SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.24 número1A cultura democrática na gestão da escola pública: um estudo da análise do discurso dos conselheiros escolaresEntre tradição e inovação: um estudo sobre mudanças no ensino de gramática em livros didáticos brasileiros de Língua Portuguesa índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Revista Portuguesa de Educação

versão impressa ISSN 0871-9187

Rev. Port. de Educação v.24 n.1 Braga  2011

 

O desafio de educar na era digital: educações

 

Nelson de Luca Pretto

Universidade Federal da Bahia, Brasil

 

Resumo

O artigo apresenta uma visão panorâmica do desenvolvimento científico e tecnológico da comunicação e das diversas linguagens (co-)existentes que se articulam intensamente a partir da enorme presença das tecnologias digitais. Analisa-se a implantação das redes digitais e dos processos colaborativos de produção de conhecimento e as políticas públicas brasileiras para o campo da cultura digital, destacando-se o uso das redes de compartilhamento, com ênfase no software livre e na produção coletiva. A partir desses pressupostos, discute-se a importância da relação da educação com a cultura. Desenvolve-se a idéia de uso intenso das redes colaborativas nos processos educacionais, com a montagem de comunidades horizontais de produção de culturas e conhecimentos. Ao final, reflete-se mais detalhadamente sobre a proposta de pensar a educação numa perspectiva plural, ou seja, em educações.

Palavras-chave: Educação; Cultura digital; Comunicação digital; Redes

 

Education Challenges in the digital era: educations

Abstract

The paper initially presents an overview of scientific and technological development, the global mainstream media system and the coexistence of some languages, which are intensively articulated from and by the great presence of digital technologies. An analysis is made of the set up process of digital networks and collaborative processes and Brazilian public policies for the digital culture, in particular the use of collaborative networks emphasising open/free software and collective production. From this the paper discusses the importance of the relationship between education and culture. We develop the idea of the intense use of horizontal and collaborative networks in educational processes which empower teachers and students to produce culture and knowledge. Finally, we reflect more closely on thinking of education from a plural perspective, i.e. educations.

Keywords: Education; Digital Culture; Digital communication; Networks

 

El reto de educar en la era digital: educaciones

Resumen

El artículo presenta una visión general del desarrollo científico y tecnológico de la comunicación en diferentes lenguajes (co)existentes que están vinculados intensamente debido a la enorme presencia de las tecnologías digitales. Analiza el despliegue de redes digitales, procesos colaboradores de producción de conocimiento y de las políticas públicas brasileñas para el campo de la cultura digital, haciendo hincapié en el uso de redes de intercambio, con énfasis en el software libre y la producción colectiva. A partir de estas premisas, se discute la importancia de la relación entre educación y cultura. Se desarrolla la idea del uso intensivo de las redes de colaboración en los procesos educativos, con la creación de comunidades horizontales de producción de culturas y conocimientos. Al final, se hace una reflexión más detallada sobre la propuesta de pensar en la educación desde una perspectiva plural, es decir, en educaciones.

Palabras clave: Educación; Cultura Digital; Comunicación digital; Networks

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text only available in PDF format.

 

Referências

Barbosa Filho, A., Castro, C., & Takashi, T. (2005) (Org.). Mídias digitais: convergência tecnológica e inclusão social. São Paulo: Edições Paulinas.

Benkler, Y. (2005). Common Wisdom: peer production of educactional materials. Center for Open and Sustainable Learning (COSL), Universidade de Utah, EUA. Disponível em http://csol.usu.edu

Benkler, Y. (2006). The wealth of networks: how social production transforms markets and freedom. London: Yale University Press.

Brasil (2008). Decreto nº 6.424, de 4 de Abril de 2008. Disponível em http//www.senado.gov.br

Brasil . Ministério da Cultura (2004). Portaria 156 de 06 de julho de 2004. Disponível em http://www.cultura.gov.br/documentos/ConcursoseEditais_MinC/2004/SDPC/ portaria/pcv_portaria1.doc

Castells, M. (1996). The Rise of the Network Society. New York: Blackwell.

