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Revista de Ciências Agrárias

Print version ISSN 0871-018X

Rev. de Ciências Agrárias vol.43 no.spe2 Lisboa Dec. 2020  Epub Dec 18, 2020

https://doi.org/10.19084/rca.19665 

Artigo

Biodiversidade de artrópodes associados à copa de amendoeiras num amendoal em modo de produção integrada em Trás-os-Montes, Portugal

Biodiversity of arthropods in one almond orchard in integrated production mode in Trás-os-Montes, Portugal

Isabel Rodrigues*1 

Vanessa Martins1 

José Alberto Pereira1 

Albino Bento1 

1Centro de Investigação de Montanha, Instituto Politécnico de Bragança, Bragança, Portugal


Resumo

O conhecimento da biodiversidade de artrópodes presentes nas culturas, em termos das funções que desempenham (fitófagos, predadores, parasitoides, detritívoros, entre outros) e das relações existentes entre si é fundamental numa perspetiva de conservação da fauna auxiliar, de promoção da proteção biológica contra as principais pragas e de manutenção da cultura em bom estado fitossanitário. No caso da amendoeira, o conhecimento acerca da biologia das pragas-chave, a sua dinâmica populacional e os predadores e parasitoides associados é ainda escasso em Portugal. Assim, este trabalho teve por objetivo conhecer a diversidade e a abundância dos principais grupos funcionais de artrópodes associados à copa do amendoal e as suas flutuações ao longo do tempo. Nesse sentido, em dois anos consecutivos (2018 e2019) entre abril e início de outubro, com periodicidade semanal, realizou-se a técnica das pancadas em 25 árvores selecionadas aleatoriamente num amendoal localizado em Alfandega da Fé. O material colhido foi separado e os artrópodes existentes contados e identificados ao mais baixo nível taxonómico possível. No total foram capturados 11 809 artrópodes, que se distribuíram em oito ordens diferentes. Os hemípteros fitófagos foram os indivíduos mais abundantes ao longo da amostragem. Relativamente aos auxiliares predadores, por ordem de importância relativa, surgiram as aranhas, os coccinelídeos e as formigas, nos dois anos de estudo. Os himenópteros parasitoides representaram 11% e 15% do total de auxiliares, respetivamente em 2018 e 2019. Verificou-se ainda que a maior abundância de aranhas foi coincidente com a maior ocorrência dos hemípteros fitófagos.

Palavras-chave: Fauna auxiliar; abundância; diversidade; limitação natural

Abstract

The knowledge of the diversity of arthropods in the crops (phytophagous, predators, parasitoids, detritivores, and others) and the relations between them are fundamental in a perspective of conservation of the beneficial insects, to promote biological protection against the main pests and maintain the crop in good phytosanitary condition. The knowledge about pest bioecology, population dynamics, predators and associated parasitoids in almond orchards are still scarce in Portugal. Thus, this work aimed to understand the diversity and abundance of the main functional groups of arthropods associated with the canopy of the almond tree and their fluctuations over time. To fulfill the objective, between April and early October of 2018 and 2019, weekly, the beating technique was performed. selecting randomly 25 trees from an almond tree orchard located in Alfândega da Fé. The harvested material was separated, and arthropods counted and identified at the lowest possible taxonomic level (order, family, genus, or species). In total, 11,809 arthropods were captured, that were distributed in 8 different orders. Phytophagous Hemiptera were the most abundant individuals throughout the sampling and the auxiliaries, spiders, coccinellids, and ants were the most abundant in 2018 and 2019. Parasitoid hymenopterans were also detected in the two years of sampling. It was found that the spiders followed the peaks of the occurrence of phytophagous Hemiptera. Phytophagous Hemiptera were the most abundant individuals throughout the sampling. Concerning the auxiliary fauna, in order of relative importance, spiders, coccinellids, and ants appeared in the two years of study. The parasitoid Hymenoptera represented 11% and 15% of the total auxiliaries, respectively in 2018 and 2019. It was also found that the greater abundance of spiders coincided with the greater occurrence of phytophagous Hemiptera.

