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Nascer e Crescer

versão impressa ISSN 0872-0754

Nascer e Crescer vol.24  supl.2 Porto dez. 2015

 

RESUMO DAS COMUNICAÇÕES ORAIS / ORAL PRESENTATIONS - ABSTRACTS

 

CO_18

Tumefação craniana de novo – um desafio diagóstico

 

 

Ana Maria Ferreira1, Joana Silva1, Virgínia Monteiro1, Susana Tavares1, Ricardo Araújo1, Cristina Rocha1

1 Serviço de Pediatria do Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga

 

 

Introdução: A coleção líquida subaponevrótica é uma tumefação craniana, benigna, que surge semanas após o nascimento, decorrente provavelmente de um parto traumático. O diagnóstico é desafiante uma vez que há poucos casos descritos na literatura. O tratamento recomendado é conservador, já que na maioria dos casos há resolução espontânea.

Caso Clínico: Descreve-se um caso de uma lactente de 2 meses com antecedentes de parto distócico por ventosa e de um cefalohematoma occipitoparietal direito com reabsorção espontânea no período neonatal. Observou-se, de novo e com 6 dias de evolução, uma tumefação occipitoparietal direita com 5-6 cm de maior diâmetro, de volume oscilante, consistência mole, móvel nos planos superficiais, transluzente, indolor e sem sinais inflamatórios, permanecendo a criança clinicamente bem. O estudo analítico, radiografia do crânio e ecografia transfontanelar não tinham alterações de relevo. A ecografia de partes moles mostrou uma coleção líquida, sugerindo a possibilidade de um cefalohematoma. Foi feita punção aspirativa com saída de líquido sero-hemático, sem qualquer crescimento bacteriano. Ponderando-se a possibilidade de uma malformação congénita foi realizado RMN CE que evidenciou uma coleção liquida subgaleal. Após revisão da literatura, o diagnóstico de coleção liquida subaponevrótica revelou-se o mais provável e o tratamento tem sido conservador.

Comentários: Apesar do impacto da sua apresentação clínica, trata-se de uma entidade benigna, pouco descrita na literatura, sendo por isso fundamental que os prestadores de cuidados de saúde estejam aptos para um diagnóstico imediato e um acompanhamento adequado, que passa por medidas de vigilância até à completa resolução ao fim de algumas semanas.

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