgarian herb extracts of polyphenols on metabolic disorders – induced by high fructose diet. Trakia Journal of Sciences, vol. 8, n. 2, p. 56-60.         [ Links ]

CalPhotos, (2015) - Regents of the University of California, Berkeley. [cit. 2015-12]. < http://calphotos.berkeley.edu/cgi/img_query?where-taxon=Agrimonia+eupatoria>         [ Links ]

Cardoso, C.; Silva, C.; Yamagami, K.; Lopes, R.; Santos, F.; Bonassi, I.; Jesuíno, I.; Geres, F.; Martorie Jr., T.; Graça, M.; Kaneko, B.; Pavani, E.& Inowe, C. (2009) - Elaboração de uma cartilha direcionada aos profissionais da área da saúde, contendo informações sobre interações medicamentosas envolvendo fitoterápicos e alopáticos. Revista Fitos, vol. 4, n. 1, p. 56-69.         [ Links ]

Chakarski, I (1982) - Clinical study of a herb combination consisting of Agrimonia eupatoria, Hipericum perforatum, Plantago major, Mentha piperita, Matricaria chamomila for the treatment of patients with chronic gastroduodenitis. Problems in Veterinary Medicine, vol. 10, p. 78-84.         [ Links ]

Chevallier, A. (1996) - The Encyclopedia of medicinal plants. DK Pub, Michigan.         [ Links ]

Copland, A.; Nahar, L.; Tomlinson, C.; Hamilton, V.; Middleton, M.; Kumarasamy ,Y. & Sarker, S. (2003) - Antibacterial and free radical scavenging activity of the seeds of Agrimonia eupatoria. Fitoterapia, vol. 74, n. 1-2, p. 133-135. http://dx.doi.org/10.1016/S0367-326X(02)00317-9        [ Links ]

Correia, H.; Batista, M. & Dinis,T. (2007) - The activity of an extract and fraction of Agrimonia eupatoria L. against reactive species. Biofactors, vol. 29, n. 2-3, p. 91-104. http://dx.doi.org/10.1002/biof.552029209        [ Links ]

Cwikla, C.; Schmidt, K.; Matthias, A.; Bone, K.; Lehmann, R. & Tiralongo, E. (2010). Investigations into the antibacterial activities of phytotherapeutics against Helicobacter pylori and Campylobacter jejuni. Phytotherapy Research, vol. 24, n. 5, p. 649-656. http://dx.doi.org/10.1002/ptr.2933        [ Links ]

Dharmananda, S. (2000). The significance of traditional pulse diagnosis in the modern practice of Chinese medicine. Institute for traditional medicine, Portland, Oregon.         [ Links ]

Eftimova, J.; Ciberej, J. &Stopkova, J. (2015) - Medicinal herbs in folk medicine and magic from Slovak Region Kysuce versus their current usage. American Journal of Ethnomedicine, vol. 2, n. 1, p. 68-78.         [ Links ]

Feldman, K. & Lawlor, M. (2000) - Ellagitannin chemistry: the first total synthesis of a dimeric ellagitannin coriariin A. Journal of the American Chemical Society, vol. 122, n. 30, p. 7396-7397. http://dx.doi.org/10.1021/ja001013f        [ Links ]

Feldman, K.; Lawlor, M. & Sahasrabudhe, K. (2000) - Ellagitannin chemistry. Evolution of a three-component coupling strategy for the synthesis of the dimeric ellagitannin coriariin A and a dimeric gallotannin analogue. The Journal of Organic Chemistry, vol. 65, n. 23, p. 8011-8019. http://dx.doi.org/10.1021/jo0010936        [ Links ]

Forey, P. & Lindsay, R. (1997) - Plantas Medicinais. Plátano Editora, Lisboa.         [ Links ]

Ge, B.; Zhang, Z. & Zuo, Z. (2014) - Updates on the clinical evidenced herb-warfarin interactions. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, vol. 2014, art. 957362. http://dx.doi.org/10.1155/2014/957362        [ Links ]

Ghaima, J. (2013) - Antibacterial and wound healing activity of some Agrimonia eupatoria extracts. Baghdad Science Journal, vol. 10, n. 1, p. 152-160.         [ Links ]

Gray, A. & Flatt, P. (1998) - Actions of the traditional antidiabetic plant, Agrimonia eupatoria (agrimony): effects on hyperglycaemia, cellular glucose metabolism and insulin secretion. British Journal of Nutrition, vol. 80, n. 1, p. 109-114. https://doi.org/10.1017/S0007114598001834        [ Links ]

INFARMED (2009) - Farmacopeia Portuguesa 9.5 Suplemento. INFARMED, Ministério da Saúde. Lisboa.         [ Links ]

Infomed (2017) - Base de dados de medicamentos. INFARMED. [cit. 2017-03]. < http://www.infarmed.pt/infomed/lista.php>         [ Links ]

Ivanova, D.; Tasinov, O.; Vankova, D. & Kiselova-Kaneva, Y. (2011) - Antioxidative potential of Agrimonia eupatoria L. Science & Technologies, vol. 1, n. 1, p. 20-24.         [ Links ]

Ivanova, D.; Vankova, D. & Nashar, M. (2013) - Agrimonia eupatoria tea consumption in relation to markers of inflammation, oxidative status and lipid metabolism in healthy subjects. Archives of Physiology and Biochemistry, vol. 119, n. 1, p. 32-37. http://dx.doi.org/10.3109/13813455.2012.729844        [ Links ]

James, D. (2006) - Hand Book of Medicinal Herbs. 2nd Ed.: CRC Press, New York.         [ Links ]