Keywords: Beneficial insects; abundance; diversity; natural control

INTRODUÇÃO

A amendoeira é uma cultura em expansão, com o aparecimento de novas plantações de norte a sul do País, intensificação do sistema produtivo, aumento da área com rega (INE, 2019). O uso de variedades autoférteis e com floração mais tardia, mais produtivas, pode implicar uma maior necessidade de cuidados culturais. É notória a maior sensibilidade de algumas das novas variedades, sobretudo a doenças e o aparecimento de novos inimigos da cultura, sobretudo nas plantações regadas, intensivas e super-intensivas bem como a maior importância de alguns dos inimigos já conhecidos dos agricultores (Gort & Sánches, 2011; Torguet et al., 2019), os quais podem contribuir para a redução quantitativa e qualitativa da produção.

A copa do amendoal, assim como outros agroecossistemas, sustenta uma elevada diversidade de artrópodes que podem exercer atividade fitófaga, predadora, parasítica ou detritívora. Os artrópodes fitófagos alimentam-se das plantas podendo muitas vezes causar estragos irreversíveis, sendo-lhes assim atribuído a designação de pragas quando causam prejuízos nas culturas (Schowalter et al., 1995). No amendoal, as principais espécies fitófagas são a monosteira, Monosteira unicostata (Mulsant & Rey, 1852), os lepidópteros Anarsia lineatella (Zeller, 1839) e Grapholita molesta (Busck, 1916), os ácaros Tetranychus urticae (Koch, 1836) e Panonychus ulmi (Koch, 1836), os afídeos Myzus persicae (Sulzer, 1776), Brachycaudus amygdalinus (Schouteden, 1905) e Brachycaudus helichrysi (Kaltenbach, 1843) e o coleóptero vulgarmente conhecido como cabeça-de-prego (Capnodis tenebrionis (Linnaeus, 1758) (Marannino et al., 2008; Benhadi-Marin et al., 2011; Santos et al., 2016; Sánchez-Ramos et al., 2017a). A ação dos artrópodes predadores e parasitoides contribui de forma decisiva para a manutenção de algumas pragas em níveis populacionais abaixo do nível económico de ataque, contribuindo para um aumento substancial da qualidade e quantidade da produção de amêndoa (Nasare, 2018). Outros artrópodes assumem especial importância no ecossistema agrário uma vez que podem atuar na decomposição da matéria orgânica, na disseminação de pólen, na ciclagem de nutrientes e na dispersão de sementes (Nasare, 2018). A manutenção do equilíbrio entre estes grupos funcionais é de grande importância, uma vez que a biodiversidade funcional desempenha funções que podem manter a sustentabilidade do agroecossistema (Altieri, 1999).

O conhecimento da diversidade de artrópodes das culturas e das relações tróficas existentes é fundamental numa perspetiva de conservação da fauna auxiliar (Bolu, 2007; Santos et al., 2012; Sánchez-Ramos et al., 2017a). O estudo da diversidade de artrópodes possibilita a promoção da proteção biológica contra as principais pragas e permite a aquisição de conhecimentos relativos à manutenção de um bom estado fitossanitário da cultura (Santos, et al., 2012; González-Núñes et al., 2017; Sánchez-Ramos et al., 2017b). Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo conhecer a abundância e diversidade dos grupos funcionais de artrópodes associados ao amendoal e a sua dinâmica ao longo do ano.

MATERIAL E MÉTODOS

O presente trabalho decorreu em 2018 e 2019, num amendoal de sequeiro em modo de produção integrada, localizado em Alfândega da Fé. A parcela em estudo possui uma área de 9,3 ha, inserida numa mancha contínua de amendoal, constituída pelas cultivares Glorieta e Masbovera dispostas num compasso de plantação de 6 m na entrelinha e 4 m na linha. O controlo das infestantes foi realizado com destroçador na entrelinha (apenas em fins de junho) e com a aplicação de herbicida na linha (final de abril).

