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Nascer e Crescer

versão impressa ISSN 0872-0754

Nascer e Crescer vol.24  supl.2 Porto dez. 2015

 

RESUMO DOS POSTERS / POSTERS PRESENTATIONS - ABSTRACTS

 

PD_32

Tabagismo na bronquiolite – onde há fumo há fogo?

 

 

Sara Leite1; Ana Lachado1; Alexandre Fernandes1; Maria Guilhermina Reis2; Ana Ramos2

1 Serviço de Pediatria, Centro Materno-infantil do Norte, Centro Hospitalar do Porto
2 Unidade de Pneumologia Pediátrica, Centro Materno-infantil do Norte, Centro Hospitalar do Porto

 

 

Introdução: A exposição passiva ao fumo do tabaco é um fator de risco reconhecido para o internamento por bronquiolite em crianças até aos 2 anos. O Internamento em Pediatria tem sido considerado como uma oportunidade de educação parental e orientação para a desabituação tabágica.

Objetivos: Correlacionar a exposição passiva ao fumo do tabaco com a gravidade clínica da bronquiolite no doente internado, através da análise dos fatores de gravidade à admissão (sinais de dificuldade respiratória (SDR), presença de taquipneia, hipoxémia) e ao longo do internamento (necessidade de oxigenoterapia, máximo de O2 suplementar, necessidade de cuidados intensivos). Métodos: Análise retrospetiva do processo clínico dos doentes internados com BA, entre julho de 2010 e junho de 2015. Foram incluídos todos os doentes com menos de 24 meses internados com diagnóstico de BA.

Resultados: Foram incluídos 530 doentes, 55% do sexo masculino, com mediana de idades de 3.7 meses. Média de dias de internamento de 8.7, com maior prevalência nos meses de Inverno. 488 doentes apresentavam um ou mais fatores de risco associados, com 56.7% a apresentarem exposição passiva ao fumo do tabaco. Apesar de não haver correlação estatisticamente significativa, verificou-se que, nos doentes pertencentes a esta categoria de risco, havia um maior número de casos com hipoxemia e taquipneia à admissão (54% e 61% do total, respetivamente), mantendo-se uma maior necessidade de oxigenoterapia ao longo do internamento, neste grupo. Dos doentes transferidos para os cuidados intensivos 65% pertenciam a esta categoria de risco.

Discussão: A exposição passiva ao fumo do tabaco acarreta maior risco de morbilidade na criança, associada essencialmente a complicações respiratórias. Os autores pretendem alertar os cuidadores e também os profissionais de saúde para a necessidade do reforço de medidas de evicção tabágica, com uma abordagem sistemática durante internamento hospitalar, mas também em regime de consulta.

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