SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.22 número1Conceção, redação e publicação de artigos científicos: nota introdutória índice de autoresíndice de materiabúsqueda de artículos
Home Pagelista alfabética de revistas  

Servicios Personalizados

Revista

Articulo

Indicadores

Links relacionados

  • No hay articulos similaresSimilares en SciELO

Compartir


Nascer e Crescer

versión impresa ISSN 0872-0754

Nascer e Crescer vol.22 no.1 Porto mar. 2013

 

Conceção, redação e publicação de artigos científicos - Conceção de artigos científicos

Design, writing and publication of scientific manuscripts – design of scientific manuscripts

 

Margarida Lima, Md, PhD1

1 Hospital de Santo António, Centro Hospitalar do Porto

ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA

 

RESUMO

Neste primeiro artigo, de quatro que integram a rubrica “CONCEÇÃO, REDAÇÃO E PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS CIENTÍFICOS” da secção “EDUCAÇÃO CIENTÍFICA” da revista “NASCER E CRESCER” fazemos algumas reflexões sobre as etapas que devem preceder a redação de um artigo científico, tendo em vista a sua publicação numa revista de edição periódica.

Palavras-chave: educação científica; conceção de artigos científicos.

 

ABSTRACT

In this first manuscript, from four that comprise the heading “DESIGN, WRITING AND PUBLISHING OF SCIENTIFIC MANUSCRIPTS”, as part of the “SCIENTIFIC EDUCATION” section of the journal “NASCER E CRESCER”, we reflect on the steps that should precede the writing of a scientific paper, in view to its publication in a periodic journal.

Keywords: Scientific education; design of scientific manuscripts.

 

1. INTRODUÇÃO

Redigir um bom artigo é uma tarefa difícil que exige conhecimentos de natureza científica e técnica e o domínio das ferramentas necessárias, muito treino e persistência(1-3). Saber redigir um artigo é o primeiro passo para fazer a leitura crítica dos artigos publicados e, desta forma, selecionar a informação disponível na literatura(4,5). Por estes motivos, ambos os conteúdos deveriam ser obrigatórios nos cursos médicos e em todos os do ensino universitário(6,7).

Antes de começar a redigir um artigo, é preciso que os autores saibam onde o querem publicar. Para isso, devem saber qual é a finalidade da publicação e o público a que se destina o artigo e conhecer as revistas da área. Depois de selecionar a revista e de consultar as instruções aos autores, devem planear cuidadosamente o que querem escrever e como o vão fazer, respeitando a estrutura básica do artigo e sem perder de vista o objetivo primordial: salientar as ideias mais importantes, tornar claros os aspetos inovadores e fazer chegar a mensagem ao público-alvo.

Antes de começar a redigir um artigo, é também preciso que os autores conheçam as diversas modalidades de artigos científicos, saibam qual é a sua estrutura básica e os conteúdos que devem integrar cada uma das partes que os compõem.

Neste trabalho fazemos algumas reflexões sobre as etapas que devem preceder a redação de um artigo científico, tendo em vista a sua publicação numa revista de edição periódica.

 

2. CONCEITOS GERAIS

2.1 Tipos de textos científicos

Existem vários tipos documentos, entre os quais textos científicos, que diferem entre si no conteúdo e na forma(6) (Quadro 1). Os artigos científicos são um tipo particular de texto científico, publicado em revistas com edição periódica.

 

 

2.2 Textos científicos publicados em revistas de edição periódica

Para além dos chamados “artigos originais”, destinados à publicação de resultados inéditos, as revistas científicas de edição periódica publicam outras modalidades de artigos científicos, como os estudos de casos (conhecidos na área médica como “casos clínicos”) e de séries de casos (muitas vezes referidos como “revisões de casuísticas”), e os artigos de revisão, entre outros (Quadro 2)(8). Para além disso, muitas revistas publicam também outros tipos de textos científicos, como sejam artigos de opinião, ensaios pictóricos, conferências de consenso e normas orientadoras. Nem todas as revistas aceitam todas as modalidades de artigos. Por exemplo, há revistas que não publicam casos clínicos e estudos de revisão, assim como há outras destinadas apenas a este tipo de publicações.

 

 

Em algumas destas modalidades a proposta de submissão para publicação é feita pelos próprios autores, como acontece nos artigos originais; noutras, como é o caso dos artigos de revisão e de opinião, a redação dos artigos e a sua publicação pode ser feita exclusivamente a convite do corpo editorial, mas isso depende das normas da revista.

