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Nascer e Crescer

versão impressa ISSN 0872-0754

Nascer e Crescer vol.24  supl.1 Porto fev. 2015

 

POSTER ABSTRACTS / RESUMOS DE POSTERS

 

P-06

Aplicação dos marcadores IRT/PAP/IRT no rastreio neonatal da fibrose quística

 

 

Lurdes LopesI; Ana MarcãoI; Ivone CarvalhoI; Carmen SousaI; Helena FonsecaI; Hugo RochaI; Laura VilarinhoI

IUnidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética, Departamento Genética Humana, Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, Porto, Portugal

lurdes.lopes@insa.min-saude.pt

 

 

A Fibrose Quística (FQ) é uma doença genética, com transmissão autossómica recessiva. Bioquimicamente deve-se à deficiência na proteína Cystic Fibrosis Transmembrane Condutance Regulator que é codificada pelo gene CFTR, localizado no cromossoma 7. Estão descritas cerca de 2000 variantes genéticas associadas a esta doença.

Iniciou-se no final de 2013 um estudo piloto integrado no Programa Nacional de Diagnóstico Precoce (PNDP), que incluiu 80,000 recém-nascidos (RN).

O aumento da concentração sanguínea da tripsina imunoreactiva (IRT) nos primeiros dias de vida dos RN com FQ possibilita o rastreio neonatal desta doença. No entanto, apesar de uma boa sensibilidade (95%), o IRT não é um marcador específico (34-75%) para a FQ, e um rastreio baseado unicamente neste marcador tem um número elevado de falsos positivos. Por esta razão, têm sido propostos vários algoritmos de rastreio, incluindo outros marcadores bioquímicos como a Proteína Associada à Pancreatite (PAP).

Neste estudo, o algoritmo de rastreio utilizado baseia-se na determinação do IRT/PAP/IRT em sangue colhido em papel de filtro, sendo a amostra de sangue a mesma colhida para as restantes doenças rastreadas. Neste estudo foram identificadas 680 amostras com valor elevado de IRT ao rastreio, mas apenas em 272 casos foram solicitadas novas amostras por apresentarem também aumento de PAP. Esta estratégia reduziu significativamente os pedidos de segunda amostra de sangue.

Foram diagnosticados neste estudo 11 doentes, o que implica uma prevalência ao nascimento de aproximadamente 1:7,200, no entanto este estudo será alargado a mais 80,000 RN para estabelecermos a real prevalência desta patologia na nossa população.