SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.29 número3Hipertensão Arterial na Mulher GrávidaHaverá Associação entre o Número de Novos Casos de Gripe e COVID-19 e o Interesse Público? Um Estudo Infodemiológico com Recurso a Google Trends índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Medicina Interna

versão impressa ISSN 0872-671X

Medicina Interna vol.29 no.3 Lisboa set. 2022  Epub 15-Nov-2022

https://doi.org/10.24950/rspmi.657 

Pontos de Vista

José Pinto Azeredo e o “Nascimento da Clínica”. Uma Referência na Medicina Portuguesa

José Pinto Azeredo and “The Birth of the Clinic”. A Reference in Portuguese Medicine

Pedro Abecasis1 

1Ex. Diretor de Serviço de Medicina Interna, Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, Hospital Egas Moniz, Lisboa, Portugal


Resumo

Nos meios académicos e entre historiadores tem sido dado a conhecer nos últimos anos a obra do médico José Pinto de Azeredo. Este clínico exerceu a sua atividade no Brasil, em Angola e Portugal no fim do século XVIII e início do século XIX e deixou um valioso espólio médico adormecido durante mais de duzentos anos nas bibliotecas e arquivos nacionais. Com o apoio da Fundação Gulbenkian e o trabalho de uma larga equipa luso-brasileira foram agora recuperados e publicados quatro volumes que permitiram divulgar a sua notável obra. Ela acompanha o movimento descrito na mesma época por Michel Foucault no seu trabalho seminal, “Naissance de la Clinique”, como o surgimento da Medicina Moderna. Apresentada e divulgada em Conferências e Simpósios nos meios de Letras e História, é de toda a justiça que esta obra seja ser dada a conhecer no meio médico mais alargado. Pioneira no seu tempo em muitos aspetos, para além da beleza e limpidez da sua prosa, mantém para as novas gerações médicas e em particular para os internistas, uma surpreendente atualidade.

Palavras-chave: História da Medicina; Médicos/história; Medicina Clínica/história; Portugal.

Abstract

In academic circles and among historians, the work of the doctor José Pinto de Azeredo has been made known in recent years. This clinician worked in Brazil, Angola and Portugal at the end of the 18th century and the beginning of the 19th century and left a valuable medical legacy lying dormant for more than two hundred years in national libraries and archives. With the support of the Gulbenkian Foundation and the work of a large luso-brazilian team, four volumes have now been recovered and published, allowing the dissemination of his remarkable work. It follows the movement described at the same time by Michel Foucault in his seminal work, “Naissance de la Clinique” as the emergence of Modern Medicine. Presented and disseminated at Conferences and Symposia in the Literature and History circles, it is only right that this work should be made known to the wider medical community. Pioneer in its time in many aspects, in addition to the beauty and clarity of its prose, it maintains a surprising relevance for the new medical generations and in particular for internists.

Keywords: Clinical Medicine/history; History of Medicine; Physicians/history; Portugal.

Quem foi José Pinto Azeredo

Nos últimos anos foi trazido à luz do dia o notável trabalho de um médico português, José Pinto Azeredo, feito na transição do século XVIII para o século XIX, que durante dois séculos esteve adormecido na Torre do Tombo, e que bem mereceu ser redescoberto. Pode ser considerado entre nós primeiro dos médicos modernos, bem a par do movimento que, na mesma época se desenhou na Europa, longamente explanado na publicação seminal de Michel Foucault “Naissance de la Clinique”.1

José Pinto Azeredo (JPA) foi um médico luso-brasileiro nascido no Rio de Janeiro em 1766, tendo frequentado o curso de Medicina em Edimburgo de 1786 a 1788 finalizando a licenciatura em Leiden no mesmo ano de 1788 com uma dissertação sobre gota.

Regressado a Portugal é nomeado por D. Maria I Físico Geral de Angola, mas antes de partir para Angola passa um ano no Rio de Janeiro iniciando aí a sua prática clínica. Nessa altura a partir do estudo da composição do ar nesta cidade, publica um trabalho pioneiro, “Exame químico da atmosfera do Rio de Janeiro”.2

Em 1790, parte então para Angola, onde exerce durante 6 anos e 8 meses na enfermaria do Hospital Real de Luanda e funda a Escola de Medicina e Anatomia de Luanda, dando a primeira aula em 1791. O material de suporte às aulas é escrito por ele próprio, e a Escola dura os anos que JPA permanece em Luanda.