 

2.3 Organização de um artigo científico

A preocupação de redigir os artigos de uma forma estruturada e uniforme, que ao mesmo tempo proporcione qualidade científica e facilite a leitura, data de há longos anos.

Na estrutura de um artigo há a considerar, para além do “corpo” do artigo (texto do artigo propriamente dito), os elementos pré (título, autores e respetivas filiações, resumo e palavras-chave) e pós-textuais (referências, glossário, apêndices e anexos).

Em 1988 foi proposta a organização do “corpo” do artigo nas secções de Introdução, Métodos, Resultados e Discussão (IMRAD, Introduction, Methods, Results And Discussion)(9), uma estrutura que, com variações em função do tipo de artigo e das normas das revistas, se manteve até aos nossos dias (Quadro 3)(10,11). A estrutura básica do Resumo deve refletir a estrutura do “corpo” do artigo e o seu conteúdo mencionando apenas os aspetos mais relevantes.

 

 

2.4 Conteúdo das secções de um artigo científico

Antes de começar a redigir um artigo, os autores devem ter conhecimento prévio dos conteúdos que devem integrar cada uma das secções (Quadro 4)(8).

 

 

2.5 Variações no conteúdo e na forma dos textos científicos

Os diferentes tipos de artigos diferem entre si no conteúdo e forma de organização (Quadro 5)(8).

 

 

Neste trabalho abordaremos apenas a organização de um artigo original na sua forma clássica. Os relatos de casos (12-16) e de séries de casos(17,18), as notas técnicas(19), os ensaios pictóricos (20) e os artigos de revisão narrativa(21-23) e de revisão sistemática sem e com meta-análise(24-29), apresentam especificidades de conteúdo e estrutura que não serão alvo de análise.

As cartas ao editor(30), os editoriais(31) e os comentários a convite dos editores têm também requisitos e caraterísticas muito próprias(32).

 

2.6 Artigos originais com caraterísticas particulares

Alguns artigos originais nas áreas das ciências médicas e biomédicas, pelas suas particularidades, obedecem a requisitos particulares, pelo que foram propostas normas orientadoras específicas para a sua redação. Não sendo possível no âmbito deste trabalho analisar com detalhe as caraterísticas de todos estes tipos de textos científicos, resta-nos informar os leitores sobre as principais modalidades e facultar as referências onde poderão encontrar orientações detalhadas para a redação dos mesmos (Quadro 6).

 

 

Entre eles, salientam-se os que relatam os resultados de ensaios clínicos aleatorizados e controlados com medicamentos de uso humano ou de outros estudos médicos interventivos(33,34), estudos observacionais epidemiológicos(35,36), nomeadamente os baseados na recolha de dados clínicos de rotina(37,38), os estudos de validação e de precisão diagnóstica(39-44), estudos de análise de prognóstico de marcadores tumorais(45), estudos de associação genética(46), estudos epidemiológicos moleculares(47), estudos de identificação e qualificação de biomarcadores em proteómica clínica(48), estudos preditivos de risco genético(49), estudos de imunogenómica(50), assim como artigos que reportam reações adversas a medicamentos(51,52) e estudos sobre a qualidade destes últimos(50). Nos últimos anos, têm vindo a aumentar os estudos que reportam análises económicas de custo / benefício em diversas áreas da saúde, pelo que também existem já numerosas recomendações sobre a realização destes estudos e redação de artigos científicos para os reportar(53-61), etc.

 

2.7 Erros frequentes na redação de artigos científicos

Conhecer os erros que mais frequentemente são cometidos na redação de artigos ajuda a aprender com a experiência de outros e a não cometer erros que são recorrentes, no conteúdo e na forma (Quadro 7). A leitura atenta e crítica de outros artigos e o treino de redação são também fundamentais.