Khan, M.; Alam, A.; Nazamuddin, S. & Ali, J. (2013) - Agrimonia eupatoria Linn. a traditional herb and its scientific testimony - a review. American Journal of Pharmacy and Health Research, vol. 1, n. 6, p. 25-36.         [ Links ]

Kiselova, Y.; Galunska, B.; Ivanova, D. & Yankova, T. (2004) - Total antioxidant capacity and polyfenol content correlation in aqueous-alcoholic plant extracts used in phytotherapy. Scripta Scientifica Medica, vol. 36, p. 11-13.         [ Links ]

Kiselova, Y.; Nashar M. & Ivanova, D. (2011) - Effects of dietary administration of Agrimonia eupatoria L. in experimental model of metabolic syndrome. IASO, Obesity Reviews, vol. 12, n. S1), p. 155.         [ Links ]

Kuczmannova, A.; Balažova, A.; Racanska, E.; Kamenikova, K.; Fialova, S.; Majernik, J.; Nagy, M.; Gal, P. & Mucaji, P. (2016) - Agrimonia eupatoria L. and Cynara cardunculus L. water infusions: comparison of anti-diabetic activities. Molecules, vol. 21, n. 5, p. 1-12. http://dx.doi.org/10.3390/molecules21050564        [ Links ]

Kwon, D.; Kwon, H.; Kim, H.; Chang, E.; Kim, M.; Yoon, S.; Song, E.; Yoon D.; Lee, Y.; Choi, I.; e Choi, Y. (2005) - Inhibition of hepatitis B virus by an aqueous extract of Agrimonia eupatoria L. Phytotherapy Research, vol. 19, n. 4, p. 355-358. http://dx.doi.org/10.1002/ptr.1689        [ Links ]

Lee, K.; Hwang, L.; Jeong, E.; Kim, S.; Kim. Y. & Sung, S. (2010) - Effect of neuroprotective flavonoids of Agrimonia eupatoria on glutamate-induced oxidative injury to HT22 hippocampal cells. Bioscience, Biotechnology, and Biochemistry, vol. 74, n. 8, p. 1704-1706. http://dx.doi.org/10.1271/bbb.100200        [ Links ]

Medscape (2017) – Drugs, Diseases & Procedures. [cit. 2017-03]. < http://reference.medscape.com/drug/church-steeples-cocklebur-agrimony-344502#0>         [ Links ]

Neves, J.; Matos, C.; Moutinho, C. & Gomes, L. (2008) - Usos populares de plantas medicinais da flora transmontana. Faculdade de Ciências da Saúde do Porto. UFP. [cit. 2015-12]. < http://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/942/2/226-235.pdf>         [ Links ]

Nicoletti, M.; Oliveira-Júnior, A.; Bertasso, C.; Caporossi, P. & Tavares, P. (2007) - Principais interações no uso de medicamentos fitoterápicos. Infarma, vol. 19, n. 1-2, p. 32-40.         [ Links ]

Patrascu, V. & Chebac, P. (1984) - Rezultate terapeutice favorabile in porfiria cutanata cu Agrimonia eupatoria. Dermato- venerologia, vol. 29, p. 153-157.         [ Links ]

Proença da Cunha, A. (Coord.) (2005) - Farmacognosia e Fotoquímica. Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.         [ Links ]

Proença da Cunha, A.; Silva, A. & Roque, O. (2002) - Plantas e produtos vegetais em fitoterapia. Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.         [ Links ]

Proença da Cunha, A.; Teixeira, F.; Silva, A. & Roque, O. (2007) - Plantas e terapêutica farmacológica e ensaios clínicos. Fundação Calouste Gulbenkian, Serviço Educação e Bolsas. Lisboa.         [ Links ]

Saluk-Juszczak, J.; Kołodziejczyk, J. ;Tsirigotis-Wołoszczak, M.; Pawlaczyk, I.; Wachowicz, B. & Gancarz, R. (2011) - Agrimonia – biological activity and perspectives for medicinal application. Part I. Menopause Review, vol. 5, p. 415–418.         [ Links ]

Schabana, M.; Weglarz, Z. & Geszprych, A. (2003) - Phenolic constituents of agrimony (Agrimonia eupatoria L.) herb. Herba Polonica, vol. 49, n. 1-2, p. 24-28.         [ Links ]

Shukla, A.; Bukhariya, V.; Mehta, J.; Bajaj, J.; Charde, R.; Charde, M. & Gandhare, B. (2011) - Herbal remedies for diabetes: an overview. International Journal of Biomedical and Advance Research, vol. 2, n. 1, p. 57-68. http://dx.doi.org/10.7439/ijbar.v2i1.22        [ Links ]

Veiga Junior, V.; Pinto, A. & Maciel, M. (2005) - Plantas medicinais: cura segura? Química Nova, vol. 28, n. 3, p. 519-528. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-40422005000300026        [ Links ]

Zlatković, B. & Bogosavljević, S. (2014) - Taxonomic and pharmacological valorization of the medicinal flora in Svrljiški Timok Gorge (Eastern Serbia). Facta Universitatis Series: Medicine and Biology, vol. 16, n. 2, p. 76-86.         [ Links ]


Agradecimentos

Este trabalho é financiado por Fundos Europeus Estruturais e de Investimento, na sua componente FEDER, através do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020) [Projeto nº 006971 (UID/SOC/04011)]; e por Fundos Nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, no âmbito do projeto UID/SOC/04011/2013.


Recebido/received: 2016.12.22

Recebido em versão revista/received in revised form: 2017.03.04

Aceite/accepted: 2017.03.06

Creative Commons License Todo el contenido de esta revista, excepto dónde está identificado, está bajo una Licencia Creative Commons