Regressado a Portugal em 1797 e exercendo no Real Hospital Militar em Xabregas inicia a publicação das suas obras. Destas, apenas uma foi publicada em vida do autor, “Ensaios sobre algumas enfermidades de Angola” e agora reeditada.3

As outras três foram recentemente recuperadas e publicadas num importante projeto luso-brasileiro de vários anos financiado pela Fundação Gulbenkian, com a coordenação de Manuel Silvério Marques e António Braz de Oliveira. São elas: “Tratado anatómico dos ossos, vasos linfáticos e glândulas”,4 “Isagoge patológica do corpo humano”.5 e “Coleção de obser-vações clínicas”.6

Michel Foucault e o “Nascimento da Clínica”

A época em que viveu, exerceu clínica e escreveu a sua obra, corresponde aquela a que Michel Foucault dedicou um estudo aprofundado publicado em 1963, e ainda hoje uma obra de referência, com o título “Naissance de la Clinique”.1 Dedicado às últimas décadas do século XVIII e início do século XIX com aquilo que se pode chamar o nascimento da medicina moderna.

Considera Foucault que é aqui que surge um novo olhar clínico, puro e isento de preconceito, ligado a uma linguagem também nova que traduz simplesmente o que é observado. Como se fosse “a primeira vez depois de milénios que os médicos, livres de enfim de teorias e quimeras consentiram a abordar por ele próprio e na pureza de um olhar descomprometido o objecto da sua experiência”. A medicina à beira do leito.

“O correlativo da observação não é o invisível, mas sempre o imediatamente visível, uma vez afastados os obstáculos que opõem à razão as teorias, aos sentidos a imaginação”.

“a formação do método clínico está ligado à emergência do olhar do médico no campo dos sinais e sintomas… e que de futuro o significante (sinais e sintomas) será inteiramente transparente para o significado que aparece sem ocultação nem resíduo, na sua realidade própria…”

Para isso muito contribuiu o desenvolvimento da Anatomia Patológica. De Morgagni com o estudo dos órgãos, a Bichat com o estudo dos tecidos, uma revolução se faz na medicina a partir da qual se instalou o método anatomo-clínico. Segundo Foucault esta estrutura onde se articulam o espaço, a linguagem e a morte constituem a condição histórica de uma medicina que se dá e que nós recebemos como positiva.

Também a compreensão fisiopatológica procurando decifrar o caminho da doença do particular ao geral, como por exemplo no caso das febres, não se aceitando a classe nosológica de febres essenciais, outra das polémicas que acompanharam esta mudança do olhar médico.

Uma visita à obra de José Pinto Azeredo

Vejamos então como a obra de JPA se insere neste momento da Medicina, que acompanha na Europa o fim do século das Luzes e o início do século XIX.

A partir da sua experiência africana publica em 1799 os “Ensaios sobre algumas enfermidades de Angola”.

Ao ler os “Ensaios” encontramos sinais de modernidade no modo como JPA aborda as várias patologias. Desde a busca das causas das doenças, em que valoriza o contexto ambiental em que a doença se desenvolve, à procura/exigência de evidência para a sua atuação, da procura de explicações fisiopatológicas, à utilização do método anatomo-clínico.

São várias as áreas em que JPA se destaca em linha com os elementos essenciais da evolução médica da época na qual se assiste ao nascimento da clínica moderna.

  • Descrição precisa e concisa da história clínica, da sintomatologia e da evolução das várias patologias, não se envolvendo em outras considerações: “por me considerar neste ponto um mero observador e historiador de factos, que se não deve ocupar com opiniões e conjeturas.”

  • A valorização das experiências, (no sentido de experiência e também de experimentação, de colocação de hipóteses e de sua confirmação). No ensaio sobre o tétano, “São as experiências, são os exames, são as hipóteses os únicos meios de descobrirmos o que não alcançam os sentidos”. Nas causas das disenterias “Nada há que mais descubra a verdade do que são as experiências”.