Cini, M. (1998). Um paradiso perduto: dall'universo delle leggi naturali al mondo dei processi evolutivi. Milão: Feltrinelli.

Couto, M. (2005). Pensatempo. Lisboa: Editora Caminho.

Dias, L. C. (1995). Redes: emergência e organização. In I. E. Castro, P. Gomes & R. Corrêa (Org.), Geografia: conceitos e temas (pp. 141-162). Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.

Ferreira, S. L. (2008). Possibilidade para a Educação em Rede com a TV Digital no Brasil. Tese de Doutorado. Salvador: Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia.

Feyerabend, P. K. (1996). Matando o Tempo: uma autobiografia. São Paulo: Ed. UNESP.

Gil, G. (2004). Cultura digital e desenvolvimento. Aula Magna na Universidade de São Paulo. Disponível em http://www.cultura.gov.br/site/2004/08/10/ministro-da-cultura-gilberto-gil-em-aula-magna-na-universidade-de-sao-paulo-usp

Gilder, G. (1994). Life after Televison. New York: W.W. Norton & Company.

Gindre, G. (2007). Agenda de regulação: uma proposta para o debate. In S. S. Amadeu, Comunicação Digital e a construção do Commons: Redes virais, Espectro Aberto e as Novas Possibilidades de regulação (pp. 129-174). São Paulo: Fundação Perseu Abramo.

Himanen, P., Torvalds, L., & Castells, M. (2002). The hacker ethic. London: Random House Trade.

Leadbeater, C. (2009). We Think: the Power of Mass Creativity. London: Profile Books.

Piscitelli, A. (2002). Ciberculturas 2.0: en la Era de las Máquinas Inteligentes. Buenos Aires: Paidós.

Poster, M. (2001). What’s the Matter with the Internet. Minneapolis: University of Minnesota Press.

Prata, M. (2001). Minhas tudo: incluindo sexo, drogas e rock and roll. E umas mulheres peladas. Rio de Janeiro: Objetiva.

Pretto, N. (1996). Uma Escola sem/com Futuro: Educação e Multimídia. Campinas, Papirus.

Pretto, N. (2006). Mídia, currículo e o negócio da educação. In A. F. Moreira (Org.), Currículo, Cotidiano e Tecnologias (pp. 111-148). Araraquara, SP: JM Ed.

Pretto, N., & Serpa, L. F. P. (2001). A educação e a sociedade da informação. In P. Dias (Org), Challenges 2001. Actas da II Conferência Internacional de Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação. Braga: Centro de Competência Nónio Século XXI da Universidade do Minho.

Rawsthorn, A. (2009). What technology has taught us at dizzying speed. International Herald Tribune, Nova Iorque, 25 Janeiro. Disponível em http://www.iht.com/articles/2009/01/23/arts/design26.1-412695.php?page=1

Rushkoff, D. (1999). Um Jogo chamado Futuro: como a Cultura dos Garotos pode nos Ensinar a Sobreviver na Era do Caos. Rio de Janeiro: Revam.

Takahashi, T. (2000). Sociedade da Informação no Brasil: Livro Verde. Brasília: Ministério da Ciência e Tecnologia.

Tapscott, D. (1999). Geração Digital: a Crescente e Irreversível Ascensão da Geração Net. São Paulo: Makron Books.

Veiga-Neto, A. (2003). Cultura, culturas e educação. Revista Brasileira de Educação. 23, 5-15. Disponível em http://www.scielo.br

Veiga-Neto, A. (2002). De geometrias, currículo e diferenças. Educação e Sociedade, 23 (79), 163-186. Disponível em http://www.scielo.br        [ Links ]

Wrey, R. (2008). Cash in hand: why Africans are banking on the mobile phone. The Guardian, Londres, 17 June. Disponível em http://www.guardian.co.uk/business/2008/jun/17/telecoms.telecoms

 

Recebido em Outubro/2009

Aceite para publicação em Agosto/2010