 

 

2.8 Sequência de redação versus sequência de apresentação

A sequência de redação das diferentes secções de um artigo científico não corresponde à sequência utilizada na versão do artigo que é submetida para publicação e esta, por sua vez, difere da sequência apresentada no artigo na versão impressa, tal como é publicado (Figura 1). De uma forma geral, a secção Material e Métodos deve ser a primeira a ser redigida, logo seguida pela secção Resultados, devendo a redação desta última ser precedida pela construção das respetivas ilustrações (tabelas e figuras). Seguidamente, devem ser redigidas as secções Introdução e Discussão. Durante a redação das diferentes secções, deve ser construída a lista bibliográfica usada nas citações, que constituirá, no final, a secção de Referências. Por fim, deve ser escrito o Resumo e atribuído o Título apropriado. Para que o artigo tenha consistência e seja coerente como um todo, é importante que as secções Material e Métodos / Resultados e Introdução / Discussão, suportadas pela respetiva bibliografia, comuniquem entre si.

 

 

3. QUESTÕES PRÉVIAS À REDAÇÃO DO ARTIGO

Antes de começar a escrever um artigo, é necessário planear e isso inclui responder a algumas perguntas: Qual a finalidade da publicação? Qual o público-alvo? Onde é que o artigo deve ser publicado? O que deve ser abordado, detalhado ou salientado? Como deve ser redigido?

 

3.1 Porque quero publicar um artigo?

Existem várias razões para se publicar um artigo(62). A mais importante é a divulgação de novos conhecimentos na comunidade científica, assim como de novos materiais, técnicas e métodos. Outras razões prendem-se com questões curriculares e profissionais e com o reconhecimento e o prestígio dos autores e das instituições.

 

3.2 O que devo e como devo escrever?

Um bom artigo deve ser escrito com clareza, precisão e fluência, condições essenciais para que os leitores se sintam interessados e sejam capazes de entender o seu conteúdo. Para além disso, deve contextualizar o leitor no que respeita aos tema e aos problemas abordados, apresentar adequadamente os objetivos, os materiais e métodos usados e os resultados encontrados, assim como discutir esses resultados, comparando-os com os dados disponíveis na literatura.

Para ilustrar um artigo podem ser usados quadros, tabelas, figuras, etc., que servem fundamentalmente para representar os resultados e as ideias de forma mais clara e com economia de espaço. No entanto, para transmitir eficazmente a mensagem não basta usar ilustrações atrativas, sendo essencial um bom texto explicativo que conduza a leitura do trabalho.

 

3.3 Onde devo publicar?

Antes de começar a redigir um artigo ou numa fase muito precoce do processo de redação, os autores devem decidir em que revista o querem publicar. A escolha da revista é o ponto de partida, uma vez que vai ser determinante para a sua estrutura e a formatação. Para decidir, o autor deve conhecer o âmbito de publicação das revistas da área, saber qual é o público-alvo das mesmas e consultar a informação relativa ao âmbito e normas de publicação.

Uma vez identificadas as revistas da área cujo âmbito de publicação é adequado ao trabalho em causa, existem mais alguns fatores a considerar: o facto das revistas terem (ou não) revisão por pares, a sua indexação (ou não) em bases de dados bibliográficas e quais, os respetivos Fatores de Impacto, e se as editoras disponibilizam (ou não) o acesso aberto ao texto integral dos artigos.

 

3.4 Como avaliar a qualidade e visibilidade das revistas?

A “revisão por pares”, a indexação das revistas em bases de dados bibliográficas, referenciais ou de texto integral, e o Fator de Impacto (aplicável apenas às revistas indexadas pela Thomson Scientific na ISI Web of Knowledge) são pilares fundamentais da literatura médica e biomédica(63) De uma forma geral, a “revisão por pares” e a indexação em bases de dados bibliográficas são garantia de qualidade; por outro lado, é relevante publicar em revistas com maior Fator de Impacto, já que estas têm mais visibilidade e, portanto, maior repercussão na comunidade científica.

 

3.4.1 Revisão por pares

A avaliação da qualidade científica é um problema particularmente difícil, pelo que os conselhos editoriais da maioria das revistas recorrem à “revisão por pares” (peer review), isto é, a especialistas qualificados, para avaliar os artigos do ponto de vista técnico e científico, fundamentando nesses pareceres a decisão de publicação. As revistas com “revisão por pares” oferecem, até prova em contrário, maior garantia de qualidade.

 

3.4.2 Indexação em bases de dados bibliográficas

Da mesma forma, a indexação das revistas em bases de dados bibliográficas, referenciais ou de texto integral, só é possível, em princípio, para revistas que preencham determinados requisitos (regularidade de edição, existência de corpos editoriais e redatoriais, revisão por pares, normas para publicação, etc.).

