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Nascer e Crescer

versión impresa ISSN 0872-0754

Nascer e Crescer vol.23  supl.3 Porto nov. 2014

 

POSTERS

 

PM-15

Obesidade pediátrica: atenção ao IMC bom demais!...

 

 

Benedita Bianchi de AguiarI; Andrea RodriguesII; Elizabeth MarquesIII; Miguel CostaI; Lúcia GomesI

IServiço de Pediatria, Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga
IIUSF Egas Moniz, ACES Entre Douro e Vouga
IIIServiço de Nutrição, Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga

 

 

Introdução: A obesidade é a doença nutricional mais prevalente entre crianças e adolescentes, estimando-se que em Portugal uma em cada três crianças têm excesso de peso ou obesidade. O seguimento multidisciplinar destas crianças/adolescentes é essencial para o sucesso terapêutico, destacando-se a importância do acompanhamento posterior, em Consulta. O risco de voltar a engordar ou o aparecimento de alguma patologia que induza o emagrecimento são dois motivos que justificam o seguimento das crianças/adolescentes em consulta, após a normalização do IMC (Índice de Massa Corporal), como ilustram os dois casos clínicos apresentados pelos autores.

Caso 1: Adolescente de 15 anos, do sexo feminino, que foi orientada para a Consulta de Nutri ção Pediátrica do CHEDV (Centro Hospitalar Entre o Douro e Vouga), por obesidade prim ária, aos 6 anos. Apesar da interven ção alimentar e comportamental, manteve ganho ponderal, com IMC m áximo aos 13 anos. Desde ent ão, iniciou quadro de emagrecimento, que manteve mesmo ap ós a normalização do IMC. Aos 14 anos foi-lhe diagnosticada uma anorexia nervosa, encontrando-se atualmente em seguimento, com o apoio da Pedopsiquiatria e da Psicologia, com evolução favorável.

Caso 2: Adolescente de 13 anos, do sexo masculino, que foi orientado para a Consulta de Nutrição Pediátrica do CHEVD por excesso de peso, aos 12 anos. A sua evolução foi favorável, normalizando o IMC após um ano de seguimento. Nessa altura iniciou quadro de cólicas abdominais, emagrecimento e posteriormente retorragias. Realizou endoscopia digestiva baixa, tendo sido diagnosticado colite ulcerosa. Iniciou mesalazina e atualmente encontra-se clinicamente bem.

Conclusão: Apesar da normalização do IMC, os dois adolescentes continuaram a emagrecer, demonstrando-se a existência de patologia subjacente a esse emagrecimento. Estes casos vêm realçar a importância da manutenção da vigilância das crianças/adolescentes com obesidade ou excesso de peso em Consulta, após a sua aparente “cura”. Não nos devemos esquecer que a normalização do IMC pode ser “patológica”, devendo ser acompanhada e devidamente controlada pela equipa multidisciplinar.

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