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Medicina Interna

versão impressa ISSN 0872-671X

Medicina Interna vol.26 no.4 Lisboa dez. 2019

https://doi.org/10.24950/rspmi/RCE/JD/4/2019 

CARTAS AO EDITOR / LETTERS TO EDITOR

 

Resposta dos autores à Carta ao Director do Exmo. Dr. Alfredo Martins, referente ao artigo “Insuficiência Respiratória Aguda - Dúvidas Existenciais do Internato em Medicina Interna”

Reply from the authors to the letter to the Director of his Excellency, Dr. Alfredo Martins, referring to the article "Acute Respiratory Failure - Existential Doubts of an Internship in Internal Medicine"

 

Jorge Dantas
https://orcic.org/0000-0002-1775-914X

Serviço de Medicina Interna, Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, Hospital São Francisco Xavier, Lisboa, Portugal

 

Palavras-chave: Insuficiência Respiratória; Serviço de Urgência Hospitalar.

Keywords: Emergency Service, Hospital; Respiratory Insufficiency.

 

Os autores gostariam de começar por agradecer ao Dr. Alfredo Martins os seus pertinentes comentários na Carta ao Director referente ao artigo por eles publicado, não deixando, no entanto, de prestar alguns esclarecimentos em relação às questões levantadas pelo Exmo. colega:

- Os autores concordam com o Dr. Alfredo Martins quando este afirma que “O artigo de Jorge Dantas e colegas (…) não faz uma revisão da insuficiência respiratória aguda (IRespA) em geral nem de nenhuma das suas particularidades (…) e, sobretudo, não traduz o estado do conhecimento actual que os especialistas em Medicina Interna que trabalham em Portugal têm sobre IRespA nem a sua postura na abordagem e gestão dos doentes com IRespA.”

- Tal como o Dr. Alfredo Martins refere, a Insuficiência Respiratória Aguda “é uma situação clínica complexa que pode resultar de múltiplas doenças de vários órgãos”; “é um desafio para os médicos que a lidam e pode ter consequências devastadoras para os doentes que a sofrem”; e “É por isso imperioso saber reconhecê-la precocemente, o mais rapidamente possível compreender os seus mecanismos fisiopatológicos, diagnosticar a sua etiologia e iniciar o tratamento adequado que compreende o tratamento de suporte e o tratamento etiológico.”

- Neste sentido, os autores consideram que a revisão profunda do tema da Insuficiência Respiratória é demasiado vasto para que possa ser enquadrado num artigo com as características daquele que se propuseram redigir. É por este motivo que o artigo publicado consiste na abordagem do tema da Insuficiência Respiratória Aguda segundo a perspectiva restrita das potenciais dificuldades do médico em formação perante um doente instável, por oposição à metodologia mais abrangente proposta pelo colega. 

- Os autores concordam também com o Dr. Alfredo Martins quando sublinha “a admissão intolerável de que existe uma “terapêutica geral de estabilização para a IRespA” passível de ser utilizada nos Serviços de Urgência”, aspecto que se encontra expresso no artigo publicado, e que motiva o ressalvar da importância de uma correcta identificação da etiologia evolvida no quadro de Insuficiência Respiratória Aguda, para que seja instituída uma terapêutica dirigida e adaptada a cada situação clínica.

- No que se refere à afirmação do Dr. Alfredo Martins de que o artigo publicado “Além de transmitir uma má imagem da Medicina Interna, ainda que não real, em nada contribui para resolver as “Dúvidas Existenciais do Internato em Medicina Interna” nesta matéria, tendendo antes a agravá-las.”, os autores discordam terminantemente da opinião expressa pelo colega.

- Tal como o Dr. Alfredo Martins afirma, a Insuficiência Respiratória Aguda é “complexa”, é “um desafio”, “pode ter consequências devastadoras”, pelo que é “imperioso reconhece-la precocemente”, “diagnosticar a sua etiologia e iniciar o tratamento adequado”.

- Neste contexto, a postura correcta e passível de transmitir uma boa imagem da Medicina Interna com a qual os autores se identificam, quando estamos a falar de médicos internos em formação confrontados com esta situação clínica, é precisamente aquela que os autores procuraram ter durante a sua formação e que é a de admitir que esta é uma situação difícil e passível de suscitar dúvidas, por muito que algumas delas possam parecer descabidas e passíveis de ser rotuladas como “muitas incorrecções, grande confusão de conceitos e metodologias” como o Dr. Alfredo Martins acaba por fazer.

- Quanto à postura proposta pelo Dr. Alfredo Martins de que os bons médicos quando confrontados com esta entidade clínica “aplicam estes princípios sem dificuldades nem hesitações”, os autores pretendem contrapor que, no seu entender, a complexidade da Medicina e a ambição de continuamente melhorar os cuidados prestados devem sempre suscitar dúvidas e interrogações, pelo que não consideram esta proposta aplicável em qualquer contexto clínico.

 

© Autor (es) (ou seu (s) empregador (es)) 2019. Reutilização permitida de acordo com CC BY-NC. Nenhuma reutilização comercial.

© Author(s) (or their employer(s)) 2019. Re-use permitted under CC BY-NC. No commercial re-use.

 

Correspondence / Correspondência:

Jorge Dantas – jorgeoliveiradantas@gmail.com

Serviço de Medicina Interna, Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental,

Hospital São Francisco Xavier, Lisboa, Portugal

Estrada Forte do Alto Duque

1449-005 Lisboa

 

Received / Recebido: 15/10/2018

Accepted / Aceite: 25/12/2019

 

Publicado / Published: 11 de Dezembro de 2019

 

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