SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.22 número2Protocolo baseado na terapia de aceitação e compromisso para depressão geriátricaEfeitos da estimulação cognitiva individual no domicílio em adultos com perturbações psicóticas índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Psicologia, Saúde & Doenças

versão impressa ISSN 1645-0086

Psic., Saúde & Doenças vol.22 no.2 Lisboa set. 2021  Epub 31-Ago-2021

https://doi.org/10.15309/21psd220231 

Artigos

Instrumentos psicossociais para idosos brasileiros: uma scoping review

Psychosocial instruments for brazilian elderly: a scoping review

Aline da Silva1 

Flávio Rebustini1 

1Escola de Artes, Ciências e Humanidades, USP, São Paulo, Brasil, aline.cristina@alumni.usp.br, frebustini@usp.br


RESUMO

Este estudo objetivou mapear e categorizar os instrumentos de avaliação psicossocial, com evidências psicométricas disponíveis, para idosos brasileiros. Por meio de uma scoping review, foram identificados 5.258 estudos e após aplicação dos critérios de elegibilidade, 237 estudos foram incluídos para síntese analítica. Parte dos dados extraídos foram apresentados em quatro blocos: Identificadores da revisão (informações sobre os estudos); População (informações sobre os participantes); Instrumentos Psicossociais (organizados por subcategorias); Propriedades psicométricas (tipo de evidência) para melhor descrição e compreensão. Destacaram-se 192 instrumentos que foram organizados em cinco subcategorias sendo, “Ansiedade, Depressão e Estresse”, “Atividade Física, Capacidade Funcional e Mobilidade”, “Inteligência e Cognição”, “Saúde, Bem-estar e Qualidade de Vida” e “Síndromes Geriátricas e Violência”. Este estudo não esgota as alternativas de instrumentos disponíveis para idosos brasileiros, mas possibilita uma visão mais ampliada, reunindo em uma única fonte, evidências que possam gerar reflexão e agregar para a pesquisa e a prática de todos os interessados pela temática.

Palavras-Chave: instrumentos, avaliação, idosos; psicossocial, revisão de escopo

Abstract

This study aimed to map and categorize the psychosocial assessment instruments, with available psychometric evidence, for elderly Brazilians. Through a scoping review, 5.258 studies were identified and after applying the eligibility criteria, 237 studies were included for analytical synthesis. Part of the extracted data was presented in four blocks: Review identifiers (information about the studies); Population (information about the participants); Psychosocial Instruments (organized by categories); Psychometric properties (type of evidence). 192 instruments were highlighted, which were organized into five subcategories, being “Anxiety, Depression and Stress”, “Physical Activity, Ability to Work and Mobility”, “Intelligence and Cognition”, “Health, Well-Being and Quality of Life” and “Geriatric’s Syndromes and Violence”. This study does not exhaust the alternatives of instruments available to elderly Brazilians, but allows a broader view, gathering in a single source, evidence that can generate reflection and add to the research and practice of all those interested in the theme.

Keywords: instruments; evaluation; elderly; psychosocial; scoping review

O envelhecimento é um processo constante e dinâmico, deflagrado por aspectos biológicos, psíquicos e sociais, que influenciam diretamente em como uma variável latente será manifestada em cada fase da vida. Na velhice, considerada última fase deste processo, as doenças crônicas são mais frequentes, o que não representa sinônimo de incapacidade e/ou dependência, mas sim, de maior vulnerabilidade (Paraná, 2018; Veras, 2019). Logo, obter diagnósticos precoces e rápidos a custos razoáveis, são essenciais, principalmente para o sistema de saúde pública.

Nesse cenário, instrumentos de medida fazem parte da prática clínica, da avaliação em saúde e de pesquisas, sendo úteis e capazes de apresentar resultados robustos quando desenvolvidos e validados adequadamente (Medeiros et al., 2016). O acervo brasileiro de instrumentos desenvolvidos, adaptados culturalmente e validados para esta população é crescente, mas ainda muito questionável (Apóstolo, 2012; Paraná, 2018; Veras, 2019). Esse apontamento não se limita ao Brasil, de acordo com (Kuang et al., 2018) há um número reduzido de instrumentos desenvolvidos especificamente para a população idosa. Usualmente os instrumentos originais foram aplicados à outras populações e são posteriormente replicados na população idosa sem evidências de validade suficientes. Os autores complementam afirmando que idosos podem ter um bom desempenho no funcionamento diário, embora possam pontuar baixo em testes padronizados.