Por isso mesmo, a indexação das revistas é também um indicador de qualidade, para além de facilitar a procura, identificação e acesso aos artigos nelas publicados.

 

3.4.3 Fator de Impacto

O Fator de Impacto das revistas* avalia a sua influência na comunidade científica e, de certa forma, a sua qualidade, embora com algumas limitações(64). No entanto, não deve ser usado para ajuizar sobre a qualidade individual dos artigos nelas publicados ou dos investigadores, havendo outros indicadores para este fim, como a taxa de citação e o Índice h, respetivamente(65). Embora qualquer autor deseje publicar nas revistas com maior Fator de Impacto, há que ter em consideração que estas costumam ser mais rigorosas no processo de seleção dos artigos, nomeadamente quanto ao caráter inédito e à relevância.

 

3.4.4 Publicação eletrónica e acesso aberto

A publicação eletrónica constitui hoje uma alternativa válida à publicação em papel, quer pelo menor custo, quer pela rapidez(66). Graças a ela, é possível o acesso eletrónico ao texto integral dos artigos das revistas. No caso das revistas que adotaram a política de open access, o acesso é livre e gratuito, o que facilita a disponibilização dos artigos à comunidade científica; para além disso, muitas revistas de acesso restrito (aquelas em o acesso só é permitido mediante subscrição da revista ou pagamento pelo utilizador que o solicita), facultam o acesso livre aos artigos publicados há mais de um determinado tempo (geralmente 6 meses a 2 anos). Apesar de alguns estudos feitos nesta área, ainda não é conhecido o impacto real do acesso livre à informação na leitura e citação de artigos(67).

 

3.5 Como devo redigir?

As condições indispensáveis para uma boa redação científica são a clareza, a objetividade e a precisão. Para o fazer, os autores precisam de ter assimilado o assunto em todas as suas dimensões, em cada uma das partes e no seu todo.

Uma vez selecionada a revista, é imprescindível consultar as respetivas normas de publicação. Para além do conteúdo, também é importante respeitar as indicações relativas à formatação e apresentação gráfica, como margens, espaçamentos, numeração de páginas, número de figuras e tabelas e estilo das referências. O artigo pode ser rejeitado por não se encontrar no formato apropriado, mesmo que apresente resultados originais e esteja bem redigido. Para estar familiarizado com os estes aspetos, é útil consultar outros artigos da revista em causa.

 

BIBLIOGRAFIA

1. Boyd JC, Rifai N, Annesley TM. Preparation of manuscripts for publication: improving your chances for success. Clin. Chem. 2009;55:1259–64.         [ Links ]

2. Sharma S. How to become a competent medical writer? Perspect. Clin. Res. 2010 Jan;1(1):33–7.         [ Links ]

3. Masic I. How to Search, Write, Prepare and Publish the Scientific Papers in the Biomedical Journals. Acta Inform. Medica. 2011;68–79.         [ Links ]

4. Virella, D. A leitura crítica de um artigo médico (1a parte). Acta Pediatr Port. 2009;40:37–41.         [ Links ]

5. Virella, D. A leitura crítica de um artigo médico (2a parte). 2009;40:93–8.         [ Links ]

6. Marusić A, Marusić M. Teaching students how to read and write science: a mandatory course on scientific research and communication in medicine. Acad. Med. J. Assoc. Am. Med. Coll. 2003;78:1235–9.         [ Links ]

7. Tomaska L. Teaching how to prepare a manuscript by means of rewriting published scientific papers. Genetics. 2007;175:17–20.         [ Links ]

8. Peh WC, Ng KH. Basic structure and types of scientific papers. Singapore Med. J. 2008;49:522–5.         [ Links ]

9. Hitchcock MA. Writing and publishing research articles. Fam. Pract. Res. J. 1988;8:3–16.         [ Links ]

10. Sollaci LB, Pereira MG. The introduction, methods, results, and discussion (IMRAD) structure: a fifty-year survey. J. Med. Libr. Assoc. Jmla. 2004;92:364–7.         [ Links ]

11. Haynes RB, Mulrow CD, Huth EJ, Altman DG, Gardner MJ. More informative abstracts revisited. Ann. Intern. Med. 1990;113:69–76.         [ Links ]

