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Jornal Português de Gastrenterologia

Print version ISSN 0872-8178

J Port Gastrenterol. vol.18 no.3 Lisboa May 2011

 

GE – Jornal Português de Gastrenterologia, 2011

GE -Portuguese Journal of Gastrenterology, 2011

 

Beatriz Neves1, Castro Poças2, Pedro Figueiredo3, Rui Marinho4.

1Serviço de Gastrenterologia, Hospital Pulido Valente - Lisboa, Portugal; 2Serviço de Gastrenterologia, Hospital Santo António - Porto, Portugal; 3Serviço de Gastrenterologia, Hospital Universidade de Coimbra - Coimbra, Portugal; 4 Editor-Chefe do GE - Jornal Português de Gastrenterologia, Serviço de Gastrenterologia do Hospital de Santa Maria

 

As revistas científicas, a par dos Congressos, são por excelência o espelho principal das actividades das sociedades científicas. No entanto, o trabalho científico publicado que ultrapassa o filtro da “peer-review” tem no geral valor acrescentado. A mais valia excede até o seu valor curricular, inclusive com benefícios do ponto de vista económico, para o próprio, para a instituição e até para o País.

O GE – Jornal Português de Gastrenterologia,orgão oficial das três sociedades científicas do Aparelho Digestivo (SPG, SPED, APEF), com uma existência de 17 anos, vive hoje uma época de transição. Será que reflecte na realidade a Gastrenterologia portuguesa? Obviamente que não. Muitos dos gastrenterologistas portugueses conseguem na actualidade publicações em revistas estrangeiras de bom/excelente impacto. Tal é o caso das revistas Gastroenterology,Hepatology, Endoscopy, LiverInternational, JournalViral Hepatitis,Inflammatory BowelDisease, EuropeanJournal of Gastroenterology, etc. Muitos são revisores habituais destas revistas e alguns até membros do corpo editorial.

A Gastrenterologia portuguesa não aceita a crise. A Gastrenterologia portuguesa não está em crise. A prestação dos melhores cuidados de saúde no âmbito do Aparelho Digestivo aos portugueses necessita da evolução do conhecimento científico, da actualização e da competitividade dos nossos gastrenterologistas. Estamos direccionados para este caminho.

Porque não publicar no GE? A não indexação na Pubmed/ Medline é de forma sumária a razão principal para explicar esta emigração do trabalho científico português na área do Aparelho Digestivo. O que é compreensível e aceitável.

Será possível a sobrevivência de uma revista indexada portuguesa com a concorrência real de numerosas publicações estrangeiras de excelente qualidade? Temos a certeza que sim. Outras especialidades da área da Medicina Interna têm-no conseguido. Além da Acta Médica Portuguesa, são indexadas na Pubmed a Revista Portuguesa de Cardiologia, a Acta Reumatológica Portuguesa e a Revista Portuguesa de Pneumologia. Durante o nosso mandato tivemos ensejo de nos reunir com os responsáveis destas quatro revistas, para entender os meandros da indexação e da internacionalização.

É nosso entendimento que a estratégia terá que mudar, de forma programada e cirúrgica. Por um lado, será necessário integrar uma grande editora de cariz internacional que tenha adequado know-how, aliado a eventual poder efectivo de lobying junto da Pubmed. É desejável internacionalizar o GE conjuntamente com maior profissionalização que passe pela utilização dos modernos sistemas de gestão informática do ciclo editorial através da internet. De outro modo, será necessário elaborar um plano de publicação de trabalhos científicos originais, para que quem de nós publique em revistas estrangeiras envie os seus trabalhos para o GE durante um determinado período de tempo. Isto deverá ser aliado a editoriais e artigos de revisão elaborados pelos key opinion leaders de âmbito internacional. Este período poderá ser de 2 anos, em que seremos auditados pela Pubmed. Estamos interessados? Seremos capazes? Temos que decidir, nós os sócios da SPG, SPED e APEF.

Foi entendimento da presente Comissão Editorial realizar algumas actividades no sentido de desenvolver o GE:

• Encurtar o tempo de revisão, com maior exigência para os revisores (tempo de revisão curto – 3 semanas, uso de SMS,mails, telefonemas).