Portanto, torna-se essencial a realização desta scoping review, para um mapeamento sistematizado dos instrumentos de avaliação psicossocial disponíveis para esta população, bem como sua categorização. Esta organização criteriosa, pretende descrever e analisar a pluralidade destes instrumentos, bem como propor a reflexão da escolha para sua utilização, mediante as evidências científicas encontradas na literatura.

Método

Por meio de uma revisão de escopo (scoping review) foram examinados a extensão, o alcance e a natureza das evidências dos instrumentos de avaliação de medida psicossocial disponíveis para idosos brasileiros. Esta revisão foi conduzida de acordo com as recomendações JBI Manual for Evidence Synthesis (Peters et al., 2020) e PRISMA-ScR (Tricco et al., 2018). Primeiramente, foi realizada uma investigação referente as evidências de validade de estudos originais (desenvolvimento inicial) e cross-culturais (tradução e/ou adaptação). Após localização dos estudos, o principal objetivo foi a categorização destes instrumentos, sendo organizados em subcategorias, de acordo com sua variável latente e por fim, outras características consideradas mais relevantes foram descritas.

As bases de dados eletrônicas utilizadas foram: PubMed, Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), Embase, Scielo, PsyArticles, Cinahl e Ageline, foram escolhidas visto sua relevância e por abarcar de forma abrangente a literatura sobre a temática. Como recomendado, realizou-se uma busca piloto em duas bases de dados (PubMed e BVS), a fim de analisar as principais palavras contidas nos títulos e resumos dos artigos interessados. Posteriormente, as estratégias foram testadas em todas as bases consideradas para este estudo e por fim, as estratégias finais foram desenvolvidas a partir das seguintes considerações: vocabulário de indexação de cada base (MeSH; DeCS; EMTREE; TESAUROS;), palavras-chaves relevantes na literatura gerontológica e cruzamento de acordo com a especificidade de cada base de dados, que podem ser conferidos na Quadro 1. Todas as buscas foram realizadas com o recurso de “busca avançada” e a utilização dos operadores booleanos, com a finalidade de refinar e identificar estudos mais alinhados com o objetivo deste estudo. Sendo que a busca final foi realizada em 01 de outubro de 2020 por dois pesquisadores independentes.

Quadro1. Estratégia de busca de acordo com cada base referenciada, 2020. 

A amostra dos estudos incluídos contemplou, exclusiva ou parcialmente, idosos com ≥ 60 anos; instrumentos que se propuseram a mensurar variáveis psicossociais; estudos originais (desenvolvimento inicial) e cross-culturais (tradução e/ou adaptação), no formato artigo, dissertação ou tese; publicados em português, inglês e/ou espanhol, disponíveis na íntegra, até 30 de setembro de 2020. Para esta etapa utilizou-se o PRISMA 2009 Flow Diagram (Moher et al., 2009), onde dois revisores independentes conduziram a triagem e seleção dos estudos (Figura 1). Para os casos de divergência, em cada etapa, ambos discutiram caso a caso, até concordância de inclusão ou exclusão. Em seguida, foi realizada a exclusão de todos os estudos duplicados, posteriormente, foi realizada a leitura de todos os títulos e resumos para definição de inclusão e/ou exclusão para a próxima etapa. Posteriormente, foi realizada a leitura na íntegra de todos os artigos para análise dos critérios de elegibilidade e por fim, os estudos que atenderam os critérios, foram incluídos para a síntese analítica.

Figura 1 Diagrama de fluxo para o processo de revisão de escopo adaptado da declaração PRISMA de Moher et al. (2009). 

