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Ex aequo

versão impressa ISSN 0874-5560

Ex aequo  n.22 Vila Franca de Xira  2010

 

EDITORIAL

Teresa Pinto

 

No presente número da ex æquo, o vigésimo segundo, o Dossier temático abriu as portas ao desafio semântico de Habitar. «Pensar um habitar que não deixa ninguém sem terra, nem excluído», como escreveram no início da sua proposta Teresa Joaquim, Ana Isabel Crespo e Isabel Cruz, as coordenadoras do Dossier, incita a reflectir, questionar e teorizar a essência humana, de seres habitados e que habitam, a partir de abordagens diversas. O repto não foi só de ordem pluridisciplinar, mas de posicionamentos espaciais e teóricos distintos. Como afirmam as coordenadoras, o tema obriga-nos também «a repensar o mundo em que vivemos e os mundos que, ao longo dos séculos, tiveram a marca de mãos de mulheres». Este dossier introduz-nos numa viagem por espaços/tempos íntimos, vivenciados, teóricos, conceptuais, ressignificados, lugares de pertença e não-pertença, convocando alianças ou articulações com outras áreas disciplinares do saber. Teresa Joaquim, na Introdução ao Dossier, inicia-nos nesse Habitar, problematizando sentidos e entretecendo as linhas condutoras dos textos que o compõem.

A secção de Estudos e Ensaios inclui dois artigos, de temáticas distintas. Rosa Cobo, em «Individualidad y crisis de la identidad femenina», proporciona-nos uma perspectiva ancorada na Ciência Política. Postulando que existem estruturas de domínio masculino que são transculturais, atravessando todas sociedades, independentemente das suas especificidades, discute o enfraquecimento das estruturas mais opressivas para as mulheres em algumas regiões do mundo por efeito do feminismo. A autora termina com uma reflexão política sobre as mais recentes alterações legislativas e políticas ocorridas em Espanha, sublinhando que o feminismo só pode prosseguir se reivindicar o seu papel na história, fundeando a sua legitimidade numa permanente construção e reconstrução da sua memória histórica. Ana Isabel Blanco García e Daniele Leoz, em «La persistencia de los estereotipos tradicionales de género en las revistas para mujeres adolescentes: resistencias al cambio y propuestas de modificación», analisam e discutem as ideias de igualdade, de liberdade e de empoderamento veiculadas pelas revistas juvenis femininas, desconstruindo-as à luz das perspectivas feministas sobre a igualdade entre mulheres e homens. Sublinhando a importância das mensagens das revistas no contexto de um vasto e diversificado conjunto de agentes de socialização, apresentam propostas que podem constituir uma base de trabalho com as revistas dirigidas às e aos jovens.

Na secção de Leituras e Recensões, Albertina Jordão apresenta-nos um estudo recentemente publicado pela OIT (Organização Internacional do Trabalho), nas suas três línguas oficiais – espanhol, francês e inglês –, no qual se sistematizam, analisam e comparam informações sobre a protecção da maternidade no mundo, nomeadamente no que respeita ao quadro legal em 167 Estados Membros da OIT. Trata-se, pois, de um instrumento fundamental sobre um direito consagrado há quase cem anos nas normas internacionais do trabalho.

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