  • O destaque das causas ambientais das doenças e da importância da sua correção. Em causas remotas das febres recorrentes: “O seu terreno, as suas águas, as suas plantas, a sua atmosfera, os seus ventos, os seus costumes, os seus alimentos, oferecerão, talvez, a um espírito indagador, interessantes notícias, pelas quais ele descubra os meios mais eficazes de prevenir e de remediar tantos males”. Ao abordar as causas remotas da disenteria refere os eflúvios das águas encharcadas como causa de disenteria. E estuda o modo como é obtida a água da população de Luanda, dos seus rios, pântanos, poços, (por exemplo o caso da Ilha de Luanda). Também no seu “Exame químico da atmosfera do Rio de Janeiro” já tinha abordado o problema da poluição atmosférica.

  • Apesar de procurar a explicação fisiopatológica tem uma atitude pragmática sobre a abordagem da doença. Conhecendo as causas e a patologia que provocam, de-vemos atuar sobre elas mesmo desconhecendo os mecanismos fisiopatológicos que as ligam.

  • A prática do método anatomo-clínico. Após o relato de um caso clínico ou da clínica de uma dada doença, faz a autópsia do doente ou descreve os resultados das autópsias feitas nos doentes com esta patologia e relaciona os achados com as observações clínicas sustentando os seus pontos de vista. Fazendo uma descrição minuciosa dos achados anatomopatológicos. Em a propósito das causas próximas das disenterias “Nada há que mais nos possa dar uma luz mais clara e uma ideia mais perfeita da causa próxima da disenteria do que são as disseções dos cadáveres. Elas são as que desde as primeiras idades da Medicina têm descoberto a maior parte das causas das enfermidades que hoje sabemos; elas são as que têm o poder de tirar os homens do labirinto das hipóteses e conjeturas e de pôr patente os seus erros e seus enganos. Eu passo a referir o que por elas tenho aprendido.” -Contraria métodos terapêuticos generalizados e erróneos existentes à época que não tinham base científica nem passavam pelo crivo da sua experiência, intervindo desassombradamente contra alguns mitos da época. Em relação às sangrias no tratamento das febres remitentes “Eu tenho conhecido que as sangrias nestas febres são totalmente perniciosas. (…). Eu tenho aprendido que a perda de uma pequena quantidade de sangue se não faz logo um evidente mal, também nunca faz benefício algum. Eu me atrevo a dizer, que mais febres se curam sendo totalmente desprezadas, do que sendo sangradas. A intervenção precoce e atempada tempo no tratamento das doenças febris - a premonição das “golden-hours” no tratamento da sepsis “Não há moléstia que mais precise de uma pronta assistência do que é a febre. A eficácia dos remédios depende quase sempre de ser a sua administração feita a tempo”; “Há um momento oportuno que não deve ser atrasado no tratamento da febre, perdendo-se eficácia de atuação”.

O “Tratado anatómico dos ossos, Vasos linfáticos e glândulas” que foi provavelmente utilizado para as suas aulas na Escola Médica de Luanda. A publicação deste tratado está precedida pela “Oração de Sapiência” feita e recitada no dia 11 de Setembro de 1791 em Luanda.

Com a data de 1802 no espólio de JPA encontramos um tratado de introdução à patologia a “Isagoge patológica do corpo humano”.

Esta obra, a mais extensa e abrangente, mantém-nos presos a uma escrita clara, agradável, cuidada, lembrando em certos passos a prosa de Padre António Vieira. Nas suas palavras sem as “delicadas e preciosas flores da eloquência”, “lacónica para não ser aborrecida”.

Propõe-se logo de início dar como que uma visão pessoal da história da Medicina que é um empolgante desfilar dos avanços e recuos da Medicina ao longo dos séculos, que transborda de emoção. Revela um profundo conhecimento dos autores e das obras citadas. Entronca e estabelece as conexões com a História envolvente explicando como esta favoreceu ou criou obstáculos às novas descobertas. Tudo sto com tom de epopeia que regista aquilo a que chama os “progressos da medicina”.

Vale a pena transcrever as palavras finais deste impressionante capítulo

“Os fisiológicos guiados por uma luzente tocha caminham com seguros passos para o templo da sabedoria. As especulações metafísicas não podendo produzir senão conjeturas e hipóteses vão a ser abandonadas. O sábio estuda pelo grande livro da natureza e nele acha para os seus semelhantes poderosos remédios e para o seu nome eternos monumentos.”