Os dados de interesse foram extraídos e registrados em uma tabela do Microsoft® Excel® para Office 365 MSO. Esta tabela foi desenvolvida pela autora, baseada no Appendix 11.1 do JBI Manual for Evidence Synthesis (Aromataris & Munn, 2020). Uma revisão de escopo examina questões amplas de pesquisa e, portanto, esta se ocupará em organizar de forma sistematizada, os instrumentos com evidências psicométricas disponíveis para a população em questão, descrevendo as informações mais relevantes.

Resultados

Para esta scoping review foram incluídos apenas estudos completos publicados (artigos, dissertações ou teses) nos idiomas inglês, espanhol ou português publicados até 30 de setembro de 2020. Estes estudos, referem-se a algum tipo de evidência de validade do instrumento de medida, que se propõem avaliar alguma variável psicossocial, essencialmente em amostras que contemplaram exclusiva ou parcialmente, idosos brasileiros. Logo, foram identificados 5.258 estudos (Figura 1) e removidos 2.044 por serem duplicados. Foram selecionados 3.214 estudos para a leitura de “títulos e resumos”, onde 2.934 foram excluídos. Posteriormente, 280 estudos foram selecionados para leitura na íntegra e avaliados segundo os critérios de elegibilidade. Todas estas etapas foram realizadas por dois pesquisadores independentes, que concordaram que 43 estudos fossem excluídos, sendo: 24 por não contemplarem população idosa em sua amostra, nove por serem apenas resumo, cinco por serem realizados com população de outros países que não o Brasil, três por serem carta ao editor, um por não informar a localidade de coleta de dados/nacionalidade da amostra e um por não estar disponível na integra (mesmo após contato com o autor, não foi possível recuperá-lo), o que resultou na inclusão de 237 estudos para a síntese analítica. Devido ao grande número de estudos incluídos nesta síntese analítica, as citações ao longo dos resultados foram referenciadas somente pelo primeiro autor.

Quadro 2 Instrumentos para idosos brasileiros - Subcategoria: Ansiedade, Depressão e Estresse, 2020. 

O quadro 2 refere-se à subcategoria: Ansiedade, Depressão e Estresse, que destaca os instrumentos identificados para estes transtornos especificamente. Foram contemplados 11 instrumentos nesta subcategoria, sendo sete destinados à mensuração da depressão.

Quadro 3 Instrumentos para idosos brasileiros - Subcategoria: Atividade Física, Capacidade Funcional e Mobilidade, 2020 

Nota: NI - Não Informado

O quadro 3 refere-se à subcategoria: Atividade Física, Capacidade Funcional e Mobilidade. Foram categorizados 48 instrumentos, que se propõem avaliar uma ampla classe de ações voluntárias, que envolvem não somente o grau de preservação para realizar uma atividade cotidiana, mas também, a capacidade de resposta da musculatura esquelética.

Quadro 4 Instrumentos para idosos brasileiros - Subcategoria: Inteligência e Cognição, 2020. 

Nota: NI - Não Informado

O quadro 4, refere-se à subcategoria Inteligência e Cognição, estão reunidos 47 instrumentos que buscam, em sua maioria, identificar declínio em algum aspecto da inteligência/cognição. Este construto é complexo e muito discutido, por se tratar de uma das variáveis mais importantes para a humanidade.

Quadro 5 Instrumentos para idosos brasileiros - Subcategoria: Saúde, Bem-estar e Qualidade de Vida, 2020. 

Nota: NI - Não Informado

O quadro 5, trata da subcategoria: Saúde, Bem-estar e Qualidade de Vida e buscou integrar instrumentos que se preocupam com qualquer aspecto, positivo ou negativo, que possa impactar a vida do idoso. São construtos, por vezes, multidimensionais, que por referir-se as experiências pessoais, podem ser avaliados em aspectos globais ou domínios específicos, como trabalho, família, interação social, saúde física ou emocional, sexualidade, espiritualidade, entre outros, incluindo então medidas cognitivas e emocionais. É uma das subcategorias mais complexas e amplas deste estudo. Foram categorizados 74 instrumentos, sendo o de maior destaque o World Health Organization Quality of Life, mais conhecido como WHOQOL, que conta diferentes versões e foi alvo de nove estudos diferentes.