Método de amostragem

Com o objetivo de monitorizar as populações de artrópodes associados à copa da amendoeira, procedeu-se à realização da técnica das pancadas em 25 árvores selecionadas aleatoriamente na parcela. Cada amostra era constituída por duas pancadas/ramo e dois ramos por árvore. A amostragem realizou-se entre início de abril e início de outubro, com periodicidade semanal, nos anos 2018 e 2019. O material recolhido foi levado para laboratório e posteriormente observado à lupa binocular. Os artrópodes capturados foram identificados até ao mais baixo nível taxonómico possível.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

No total foram capturados 11809 artrópodes, dos quais 7033 registaram-se em 2018 e 5874 em 2019 (Quadro 1). Nos dois anos de amostragem a ordem Hemiptera foi o grupo de insetos mais abundante, representando mais de 50% dos artrópodes capturados na técnica das pancadas. Seguiram-se por ordem de importância as ordens Araneae, Coleoptera, Diptera e Hymenoptera (Figura 1).

Quadro 1 Número total (N) de indivíduos, por grupo taxonómico, capturados pela técnica das pancadas em 2018 e 2019, na copa de amendoeiras em amendoal em modo de produção integrada localizado em Alfandega da Fé 

2018 2019 2018 2019
N N N N
Hemiptera 3921 2932 Diptera 637 183
Sternorrhyncha Syrphidae 3 2
Aphidoidea 1420 155 Outros 634 181
Auchenorrhyncha
Cicadomorpha Hymenoptera 314 374
Cicadellidae 561 555 Formicidae 91 69
Aphrophoridae 3 8 Parasítica 199 305
Outros 24 0
Hereroptera
Monosteira 1896 2148 Thysanoptera 0 55
Outros 41 66
Dermaptera 42 16
Coleoptera 1072 536
Coccinellidae 429 293 Aranea 921 1526
Outros 643 243
Outros 86 227
Neuroptera 40 25
Chrysopidae 7 14
Outros 33 11 Total 7033 5874

Figura 1 Abundância total das principais ordens capturadas pela técnica das pancadas em 2018 e 2019, na copa de amendoeiras de amendoal em modo de produção integrada localizado em Alfandega da Fé. 

Os indivíduos da ordem Hemíptera apresentam uma grande variedade de hábitos alimentares (fitófagos, carnívoros e hematófagos). Contudo, no amendoal, os indivíduos desta ordem com maior relevância são os que possuem atividade fitófaga, como é o caso da monosteira, M. unicostata. Adultos e ninfas desta espécie são capazes de sugar o conteúdo celular das folhas, causando graves desfoliações na amendoeira, o que leva por sua vez à diminuição da produção; por tal, esta espécie é considerada uma das pragas chaves da amendoeira (Sánchez-Ramos et al., 2017b). No amendoal em estudo, ao longo do período de amostragem, a monosteira foi o hemíptero mais abundante (1896 e 2148 indivíduos em 2018 e 2019, respetivamente). Dentro da ordem Hemiptera, destaca-se ainda a captura de indivíduos da infraordem Cicadomorpha (564 e 563 indivíduos em 2018 e 2019, respetivamente), não só pelo hábito fitófago que apresentam, mas pela capacidade de transmitirem fitopatogénios às plantas como é o caso da bactéria gram-negativa Xylella fastidiosa (Wells et al., 1987). Em Espanha, já há registos desta bactéria em amendoais (EFSA, 2016) e em Portugal, apesar de já se ter registado a presença de X. fastidiosa, esta ainda não foi reportada em zonas agrícolas (DGAV, 2020).

Os resultados obtidos neste estudo apresentam uma abundância maior de hemípteros (monosteira e cicadelídeos) relativamente aos resultados descritos por Marcotegui et al. (2015); no entanto, o padrão de abundância e as flutuações ao longo do ano são semelhantes.

Relativamente a superfamília Aphidoidea, também pertencente à ordem Hemiptera, apresentou um grande número de indivíduos em 2018 (1420 afídeos) comparativamente a 2019 (155 afídeos). Estes indivíduos são responsáveis pelo enrolamento das folhas jovens e pela deformação e menor crescimento dos lançamentos (Santos et al., 2012). A presença de afídeos no amendoal pode justificar a presença de formigas na copa da amendoeira, uma vez que estes indivíduos são mutualistas. Os afídeos proveram as formigas com melaço e, em contrapartida, as formigas protegem os afídeos de predadores como os coccinelídeos (Stadler & Dixon, 2005).