12. Peh WCG, Ng KH. Writing a case report. Singapore Med. J. 2010;51:10–13; quiz 14.         [ Links ]

13. Green BN, Johnson CD. How to write a case report for publication. J. Chiropr. Med. 2006;5:72–82.         [ Links ]

14. Crowe S, Cresswell K, Robertson A, Huby G, Avery A, Sheikh A. The case study approach. Bmc Med. Res. Methodol. 2011;11:100.         [ Links ]

15. Sorinola O, Olufowobi O, Coomarasamy A, Khan KS. Instructions to authors for case reporting are limited: a review of a core journal list. Bmc Med. Educ. 2004;4:4.         [ Links ]

16. Virues-Ortega J, Moreno-Rodriguez R. Guidelines for clinical case reports in behavioral clinical psychology. Int J Clin Heal. Psychol. 2008;8:756–77.         [ Links ]

17. Jabs DA. Improving the reporting of clinical case series. Am. J. Ophthalmol. 2005;139:900–5.         [ Links ]

18. Kempen JH. Appropriate use and reporting of uncontrolled case series in the medical literature. Am. J. Ophthalmol. 2011;151:7–10.e1.         [ Links ]

19. Ng KH, Peh WCG. Writing a technical note. Singapore Med. J. 2010;51:101–103; quiz 104.         [ Links ]

20. Peh WCG, Ng KH. Writing a pictorial essay. Singapore Med. J. 2010;51:186–188; quiz 189.         [ Links ]

21. Peh WC, Ng KH. Writing an invited review. Singapore Med. J. 2010;51:271–4.         [ Links ]

22. Peh WC, Ng KH. Writing a book review. Singapore Med. J. 2010;51:685–8.         [ Links ]

23. Derish PA, Annesley TM. How to write a rave review. Clin. Chem. 2011;57:388–91.         [ Links ]

24. Sampaio, RFE, Mancini, MC. Estudos de revisão sistemática: um guia para síntese criteriosa da evidência científica. Rev Bras Fisioter. 2007;11:83–9.         [ Links ]

25. Mulrow CD. Rationale for systematic reviews. BMJ. 1994;309:597–9.         [ Links ]

26. Stroup DF, Berlin JA, Morton SC, Olkin I, Williamson GD, Rennie D, et al. Meta-analysis of observational studies in epidemiology: a proposal for reporting. Meta-analysis Of Observational Studies in Epidemiology (MOOSE) group. Jama J. Am. Med. Assoc. 2000;283:2008–12.         [ Links ]

27. Moher D, Cook DJ, Eastwood S, Olkin I, Rennie D, Stroup DF. Improving the quality of reports of meta-analyses of randomized controlled trials: the QUOROM statement. Quality of Reporting of Meta-analyses. Lancet. 1999;354:1896–900.         [ Links ]

28. Liberati A, Altman DG, Tetzlaff J, Mulrow C, Gøtzsche PC, Ioannidis JPA, et al. The PRISMA statement for reporting systematic reviews and meta-analyses of studies that evaluate health care interventions: explanation and elaboration. Plos Med. 2009;6:e1000100.         [ Links ]

29. Reitsma JB, Moons KGM, Bossuyt PMM, Linnet K. Systematic reviews of studies quantifying the accuracy of diagnostic tests and markers. Clin. Chem. 2012;58:1534–45.         [ Links ]

30. Peh WC, Ng KH. Writing a letter to the Editor. Singapore Med. J. 2010;51:532–5.         [ Links ]

31. Peh WC, Ng KH. Writing an editorial. Singapore Med. J. 2010;51:612–5.         [ Links ]

32. Peh WCG, Ng KH. Writing an invited commentary. Singapore Med. J. 2010;51:454–455; quiz 456.         [ Links ]

33. Begg C, Cho M, Eastwood S, Horton R, Moher D, Olkin I, et al. Improving the quality of reporting of randomized controlled trials. The CONSORT statement. Jama J. Am. Med. Assoc. 1996;276:637–9.         [ Links ]

34. Rennie D. How to report randomized controlled trials. The CONSORT statement. Jama J. Am. Med. Assoc. 1996;276:649.         [ Links ]

35. Von Elm E, Altman DG, Egger M, Pocock SJ, Gøtzsche PC, Vandenbroucke JP. The Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE) statement: guidelines for reporting observational studies. Plos Med. 2007;4:e296.         [ Links ]