Quadro 6 Instrumentos para idosos brasileiros - Subcategoria: Síndromes Geriátricas e Violência, 2020. 

Nota: NI - Não Informado

O quadro 6, reúne na subcategoria Síndromes Geriátricas e Violência, um total de 12 instrumentos. Trata-se de temas distintos que foram agregados por terem um relevante ponto de convergência: a velhice e suas vulnerabilidades.

Discussões

Em relação aos 237 estudos analisados, 99,16% estão disponíveis no formato artigo e apenas dois como tese de doutorado. Em sua totalidade, os artigos foram publicados em parceria de dois ou mais autores, sendo 20,68%, a maioria, com quatro autores e pelo menos 5,49% com 10 ou mais autores, um deles com 16 e outro com 19 autores. No total, 105 periódicos estiveram envolvidos nestas publicações, sendo os mais frequentes: “Arquivos de Neuro-Psiquiatria”, “Revista de Saúde Pública”, “International Psychogeriatrics” e “Cadernos de Saúde Pública”, “Dementia & Neuropsychologia”, “Brazilian Journal of Psychiatric”, “PLOS ONE”, “Geriatrics & Gerontology International”, “Brazilian Journal of Physical Therapy” e “International Journal of Geriatric Psychiatry”, possuem entre cinco e 22 publicações em cada um deles, totalizando 41,77% das escolhas dos autores para as publicações relacionadas a esta temática. Pelo menos 17,30% das publicações (41) declararam explicitamente fazer parte de outro estudo ou projeto de pesquisa, referendando o nome no estudo em questão.

Quanto ao ano de publicação, este estudo não contemplou corte temporal, mas de acordo com os critérios de elegibilidade, foram incluídas publicações dos últimos 32 anos, ou seja, de 1988 a 2020, sendo o ano de 2018, com maior número de publicações (22) em todos os 32 anos analisados. A última década representa 64,56% das publicações, a década dos anos 2000, representa 35,02%, a década de 1990 não houve publicação contemplada e em relação as décadas anteriores, apenas 1 único artigo foi contemplado, no ano de 1988. Os idiomas de publicação variaram entre inglês, português e espanhol, sendo que 86,08% foram publicados em um único idioma, 12,66% em até 2 idiomas (inglês e português ou português e espanhol) e apenas 1,27% nos três idiomas. O idioma inglês é a preferência para publicação, representando 86,92% e não houve publicação apenas em espanhol.

Em relação à localidade, 3,80% (9) dos estudos contemplaram outros 22 países além do Brasil, representando os continentes americano com 54,55%, europeu com 36,36% e asiático com 9,09%. Participaram 22 dos 27 dos Estados brasileiros, incluindo o Distrito Federal. O Estado de São Paulo representou 35,44%, seguido de Minas Gerais 16,46%, Rio de Janeiro 9,28% e Rio Grande do Sul 7,17%, entretanto, 18,99% dos estudos, não relataram explicitamente o Estado participante, sendo que 5,49% (13) foram conduzidos em mais de um Estado. O estudo com mais diversidade regional contou com a participação de 22 Estados brasileiros. Em relação às cidades de realização dos estudos, consequentemente, a cidade de São Paulo é a mais prevalente com 24,47%, seguido da omissão da informação por 21,94% dos estudos, Belo Horizonte e Rio de Janeiro com 8,02% cada e Porto Alegre com 4,64%. A variabilidade amostral, como por exemplo a contemplação de participantes de diferentes cidades/Estados brasileiros é bastante relevante, visto a possibilidade de considerar as diferenças culturais, entre outras características que impactam diretamente nas respostas dos participantes e consequentemente, na construção/ajustamento dos itens de um instrumento de medida. Quanto ao local de recrutamento dos participantes dos estudos, 47,26% foram provenientes de ambulatórios, clínicas e hospitais, 20,68% da comunidade, 16,46% não informaram claramente o local, 10,55 de grupos, centros e associações e 8,86% da Atenção Primária. Compuseram as amostras, mais de 86.540 participantes, sendo 72.167 brasileiros. Alguns estudos não informaram de forma objetiva o total da amostra, outros, por serem somente metodológicos, não se aplicava uma amostra. O estudo com maior quantidade amostral brasileira, contou com 5.970 participantes (Damásio et al., 2016) e o menor, com 10 participantes (Borges et al., 2017).

