SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.12 número2Diferencias y desigualdades entre los HSH usuarios de locales comerciales de encuentro sexual: algunas contribuciones a las estrategias comunitarias de prevención del VIHParadoxos, fluidez e ambiguidade do pensamento simbólico (o caso ruwund): para uma crítica a alguns modelos de análise índice de autoresíndice de materiabúsqueda de artículos
Home Pagelista alfabética de revistas  

Servicios Personalizados

Revista

Articulo

Indicadores

Links relacionados

  • No hay articulos similaresSimilares en SciELO

Compartir


Etnográfica

versión impresa ISSN 0873-6561

Etnográfica v.12 n.2 Lisboa nov. 2008

 

Fundação Nacional de Saúde. A política brasileira de saúde indígena vista através de um museu

Carla Costa Teixeira *

 

Este artigo analisa a política brasileira de saúde indígena a partir da investigação do processo histórico e político-institucional recente que possibilitou a criação da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em 1991. Busca articular dois eixos de reflexão, a partir do acervo do Museu da Funasa e de entrevistas com funcionários dessa fundação, trançando fios que possibilitem, por um lado, (i) esboçar uma genealogia da Fundação Nacional de Saúde e, por outro, (ii) iluminar suas conexões com a dificuldade de consolidação de um campo político de respeito à diversidade nas políticas de saúde indígena. Consiste, portanto, numa abordagem que articula narrativas biográficas e memória institucional.

Palavras-chave: saúde indígena, política pública, museu, Funasa, diversidade, Brasil.

 

National Health Foundation. Brazilian policy for indigenous health seen through a museum

This article analyses Brazilian state policy for indigenous health based on the inquiry of the recent historical, political and managerial process that resulted in the creation, in 1991, of the National Health Foundation (Funasa). It attempts to bring together two lines of thought triggered by the examination of the Funasa Museum collection and by interviews with Funasa employees. The threads thus woven should make possible, on the one hand, (i) to trace a genealogy of the National Health Foundation, and, on the other, (ii) to highlight its role in setting the hurdles that prevent the consolidation of a political field of respect for diversity in indigenous health policy. The paper, therefore, consists of an approach which aims at pulling together biographic narratives with institutional memory.

Keywords: indigenous health, public policy, museum, Funasa, diversity, Brazil.

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text only available in PDF format.

 

Bibliografia

ARRETCHE, Marta, 2005, “A política da política de saúde no Brasil”, em Nísia T. Lima (org.) et al., Saúde e Democracia. História e Perspectivas do SUS. Rio de Janeiro, Editora Fiocruz, pp. 285-306.        [ Links ]

ATHIAS, Renato, 2004, “Índios, antropólogos e gestores de saúde no âmbito dos Distritos Sanitários Indígenas”, em Esther J. Langdon e Luiza Garnelo (orgs.), Saúde dos Povos Indígenas: Reflexões sobre Antropologia Participativa. Rio de Janeiro, Associação Brasileira de Antropologia, pp. 217-243.

BASTIDE, Roger, 1979, Antropologia Aplicada. São Paulo, Editora Perspectiva.

BOAS, Franz, 2004, “Os princípios da classificação etnológica”, em George W. Stocking (org.), A Formação da Antropologia Americana, 1883-1911. Rio de Janeiro, Editora Contraponto, UFRJ.

CAMPOS, André L.V., 2006, Políticas Internacionais de Saúde na Era Vargas. Rio de Janeiro, Editora Fiocruz.

CARDOSO, Marina, 2004, “Políticas de saúde indígena e relações organizacionais de poder: reflexões decorrentes do Alto-Xingu”, em Esther J. Langdon e Luiza Garnelo (orgs.), Saúde dos Povos Indígenas: Reflexões sobre Antropologia Participativa. Rio de Janeiro, Associação Brasileira de Antropologia, pp. 195-215.

CORDEIRO, Hésio, 2001, “Descentralização, universalidade e equidade nas reformas da saúde”, Ciência e Saúde Coletiva, 6 (2), pp. 319-328.

COSTA, André M., 2003, Avaliação da Política Nacional de Saneamento, Brasil – 1996 / 2000, tese de doutorado, Escola Nacional de Saúde Pública / Fiocruz.

COSTA, André M., 1994, Análise Histórica do Saneamento no Brasil, dissertação de mestrado, Escola Nacional de Saúde Pública / Fiocruz.

COSTA, Dina C., 1987, “Política indigenista e assistência à saúde. Noel Nutels e o Serviço de Unidades Sanitárias Aéreas”, Cadernos de Saúde Pública, 4 (3), pp. 388-401.

CUNHA, Neiva V. da, 2002, “O Espírito do Sanitarismo”: Narrativas de Profissionais da Saúde Pública dos Anos 30, tese de doutorado, programa de pós-graduação em sociologia e antropologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro.

DOUGLAS, Mary, 1998, Como as Instituições Pensam. São Paulo, Edusp.

FABIAN, Johannes, 1983, Time and the Other. Nova Iorque, Columbia University Press.

FASSIN, Didier, 1996, L’Espace Politique de la Santé. Paris, Presses Universitaires de France.

FOLLER, Maj-Lis, 2004, “Intermedicalidade: a zona de contato criada por povos indígenas e profissionais de saúde”, em Esther J. Langdon e Luiza Garnelo (orgs.), Saúde dos Povos Indígenas: Reflexões sobre Antropologia Participativa. Rio de Janeiro, Associação Brasileira de Antropologia, pp. 129-147.

FOUCAULT, Michel, 2004, Arqueologia do Saber. Rio de Janeiro, Editora Forense Universitária.

