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Sociologia, Problemas e Práticas

versão impressa ISSN 0873-6529

Sociologia, Problemas e Práticas  n.53 Oeiras jan. 2007

 

Editorial

Neste seu primeiro volume publicado em 2007, Sociologia, Problemas e Práticas apresenta aos leitores um conjunto de artigos plenos de interesse, e onde se combinam abordagens de natureza teórica com estudos centrados em pesquisas empíricas.

O número abre com o contributo de Rui Pena Pires, que defende a necessidade de garantir uma maior cumulatividade do património teórico da sociologia, ao invés da hiperdiferenciação de teorias concorrenciais que alimentam tendências de balcanização sociológica. O artigo percorre a produção teórica dos principais autores da sociologia para, a partir dela, identificar alguns dos conceitos fundamentais que devem integrar a “caixa de ferramentas teóricas” da disciplina.

A contribuição internacional desta edição coube a Laura den Dulk e a Bram Peper, que analisam a utilização das políticas de equilíbrio trabalho-família por pais e mães trabalhadoras. Através de um estudo realizado junto de várias empresas holandesas do sector financeiro, os autores mostram como o perfil familiar e as características da cultura organizacional determinam o uso das políticas de conciliação entre a família e a vida profissional.

A este texto segue-se o de João Peixoto, sobre a imigração brasileira em Portugal. Nele, o autor discute as questões conceptuais do tráfico e do contrabando, analisa as formas de actuação das redes organizadas de âmbito informal que actuam no campo das migrações e aponta algumas possíveis respostas para a eliminação desta imigração irregular.

Os três artigos seguintes focam problemáticas da sociologia da cultura. Luís Campos propõe uma análise dos modos de relação com a música inerentes aos diferentes géneros musicais, a partir de um conjunto de dimensões por ele operacionalizadas na investigação que desenvolveu. O autor propõe a adopção do conceito, e da tipologia a que chegou, em estudos sobre outros campos de produção cultural. O texto de Rui Pedro Fonseca foca a arte enquanto discurso, defendendo a pertinência de uma leitura sociológica que se centre nos sistemas de representação da identidade cultural, e que permita a sua desconstrução. Eduardo Alexandre Rodrigues apresenta um artigo no qual analisa as relações estabelecidas entre os públicos e as bibliotecas, relações essas dotadas de complexidade, negociadas, e que podem ser tipificadas segundo uma diversidade de modos de relação dos indivíduos com as bibliotecas que frequentam.

Por fim, o artigo de Rui Tinoco foca-se no estudo das racionalizações desviantes sobre o consumo de drogas, a partir da visão que os próprios consumidores revelam possuir das suas trajectórias biográficas.

Maria das Dores Guerreiro

 

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