36. Vandenbroucke JP, von Elm E, Altman DG, Gøtzsche PC, Mulrow CD, Pocock SJ, et al. Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE): explanation and elaboration. Plos Med. 2007;4:e297.         [ Links ]

37. Benchimol EI, Langan S, Guttmann A. Call to RECORD: the need for complete reporting of research using routinely collected health data. J. Clin. Epidemiol. 2012; pii: S0895-4356(12)00280-6.         [ Links ]

38. Langan SM, Benchimol EI, Guttmann A, Moher D, Petersen I, Smeeth L, et al. Setting the RECORD straight: developing a guideline for the REporting of studies Conducted using Observational Routinely collected Data. Clin. Epidemiol. 2013;5:29–31.         [ Links ]

39. Bossuyt PM, Reitsma JB, Bruns DE, Gatsonis CA, Glasziou PP, Irwig LM, et al. Towards complete and accurate reporting of studies of diagnostic accuracy: the STARD initiative. Standards for Reporting of Diagnostic Accuracy. Clin. Chem. 2003;49:1–6.         [ Links ]

40. Bossuyt PM, Reitsma JB, Bruns DE, Gatsonis CA, Glasziou PP, Irwig LM, et al. The STARD statement for reporting studies of diagnostic accuracy: explanation and elaboration. Clin. Chem. 2003;49:7–18.         [ Links ]

41. Smidt N, Rutjes AWS, van der Windt DAWM, Ostelo RWJG, Reitsma JB, Bossuyt PM, et al. Quality of reporting of diagnostic accuracy studies. Radiology. 2005;235:347–53.         [ Links ]

42. Simel DL, Rennie D, Bossuyt PMM. The STARD statement for reporting diagnostic accuracy studies: application to the history and physical examination. J. Gen. Intern. Med. 2008;23:768–74.         [ Links ]

43. Rutjes AWS, Reitsma JB, Coomarasamy A, Khan KS, Bossuyt PMM. Evaluation of diagnostic tests when there is no gold standard. A review of methods. Heal. Technol. Assess. Winch. Engl. 2007;11:iii, ix–51.         [ Links ]

44. Reitsma JB, Rutjes AWS, Khan KS, Coomarasamy A, Bossuyt PM. A review of solutions for diagnostic accuracy studies with an imperfect or missing reference standard. J. Clin. Epidemiol. 2009;62:797–806.         [ Links ]

45. McShane LM, Altman DG, Sauerbrei W, Taube SE, Gion M, Clark GM. Reporting recommendations for tumor marker prognostic studies (REMARK). J. Natl. Cancer Inst.2005;97:1180–4.         [ Links ]

46. Little J, Higgins JPT, Ioannidis JPA, Moher D, Gagnon F, von Elm E, et al. STrengthening the Reporting of Genetic Association Studies (STREGA): an extension of the STROBE statement. Plos Med. 2009;6:e22.         [ Links ]

47. Gallo V, Egger M, McCormack V, Farmer PB, Ioannidis JPA, Kirsch-Volders M, et al. STrengthening the Reporting of Observational studies in Epidemiology- Molecular Epidemiology (STROBE-ME): an extension of the STROBE statement. Eur. J. Clin. Invest. 2012;42:1–16.         [ Links ]

48. Mischak H, Allmaier G, Apweiler R, Attwood T, Baumann M, Benigni A, et al. Recommendations for biomarker identification and qualification in clinical proteomics. Sci. Transl. Med. 2010;2:46ps42.         [ Links ]

49. Janssens ACJW, Ioannidis JPA, van Duijn CM, Little J, Khoury MJ. Strengthening the reporting of Genetic RIsk Prediction Studies: the GRIPS Statement. Plos Med. 2011;8:e1000420.         [ Links ]

50. Newton PN, Lee SJ, Goodman C, Fernández FM, Yeung S, Phanouvong S, et al. Guidelines for field surveys of the quality of medicines: a proposal. Plos Med. 2009;6:e52.         [ Links ]

51. Kelly WN, Arellano FM, Barnes J, Bergman U, Edwards RI, Fernandez AM, et al. Guidelines for submitting adverse event reports for publication. Drug Saf. Int. J. Med. Toxicol. Drug Exp. 2007;30:367–73.         [ Links ]

