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Nascer e Crescer

versão impressa ISSN 0872-0754

Nascer e Crescer vol.24  supl.2 Porto dez. 2015

 

RESUMO DAS COMUNICAÇÕES ORAIS / ORAL PRESENTATIONS - ABSTRACTS

 

CO_07

Consumo de drogas entre adolescentes institucionalizados

 

 

Vera Baptista1, Susana Carvalho1, Teresa Pontes1, Henedina Antunes1,2,3,4

1 Unidade de Adolescentes, Serviço de Pediatria do Hospital de Braga
2 Consulta de Gastrenterologia, Hepatologia e Nutrição Pediátrica do Hospital de Braga
3 Instituto de Ciências da Vida e da Saúde (ICVS), Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho
4  ICVS/3B’s Laboratório Associado, Universidade do Minho

 

 

Introdução: o consumo de drogas na adolescência é um problema preocupante. Pretendemos caraterizá-lo numa população de adolescentes institucionalizados do concelho de Braga.

Metodologia: aplicação de um inquérito a uma amostra de conveniência, constituída pelos adolescentes de 5 instituições de solidariedade social.

Resultados: o estudo incluiu 68 adolescentes, 42 de género feminino, com idade média 15,4 (12-18) anos. Todos afirmavam já ter ouvido falar de drogas, 41% em casa, 48% na instituição, 75% na escola, 57% na televisão, 54% com os amigos ou noutro contexto12%.

Na amostra, 60 afirmaram ter amigos fumadores, 43 (63%) afirmaram já ter experimentado, com idade média de 12,5 (7-16) anos, dos quais 26 mantêm o consumo, 13 diariamente. Os que mantêm o consumo diariamente têm idade média 15,8 anos e fumam em média 5,1 cigarros/ dia.

Relativamente ao álcool, 44 afirmaram ter amigos consumidores, 52 (76%) afirmaram ter experimentado, com idade média de 12,5 (9-17) anos. Destes, 13 mantêm o consumo, com idade média 16,2 anos.

Relativamente a outras drogas, 32 afirmaram ter amigos consumidores, 21 (31%) tinham experimentado, dois não sabiam que droga estavam a consumir. A substância mais consumida foi o haxixe (20), um referiu ter consumido anfetaminas, um cocaína e um outro estimulantes. As substâncias foram preferencialmente consumidas fumadas (23) e, menos frequentemente, em comprimidos (5). Tinham idade média 12,5 (10-16) anos. Destes, 9 mantêm o consumo, (diário em 3, 2 a 3 vezes por semana em 2, ou esporádico em 4).

Os locais mais citados para estes consumos foram as escolas e a rua. As razões que motivaram o consumo mais referidas foram esquecer um acontecimento desagradável ou por diversão.

No total, 9 já tinham sido submetidos a pesquisa de drogas no sangue/ urina e 31 afirmaram ter familiares consumidores de drogas.

Conclusão: nesta amostra, a maioria dos inquiridos afirmou já ter experimentado algum tipo de droga, com uma idade média mais precoce que a relatada noutros trabalhos. A primeira experiência ocorreu em idade semelhante independentemente do tipo de droga. O álcool foi a substância que mais afirmaram ter experimentado; o tabaco foi a mais associada ao consumo continuado. Entre as substâncias ilícitas, a cannabis foi, à semelhança de outros resultados nacionais, a mais consumida. O consumo ocorreu preferencialmente na escola.

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