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Nascer e Crescer

versión impresa ISSN 0872-0754

Nascer e Crescer vol.23  supl.3 Porto nov. 2014

 

COMUNICAÇÕES ORAIS

 

CO-8

Fibronolíticos no tratamento de derrames pleurais parapneumónicos

 

 

Margarida CoelhoI; Ana CoelhoI; Vasco LavradorI; Joana PereiraI; Lurdes MoraisI; Fátima CarvalhoI

IDepartamento de Infância e Adolescência do Centro Hospitalar do Porto

 

 

Introdução: O tratamento do derrame pleural parapneumónico (DPP) permanece controverso. A instilação intrapleural de fibrinolítico tem demonstrado resultados equivalentes ao tratamento cirúrgico. Este estudo avalia a aplicação de fibrinolíticos no tratamento de DPP dos doentes pediátricos internados no Centro Hospitalar do Porto ao longo de 8 anos.

Métodos: Revisão retrospectiva dos doentes com diagnóstico de DPP submetidos a colocação de dreno torácico e instilação de fibrinolítico intrapleural (alteplase na dose 0,1 mg/kg/dia, 24/24h, durante 3 dias consecutivos), entre Janeiro de 2005 e Dezembro de 2013 (n=37). Os dados foram obtidos através da consulta dos processos clínicos.

Resultados: A população observada apresentava uma idade média de 5.8 anos (± 4.7), sendo 59,5% do sexo feminino. Verifica-se um pico da percentagem de casos em rela ção ao total de internamentos pedi átricos em 2009 (2,0%) e um segundo em 2011 (0.79%). Em média, a apirexia foi atingida ao 7 º dia de internamento ( ± 6.2 dias). Do total de casos, 18 foram transferidos de outro hospital, após uma duração m édia de internamento de 2.83 dias. A popula ção estudada apresenta uma média de duração de internamento 16,97 dias (± 7.60), com duração média de antibioterapia endovenosa de 17.97 dias. Em 37 doentes, apenas 1 (2,7%) foi reinternado com necessidade de interven ção cirúrgica, não se tendo registado nenhuma complicação major relacionada com o fibrinol ítico. Apenas em um caso houve necessidade de internamento em Unidade de Cuidados Intensivos. A coloca ção do dreno torácico, de acordo com o protocolado, foi efectuada nas primeiras 48h de admissão em 89,2% dos casos e o início de instila ção do fibrinolítico decorreu em 78,4% dos casos nas primeiras 48h ap ós a colocação de dreno. O tempo m édio de drenagem foram 6.08 dias (3 a 16 dias).

Discussão de resultados: A taxa de falência de tratamento neste estudo foi de 2,7%, um valor inferior ao descrito na literatura em três estudos publicados, que comparam a instilação de fibrinolítico com a videotoracoscopia, no tratamento de DPP, a taxa de falência é de aproximadamente 16% (15.7 a 16.6%).

Conclusão: A aplicação de fibrinolíticos no tratamento de derrames pleurais é uma opção de tratamento eficaz e com baixa taxa de complicações ou morbilidade, devendo consistir numa estratégia precoce de abordagem desta patologia para optimização dos seus resultados.

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