No início do século XIX, José Pinto Azeredo integra aqui os novos conhecimentos no âmbito da anatomia, da histologia, da química, da fisiologia colocando-os no seu lugar, arrumando e integrando. Encara os mitos, as verdades aceites durante séculos e discute-os à luz das novas descobertas. Por vezes aceitando e por vezes negando as consequências que as autoridades médicas da época retiravam destas descobertas. Passando tudo pela sua experiência clínica e por uma análise rigorosa dos factos.

Impressiona a sua honestidade intelectual, a não cedência a critérios de autoridade, o saber dizer que não sabe. Mas também uma tentativa permanente de perscrutar, de procurar, de ir mais além… O que, olhado a partir do século XXI, na posse de toda a evolução posterior dos conhecimentos, se sabe que tantas vezes eram tentativas fúteis à época. Mas é com deslumbramento que acompanhamos esta procura.

Impressiona também a actualização da Isagoge: citações até à data da publicação do livro em 1802. Evoluindo desde Os Ensaios publicados 3 anos antes.

Por exemplo a referência a Jenner e à sua vacina da varíola, trabalho publicado em 1798 e ainda longe de aceitação generalizada. A vacina só seria aprovada em Inglaterra em 1840. JPA faz um comentário certeiro: “O grande Jenner adquire um direito à gratidão do género humano resgatando-o da mortífera peste das bexigas com a inoculação do pus das vacinas”.

Também se revelam bem os seus princípios éticos - as verdades eternas da Medicina - o “primun non nocere”, a preocupação de não pôr em prática nada que não esteja provado que lhes é útil, veja-se a já referida atitude desassom-brada perante a sangria; a preocupação de ser útil aos seus semelhantes, sempre referida como objectivo.

“Quando o Médico só atende às conjecturas e aos sistemas, os enfermos são as tristes vítimas que se sacrificam à opinião do dia, já disposta talvez a mudar-se no seguinte. Raciocinemos muito embora sobre as matérias escuras, mas não ponhamos em prática o que nos ditam os raciocínios, enquanto as suas provas não forem claras, exactas e convincentes”

“A pronta abjuração a todo o espírito de sistema e à linguagem escolástica, a extrema atenção aos caracteres e períodos das enfermidades, o ardente amor à verdade são as condições necessárias para se adquirir este conhecimento”.

Por último a “Coleção de Observações Clínicas”. Esta “Coleção” vem complementar a abordagem genérica das patologias na Isagoge Patológica. Azeredo vem desta vez desenvolver uma aproximação mais clínica baseada na sua experiência, sobretudo aquela que tem com doentes que vai observando no Hospital Militar de Xabregas. Tem intenção de publicar vários volumes, mas apenas temos acesso ao primeiro e possivelmente incompleto. A causa desta interrupção deve-se tudo leva a supor à sua já débil saúde. O último caso referido data de Outubro, Novembro de 1803 e JPA, que já não consegue acompanhar a família real para Brasil em 1807, vem a falecer em 1810 aos 46 anos de idade.

Mais uma vez é neste contexto vivido em que nasce a medicina moderna e que foi amplamente estudado na obra de Michel Foucault, que se insere de pleno direito JPA. Assim, aqui ficam alguns pontos que mostram bem o seu pensamento:

  • No prefácio à sua “Coleção de Observações Clínicas” ao abordar os vários sistemas patológicos integradores propostos já no século XVIII, afirma que na sua obra “Não combato nem adoto sistema algum dos que hoje dominam, porque acho em todos eles verdades interessantes, e erros crassos”. Nenhum escapa às suas críticas. Não escapa Cullen seu mestre em Edimburgo com a teoria dos espasmos, ou a teoria da debilidade de Brown ou a das ações morbifícas de Hunter. A todos dirige duras críticas por considerar que estes sistemas, cristalizando conceitos, pretendendo meter nas suas fórmulas cada caso clínico, constituem obstáculos ao progresso da Medicina.

  • O mesmo em relação as classificações nosológicas: “as Nosologias se constituem umas classificações arbitrárias e vacilantes, em que as afeções sintomáticas se tomam por queixas primárias, e em que as enfermidades entre si opostas se envolvem, se ajuntam, e se confundem. Portanto, eu deixo esses monumentos de corrupção da doutrina Médica, e irei seguindo a ordem natural das enfermidades”.

