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Jornal Português de Gastrenterologia

Print version ISSN 0872-8178

J Port Gastrenterol. vol.13 no.1 Lisboa Jan. 2006

 

Injecção intralesional de betametasona nas estenoses benignas do esófago

Gonçalves C.1, Almeida N.2, Gomes D.2, Gregório C.2, Cotrim I.1, Gouveia H.2, Freitas D.2

 

Resumo

A injecção intralesional de corticoides tem sido usada nas estenoses benignas do esófago com vista a potenciar os efeitos da dilatação endoscópica. Na maioria dos estudos tem sido utilizada a triancinolona, sendo poucos os trabalhos publicados com a betametasona.

Objectivos: Avaliar a eficácia e segurança da associação de dilatação e injecção intralesional de betametasona nas estenoses benignas do esófago.

Métodos: Análise retrospectiva dos relatórios dos exames efectuados entre 1 de Janeiro de 1998 e 31 de Dezembro de 2004, seleccionando os casos de estenose benigna esofágica nos quais foi usada a associação dilatação/injecção intralesional de betametasona. Identificámos 31 doentes (21 homens e 10 mulheres), com média etária de 58,8 anos. A etiologia das estenoses foi mais frequentemente pós-ciurgica (16 doentes), seguida das estenoses pépticas (11casos) e cáusticas (5 casos).

Resultados: Houve uma redução estatisticamente significativa do índice de dilatação médio "pré-injecção" e "pósinjecção" (p=0,002), representando uma diminuição de cerca de 1,35 dilatações/mês após a terapêutica. Não se verificou aumento significativo do diâmetro luminal médio antes e após a injecção intralesional. No nosso estudo não encontrámos registos de quaisquer eventos adversos ocorridos na sequência da terapêutica.

Conclusão: A injecção intralesional de betametasona é uma técnica segura e eficaz. No entanto, os nossos resultados não permitem tirar conclusões dado o pequeno número de doentes estudados.

 

Summary

Intralesional steroid injection has been used in benign oesophageal strictures to improve the results of dilatation. Most studies use triamcinolone, only a few have reported using betamethasone.

Objectives: To evaluate the efficacy and safety of the combination of dilatation and intralesional betamethasone injection in benign oesophageal strictures.

Methods: Cases of benign oesophageal strictures treated with dilatation and betamethasone injection between January 1st 1998 and December 31st 2004 were retrospectively analysed. Thirty-one patients (21 males, 10 females) were identified, with a mean age of 58.8 years. The most frequent aetiologies of the stenosis were post-surgical (16 patients), peptic (11 cases) and caustic (5 cases).

Results: The periodic dilatation index significantly decreased (p=0.002), although there was no statistically significant variation between medium luminal diameter pre and post-treatment. There were no adverse events.

Conclusion: Intralesional betamethasone injection is a safe technique which increases efficacy of endoscopic dilatation. However, no conclusions can be drawn from our study due to the small population studied.

 

 

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Bibliografia

1. Altintas E, Kacar S, Tunc B, Sezgin O, Parlak E, Altiparmak E, et al. Intralesional steroid injection in benign esophageal strictures resistant to bougie dilation. J Gastroenterol Hepatol, 2004; 19: 1388-91.        [ Links ]

2. Streeter BL: Intralesional steroid injection therapy. Gastroenterol Nurs, 1999; 22: 7-9.

3. SPED: Tratamento endoscópico das estenoses benignas (online). Available from http://www.sped.pt/geral.php?link=Recomendações %20da%20SPED&pais=275&cod=19.

4. Kochhar R, Ray JD, Sriram PV, Kumar S, Singh K: Intralesional steroids augment the effects of endoscopic dilation in corrosive esophageal strictures. Gastrointest Endosc, 1999; 49: 509-513.

5. Camargo MA, Lopes LR, Granjeia TAG, Andreollo NA, Brandalise NA: O uso de corticoesteroides após dilatação esofágica em pacientes portadores de estenose por substâncias corrosivas – estudo prospectivo, randomizado e duplo-cego. Rev Assoc Med Bras, 2003; 49: 286-92.

6. Fournier FJ, Angulo RAG, Robles I, Noble A, Cedillo I, De La Mora G et al: Inyección intralesional de esteroides en el manejo endoscópico de estenosis esofágicas benignas no resueltas con dilatación convencional. An Med Asoc Med Hosp ABC, 2002; 47: 142-145.

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(1) Serviço de Gastrenterologia, Hospital de Santo André S.A., Leiria, Portugal.

(2) Serviço de Gastrenterologia, Hospitais da Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal

 

 

Recebido para publicação: 09/05/2005

Aceite para publicação: 07/09/2005