—, 1999, Em Defesa da Sociedade. São Paulo, Editora Martins Fontes.

—, 1987, Vigiar e Punir. Petrópolis, Editora Vozes.

FUNASA, 2004, 100 Anos de Saúde Pública: a Visão da Funasa. Brasília, Fundação Nacional da Saúde.

GARNELO, Luiza, e Sully Sampaio, 2005, “Organização indígena e distritalização sanitária: os riscos de ‘fazer ver’ e ‘fazer crer’ nas políticas de saúde”, Cadernos de Saúde Pública, vol. 21, n.º 4, pp. 1217-1223.

GERSCHMAN, Silvia, 2001, “Municipalização e inovação gerencial. Um balanço da década de 1990”, Ciência e Saúde Coletiva, 6 (2), pp. 417-434.

GERSCHMAN, Silvia, e Maria Angélica B. SANTOS, 2006, “O Sistema Único de Saúde como desdobramento das políticas de saúde do século XX”, Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 21, n.º 61, pp. 177-227.

HOCHMAN, Gilberto, 1998, A Era do Saneamento. São Paulo, Editora Hucitec-ANPOCS.

HOCHMAN, Gilberto, et al., 2002, “A malária em foto: imagens de campanhas e ações no Brasil da primeira metade do século XX”, História, Ciências, Saúde – Manguinhos, vol. 9 (suplemento), pp. 233-273.

KOURY, Mauro G. P., 2004, “Fotografia e interdito”, Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 19, n.º 54, pp. 129-142.

LABRA, Maria Eliana, 2005, “Conselhos de Saúde: dilemas, avanços e desafios”, em Nísia T. Lima et al. (org.), Saúde e Democracia. História e Perspectivas do SUS. Rio de Janeiro, Editora Fiocruz, pp. 353-383.

LACERDA, Aline L., 2002, “Retratos do Brasil: uma coleção do Rockefeller Archive Center”, História, Ciências, Saúde – Manguinhos, vol. 9 (3), pp. 625-645.

LANGDON, Esther J., 2004, “Uma avaliação crítica da atenção diferenciada e a colaboração entre antropólogos e profissionais de saúde”, em Esther J. Langdon e Luiza Garnelo (orgs.), Saúde dos Povos Indígenas: Reflexões sobre Antropologia Participativa. Rio de Janeiro, Associação Brasileira de Antropologia, pp. 33-51.

LANGDON, Esther J., e Luiza Garnelo (orgs.), 2004, Saúde dos Povos Indígenas: Reflexões sobre Antropologia Participativa. Rio de Janeiro, Associação Brasileira de Antropologia.

LIMA, Antonio Carlos de S., 1995, Um Grande Cerco de Paz. Poder Tutelar, Indianidade e Formação do Estado no Brasil. Petrópolis, Editora Vozes.

LIMA, Nísia T., e Gilberto Hochman, 2000, “Pouca saúde, muita saúva, os males do Brasil são… Discurso médico-sanitário e interpretação do país”, Ciência e Saúde Coletiva, 5 (2), pp. 313-332.

NORONHA, José C., e Laura T. Soares, 2001, “A política de saúde no Brasil nos anos 90”, Ciência e Saúde Coletiva, 6 (2), pp. 445-450.

OLIVEIRA, Ricardo L., e Roberto Conduru, 2004, “Nas frestas entre a ciência e a arte: uma série de ilustrações de barbeiros do Instituto Oswaldo Cruz”, História, Ciências, Saúde – Manguinhos, vol. 11 (2), pp. 335-384.

PALMEIRA, Moacir, 2001, “Política e tempo: nota exploratória”, em Mariza Peirano (org.), O Dito e o Feito: Ensaios de Antropologia dos Rituais. Rio de Janeiro, Editora Relume-Dumará / NuAP, pp. 171-177.

PALMEIRA, Moacir, e Beatriz Heredia, 1995, “Os comícios e a política de facções”, Anuário Antropológico, vol. 94, pp. 31-94.

PAZ, Mariza Campos da, 1994, “Noel Nutels, a política indigenista e a assistência à saúde no Brasil Central (1943-1973)”, dissertação de mestrado, Instituto de Medicina Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

PIERANTONI, Celia R., 2001,“As reformas do Estado, da saúde e recursos humanos: limites e possibilidades”, Ciência e Saúde Coletiva, 6 (2), pp. 341-360.

RAMOS, Alcida R., 1994, “The hyperreal Indian”, Critique of Anthropology, pp. 153-171.

SANTOS, Luiz A. C., 1985, “O pensamento sanitarista na Primeira República: uma ideologia de construção da nacionalidade”. Dados, Revista de Ciências Sociais, vol. 28, n.º 2, pp. 193-210.

SANTOS, Ricardo V., Carlos E. A. Coimbra Jr., e Ana Lucia Escobar (orgs.), 2003, Epidemiologia e Saúde dos Povos Indígenas no Brasil. Rio de Janeiro, Editora Fiocruz / ABRASCO.

SILVA, James R., 2001, “De aspecto quase florido. Fotografias em revistas médicas paulistas, 1898-1920”, Revista Brasileira de História, vol. 21, n.º 41, pp. 201-216.

TEIXEIRA, Carla, e Christine A. Chaves (orgs.), 2004, Espaços e Tempos da Política. Rio de Janeiro, Relume e Dumará / NuAP.

 

* Universidade de Brasília. Pesquisadora CNPq - carla@unb.br

Creative Commons License Todo el contenido de esta revista, excepto dónde está identificado, está bajo una Licencia Creative Commons