• Corpo editorial: aumentou-se em mais de 100% o número de revisores; foram incluídos pela primeira vez revisores estrangeiros (Brasil, Uruguai).

• Rejuvenesceu-se o corpo editorial com jovens especialistas de excelente qualidade científica que revêm artigos em menos de uma semana. Elaboração de base de dados dos revisores, incluindo o número de artigos revistos, tempo de revisão, áreas de diferenciação, região geográfica e cuidado posto na avaliação.

• Retirar membros do corpo editorial que não cumpram com as obrigações a que se comprometeram.

• Foi elaborado e publicado um “Quadro de Honra” com os membros do corpo editorial que revêm os artigos de forma rápida e com qualidade.

• Renovação gráfica, maior exigência com a edição no cumprimento das boas regras (gráficos, fotografias, referências, paginação, erros de português).

• Valorização e promoção dos artigos originais. Foram solicitados vários editoriais. Todo o artigo original tem hoje em dia um editorial; reactivação da troca de ideias através de solicitação de cartas dirigidas aos artigos originais.

• Solicitação de artigos originais aos Directores de Serviço, Internos da especialidade, assim como aos autores dos trabalhos apresentados de forma oral no Congresso Nacional de 2010.

• O número de artigos originais aumentou. Estamos neste momento a considerar publicar dois artigos originais por número.

• Os responsáveis de todas as nossas sociedades científicas e respectivas secções especializadas elaboraram editoriais sobre as respectivas actividades.

• Iniciou-se a publicação de textos sobre as actividades das Associações de Doentes. A primeira foi da responsabilidade da Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino.

• Elaboração de texto dirigido ao público sobre os temas de cada GE, disponível na internet: “À conversa sobre o GE”.

• O GE continua incluído na plataforma informáticaScielo (15 países, mais de 800 publicações).

• Foi abandonada a recepção de artigos em papel ou pelo correio.

• Foram revistas as normas de publicação.

• Foi revisto o regulamento do GE.

• O número de inserções publicitárias aumentou.

• O GE é revisto por especialista em língua portuguesa.

• Inclusão no Congresso Nacional de um “Espaço GE”. Na Semana Digestiva, que teve lugar no Estoril de 1 a 4 de Junho de 2011, o Prof. João Eurico explicou como a Acta Reumatológica Portuguesa conseguiu a indexação na Medline.

• Espaço para relatório de actividades e divulgação do GE nas três Assembleias Gerais que tiveram lugar na Semana Digestiva (SPG, SPED, APEF).

• Reuniões com a Elsevier Espanhola no sentido de edição e inclusão do GE nas suas plataformas informáticas.

• Marketing: capas plásticas, marcadores de livros,pen comemorativa.

• Constituição de E-alert na primeira página web da SPG.

• Elaboração e distribuição de pen no Congresso Nacional de 2010 comemorativa dos 15 anos do GE. Apencontinha o primeiro número da Revista de Gastrenterologia (1983), que precedeu o GE, o primeiro número do GE (1994), os melhores artigos originais publicados no GE (2001 – 2009), o conteúdo integral do GE (2005 – 2010), normas de publicação, quem foram os editores-chefe, os membros do Conselho Científico e do Corpo Editorial.

• Inclusão de link para o GE nos sites da APEF, SPED, Clube Português de Pâncreas, além da SPG.

• Envio do GE para Directores de Centros de Saúde (374), Directores de Unidades de Saúde Familiar (138), Sócios (943) e Laboratórios da Indústria Farmacêutica (152).

• Elaboração de check-list para os revisores e autores. Pontuação dos artigos.

• Carta para os laboratórios da indústria farmacêutica solicitando o seu apoio.

• Manutenção do prémio para o melhor artigo original. Apoio Abbott. Pretende-se o aumento do montante em vigor (2.500 Euros).

• Regista-se a recepção de artigos oriundos de países estrangeiros: Brasil, Moçambique, Grécia.

• O GE foi constituído orgão oficial da APEF e o seu Presidente passou a ser considerado seu Director-Adjunto.

• Anúncio do GE e das três sociedades na Revista da Ordem dos Médicos.

• Publicação de várias recomendações SPED.

• Novas rúbricas: gestão (Check-list) e homenagem a colegas que já não estão entre nós.