No que diz respeito aos predadores capturados, o período de maior ocorrência, em 2018, registou-se no início de agosto, enquanto em 2019, o máximo de abundância ocorreu no final de julho (Figuras 2 e 3). Os indivíduos mais abundantes pertencem às ordens Araneae, Coleoptera (Coccinellidae), Hymenoptera (Formicidae) e Neuroptera, com dados consistentes nos dois anos de amostragem. Os resultados obtidos no presente estudo são concordantes com os referidos na escassa bibliografia disponível (Benhadi-Marin et al., 2011; Yanik et al., 2011; Santos et al., 2012). É de salientar que apesar de as formigas serem consideradas predadores, neste contexto, devido à presença de afídeos na copa, a sua função pode não se limitar apenas à ação predadora.

Figura 2 Abundância das principais ordens capturadas pela técnica das pancadas ao longo do período de amostragem em 2018 e 2019, na copa de amendoeiras de um amendoal em modo de produção integrada localizado em Alfandega da Fé. 

Figura 3 Número médio e respetivo erro padrão dos principais indivíduos: fitófagos, representados a verde, (Aphididae, Cicadomorpha e Monosteira unicostata); predadores, representados a vermelho, (Araneae, Coccinellidae e Formicidae); e parasitoides, representados a azul (Hy. Parasitoide) ao longo do período de amostragem em 2018 e 2019, num amendoal em modo de produção integrada localizado em Alfandega da Fé. 

A comunidade de Araneae constituiu o predador mais abundante nos dois anos de estudo. Exemplares desta ordem estiveram sempre presentes em todas as amostragens (Figuras 2 e 3). O máximo de abundância registou-se no início de agosto em 2018 e no final de julho em 2019. Os resultados obtidos neste estudo vão de encontro aos resultados apresentados por Benhadi-Marin et al. (2011) onde se constatou um domínio de Araneae entre os inimigos naturais presentes na copa do amendoal. As aranhas utilizam a copa das amendoeiras para se abrigarem e assumem um papel relevante na proteção biológica enquanto predadores (Benhadi-Marin et al., 2011). Araneae apresenta cinco períodos de maior abundância, coincidentes com os períodos de maior ocorrência de M. unicostata (Figura 3).

Quanto aos coleópteros, estes apresentaram o máximo de abundância em meados de junho em 2018 e no final de junho em 2019 (Figura 2). Destacou-se a família Coccinellidae, por ser a mais abundante e pela sua ação predadora. De acordo com Sánchez-Ramos et al. (2017a) e González-Núñes et al. (2017), o elevado número de coccinelídeos presentes na copa do amendoal pode estar relacionado com a presença de pragas como a monosteira, M. unicostata, o aranhiço amarelo, T. urticae, e o afídeo B. amygdalinus. Os indivíduos da família Coccinellidae registaram um máximo de abundância no final de junho (Figura 3).

Relativamente aos himenópteros parasitoides, estes representam 11% do total de auxiliares em 2018 e 15% do total de auxiliares em 2019. O maior número de himenópteros parasitoides observou-se no final de maio em 2018 e no início de junho, em 2019 (Figura 3).

Quanto à ordem Neuroptera, foram capturados apenas 40 e 25 exemplares, respetivamente em 2018 e 2019, dos quais 7 e 14 indivíduos pertenciam à família Chrysopidae.

CONCLUSÕES

Observou-se um elevado número e diversidade de artrópodes na copa da amendoeira. A ordem Hemiptera foi a mais abundante nos dois anos de estudo, com especial destaque para a espécie M. unicostata. Observou-se a presença de indivíduos de Cicadomorpha; algumas espécies presentes estão referidas como transmissoras da bactéria X. fastidiosa.

Os insetos predadores e parasitoides também se fizeram notar, com indivíduos pertencentes às ordens Araneae, Coleoptera (Coccinellidae), Hymenoptera (Formicidae) e Neuroptera. A presença e fomento dos auxiliares, como a implementação de mais infraestruturas ecológicas, podem ser decisivos para a manutenção de algumas pragas em níveis populacionais abaixo do nível económico de ataque.

Agradecimentos

O presente trabalho foi realizado com o apoio financeiro do projeto BioPest: “Estratégias Integradas de Luta Contra Pragas-Chave em Espécies de Frutos Secos” PDR 2020-101-030960.

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Recebido: 11 de Março de 2020; Aceito: 18 de Dezembro de 2020

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