  • Mas este tom crítico, fazendo passar tudo pelo seu juízo próprio, não o impede de reconhecer o enorme avanço da ciência médica no século XVIII com a refutação final da teoria dos humores que era aceite desde Galeno: “Foi necessário que aparecessem Cullen e Brown para destruir o montão enorme de escritos publicados desde o tempo de Galeno sobre as desordens produzidas pela bílis, pela atrabilis, e pelo sangue, e para desterrar a massa impura das grosseiras ideias de saburras, de vícios gástricos, de humores pútridos, e de dissoluções de sangue”.

  • De destacar ainda o lado humanista de JPA, bem traduzido na seguinte asserção relativa à atitude do médico perante a hipótese de risco de contágio. Condizente com a postura ética e de grande humanidade que mostra em muitas ocasiões nos seus escritos, não só diz que, quando se chega à cabeceira dos doentes jamais receia o seu contágio, como afirma que se se vier a provar que esta sua persuasão é falsa, no “entretanto é útil ao doente que fica sendo tratado com mais humanidade, e a mim que [me] vi livre do incômodo de um constante terror”. E se se vier a mostrar que o tifo não provém do contágio “o gênero humano experimentará um grande benefício com desengano do erro, e não se farão mais apologias aos atos de desumanidade”.

  • Finalmente transparece bem nos registos das suas observações no Hospital de Xabregas, o precursor do que é o papel de um médico num Hospital moderno. Doentes internados, com observações clínicas frequentes e ajus-tamentos constantes e muito precisos da terapêutica, da dieta e instruções aos enfermeiros no momento oportuno de acordo com a evolução clínica.

Retirado da obscuridade JPA bem merece ser reconhecido pelas novas gerações como um exemplo, não só como um médico que de pleno direito participou das grandes mudanças da medicina do seu tempo, como também pela sua atitude, que se mantém atual, face à evolução dos conhecimentos e às mudanças que ontem como hoje se vão dando na ciência médica. Uma fonte de inspiração para os internistas portugueses.

REFERÊNCIAS

1. Foulcault M. Naissance de la Clinique. 2e ed. Paris: Presses Universitaires de France; 1990. [ Links ]

2. Azeredo JP. Exame Quimico da Atmosphera do Rio de Janeiro. Jornal Encyclopédico dedicado à Rainha N. Senhora e destinado para a instrução geral com a notícia dos novos descobrimentos em todas as ciências e artes. Lisboa: na Offic. de António Rodrigues Galhardo; 1790. [ Links ]

3. Oliveira AB, Marques MS, editors. Ensaios sobre algumas enfermidades de Angola. Lisboa: Edições Colibri; Col. Universalia Obras de José Pinto de Azeredo; 2013. [ Links ]

4. Costa J, editor. Tratado Anatómico dos Ossos, Vasos Linfáticos e Glându-las. Lisboa: Edições Colibri; Col. Universalia Obras de José Pinto de Azeredo; 2014. [ Links ]

5. Oliveira AB, Marques MS, editores. Isagoge Patológica do Corpo Humano. Lisboa: Edições Colibri; Col. Universalia Obras de José Pinto de Azeredo; 2014. [ Links ]

6. Furtado JF, Abreu JLN, Nogueira, A, editores. Coleção de Observações Clínicas. Lisboa: Col. Universalia Obras de José Pinto de Azeredo; 2019. [ Links ]

Suporte Financeiro: O presente trabalho não foi suportado por nenhum subsidio o bolsa ou bolsa

3Proveniência e Revisão por Pares: Não comissionado; revisão externa por pares

Financial Support: This work has not received any contribution grant or scholarship.

6Provenance and Peer Review: Not commissioned; externally peer re-viewed

7© Autor (es) (ou seu (s) empregador (es)) e Revista SPMI 2022. Reutiliza-ção permitida de acordo com CC BY-NC. Nenhuma reutilização comercial. © Author(s) (or their employer(s)) and SPMI Journal 2022. Re-use permit-ted under CC BY-NC. No commercial re-use

Recebido: 27 de Maio de 2022; Aceito: 27 de Junho de 2022

Correspondence / Correspondência: Pedro Abecassis - pedro@abecasis.name Ex. Diretor de Serviço de Medicina Interna, Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, Hospital Egas Moniz, Lisboa, Portugal Rua da Junqueira 126, 1349-019 Lisboa

Conflitos de Interesse: Os autores declaram não possuir conflitos de interesse.

Conflicts of Interest: The authors have no conflicts of interest to declare.

Creative Commons License Este é um artigo publicado em acesso aberto sob uma licença Creative Commons