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Sociologia

versão impressa ISSN 0872-3419

Sociologia vol.40  Porto dez. 2020  Epub 04-Mar-2022

 

Editorial

EDITORIAL

Carlos Manuel Gonçalves


O número XXXX da Sociologia: Revista da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, de dezembro de 2020, inicia-se com um artigo da autoria de Joaquim Costa sobre católicos e relações de classes, mais propriamente sobre a questão das relações de classe entre trabalhadores e patrões quanto à justiça social. O autor aborda essas relações a partir das representações de alguns dos membros da Associação Cristã de Empresários e Gestores, a Liga Operária Católica e a Juventude Operária Católica. Por sua vez, Tatiana Filipa Silva Mestre e Carlos Alberto da Silva analisam os discursos dos profissionais de saúde envolvidos nos cuidados domiciliários a pessoas “em fim de vida”. O interesse dirige-se especificamente para a natureza do trabalho e todos os outros aspetos que lhe estão subjacentes. O trabalho empírico desenrolou-se no Alentejo, conjugando as entrevistas aos profissionais com a observação direta do espaço doméstico dos doentes em fase terminal de vida. O texto de Andreia Magalhães estrutura-se em torno de uma pergunta - “Quais os fatores reconhecidos por líderes empresariais portugueses para a realização de um trabalho com significado relevante?” Tendo por assunção principal que o trabalho é central para a vida social, e mobilizando uma abordagem não habitual na Sociologia, conclui da relevância de fatores como o “Estímulo profissional e colocação de desafios”, “Utilidade social e realização profissional”, “Concretização de objetivos e adição de valor” e “Gosto e prazer no trabalho efetuado” para a centralidade do trabalho. Num registo ancorado na sociologia política e na sociologia do ambiente, Filipe Aquino coloca-nos perante os discursos de candidatos à Presidência Brasileira - Dilma Rousseff, José Serra e Marina Silva em 2010; Dilma Rousseff, Aécio Neves e Marina Silva em 2014. Da análise que realiza conclui, entre outros aspetos, um interesse restrito pela ecologia e o desenvolvimento sustentável, não obstante uma retórica impregnada por um discurso, de cunho eleitoral. O interesse de Sandra Mendes centra-se na emergência e desenvolvimento do “projeto científico do Serviço Social” em Portugal a partir da década de 1930. Fá-lo não de um modo isolado, mas estabelecendo uma comparação com os E.U.A. O ensino assume uma particular posição nuclear naquele processo em ambos os países. A autora apresenta uma análise inovadora da situação dos quatro cursos de doutoramento em Serviço Social, de diversas instituições do ensino superior, mobilizando para o efeito os relatórios de avaliação científica e pedagógica da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior. Por último, apresenta uma recensão do livro de FERRO, Lígia; POVEDA, David (eds.) (2019), Arts and Ethnography in a contemporary world: From learning to social participation, London, Tufnell Press. Boa leitura

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