52. Aronson JK. Anecdotes as evidence. BMJ. 2003;326:1346.         [ Links ]

53. Siegel JE, Weinstein MC, Russell LB, Gold MR. Recommendations for reporting cost-effectiveness analyses. Panel on Cost-Effectiveness in Health and Medicine. Jama J. Am. Med. Assoc. 1996;276:1339–41.         [ Links ]

54. Drummond M, Manca A, Sculpher M. Increasing the generalizability of economic evaluations: recommendations for the design, analysis, and reporting of studies. Int. J. Technol. Assess. Health Care. 2005;21:165–71.         [ Links ]

55. Ramsey S, Willke R, Briggs A, Brown R, Buxton M, Chawla A, et al. Good research practices for cost-effectiveness analysis alongside clinical trials: the ISPOR RCT-CEA Task Force report. Value Heal. J. Int. Soc. Pharmacoeconomics Outcomes Res. 2005;8:521–33.         [ Links ]

56. Petrou S, Gray A. Economic evaluation alongside randomized controlled trials: design, conduct, analysis, and reporting. BMJ. 2011;342:d1548.         [ Links ]

57. Nuijten MJ, Pronk MH, Brorens MJ, Hekster YA, Lockefeer JH, de Smet PA, et al. Reporting format for economic evaluation. Part II: Focus on modelling studies. Pharmacoeconomics. 1998;14:259–68.         [ Links ]

58. Petrou S, Gray A. Economic evaluation using decision analytical modelling: design, conduct, analysis, and reporting. BMJ. 2011;342:d1766.         [ Links ]

59. Vintzileos AM, Beazoglou T. Design, execution, interpretation, and reporting of economic evaluation studies in obstetrics. Am. J. Obstet. Gynecol. 2004;191:1070–6.         [ Links ]

60. Nicholson A, Berger K, Bohn R, Carcao M, Fischer K, Gringeri A, et al. Recommendations for reporting economic evaluations of haemophilia prophylaxis: a nominal groups consensus statement on behalf of the Economics Expert Working Group of The International Prophylaxis Study Group. Haemoph. Off. J. World Fed. Hemoph. 2008;14:127–32.         [ Links ]

61. Davis JC, Robertson MC, Comans T, Scuffham PA. Guidelines for conducting and reporting economic evaluation of fall prevention strategies. Osteoporos. Int. J. Establ. Result Coop. Eur. Found. Osteoporos. Natl. Osteoporos. Found. Usa. 2011;22:2449–59.         [ Links ]

62. Peh WCG, Ng KH. Why write? Singapore Med. J. 2008;49:443–4.         [ Links ]

63. Triaridis S, Kyrgidis A. Peer review and journal impact factor: the two pillars of contemporary medical publishing. Hippokratia. 2010;14(Suppl 1):5–12.         [ Links ]

64. The impact factor game. It is time to find a better way to assess the scientific literature. Plos Med. 2006;3:e291.         [ Links ]

65. Seglen PO. Why the impact factor of journals should not be used for evaluating research. BMJ. 1997;314:498–502.         [ Links ]

66. Ng KH. Exploring new frontiers of electronic publishing in biomedical science. Singapore Med. J. 2009;50:230–4.         [ Links ]

67. Davis PM, Walters WH. The impact of free access to the scientific literature: a review of recent research. J. Med. Libr. Assoc. Jmla. 2011;99:208–17.         [ Links ]

 

ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA

Prof. Doutora Margarida Lima

Hospital de Santo António, Centro Hospitalar do Porto

Largo Professor Abel Salazar, 1

4099-001 PORTO- Portugal

Telefone: + 351 22 2077500

mmc.lima@clix.pt

 

* O Fator de Impacto de uma revista em determinado ano é o número médio de citações por artigo publicado nessa revista durante os dois anos anteriores, recebidas nesse ano. É calculado apenas para os artigos publicados em revistas indexadas pela Thomson Scientific e as citações contabilizadas são as que constam nos artigos das revistas indexadas nessa base de dados bibliográficos. Por exemplo, se uma revista teve um fator de impacto de 2 em 2010, isso quer dizer que cada um dos artigos publicados nessa revista em 2008 e 2009 recebeu, em media, durante o ano 2010, 2 citações feitas em artigos publicados em revistas indexadas pela Thomson Scientific.

Creative Commons License Todo el contenido de esta revista, excepto dónde está identificado, está bajo una Licencia Creative Commons