Dos 327 estudos analisados, pelo menos 36,29% (86) contemplaram outras populações, que não idosos em sua amostra, sendo a menor idade relatada de 14 anos (Nunes et al., 2007) e a maior de 107 anos (Atalaia-Silva et al., 2008). Logo, 63,71% (151), declaradamente, tinham sua amostra composta apenas por idosos, seja pela descrição explícita da faixa etária ou pela referência com a palavra “idoso” no “objetivo”, “método” ou “resultados” do artigo em questão. Em relação a estes estudos com a amostra exclusiva de idosos (151), o corte temporal para definição/inclusão do indivíduo considerado idoso variou, entre ≥ 60 anos em 62,50% dos estudos, ≥ 65 anos em 24,34% dos estudos, ≥ 74 anos em 1,97% e ≥ 80 anos em somente 1,32% dos estudos.

É importante ressaltar que uma pesquisa que simplesmente contempla idosos em sua amostra, não é necessariamente uma pesquisa gerontológica, basicamente, por não ter a mesma lente para compreensão do idoso, velhice e processo de envelhecimento. Entretanto, quando se trata de estudos psicométricos, o tema transcende a gerontologia e outros campos/áreas, necessitando do pesquisador/profissional uma compreensão entre as diversas ciências, que se complementam para alcançarem êxito nos desafios sociais e da saúde. Sendo assim, um estudo psicométrico que contempla uma amplitude de idade cronológica, que não se limita a faixa etária estabelecida para o idoso, deve ser analisado atentamente para melhor compreensão do quanto esse poderá atender aspectos relevantes para esta faixa etária exclusiva, considerando suas características e interesses, de modo a não generalizar algum aspecto que pode ser crucial para uma tomada de decisão por exemplo.

Os estudos contemplaram amostras em fases distintas do envelhecimento, como: adolescentes, adultos e idosos, e com diferentes características: indivíduos saudáveis, com dor, institucionalizados, estudantes, aposentados, com depressão, queixa vocal, hospitalizados, hipertensos, climatéricas, habilitados para direção de veículo automotivo, frágil, sarcopenicos, com baixo nível de escolaridade, entre outros. Vale ressaltar, o grande interesse em grupos com Demência, Doença de Alzheimer, Doença de Parkinson, Comprometimento Cognitivo Leve, queixas e/ou déficits cognitivos, pelo menos 27,85% dos estudos, tiveram como alvo, amostras com essas características. Mais de 50% do total das amostras são mulheres, mais de 29% são homens e pelo menos 20% não declarou a variável gênero/sexo explicitamente, ou seja, não era relevante para os estudos em questão. Pelo menos nove estudos foram dedicados a amostras totalmente femininas, onde as variáveis latentes de interesse foram, atividade física e prontidão para atividade física, qualidade de vida e peri/menopausa/climatério e disfunção sexual. Apenas dois estudos foram realizados com amostras totalmente masculinas, sendo, o uso de álcool e atividade física as variáveis latentes de interesse.

Dentre os 237 estudos analisados, foram identificados 258 instrumentos alvo com algum tipo de evidência psicométrica publicado. Desconsiderando os instrumentos repetidos e versões do mesmo instrumento (devido a quantidade de itens por exemplo), foram constatados 192 instrumentos considerados validados para a população idosa brasileira. Foram identificados, por descrição explícita nos estudos, seis Baterias/Protocolos sendo, dois com foco em avaliação neuropsicológica (De Paula et al., 2010; De Paula et al., 2013), dois com foco em aptidão/independência funcional (Virtuoso et al., 2011), um com foco em transtornos de comunicação (Fonseca et al., 2008) e um com foco em atividades de vida diária (Paes et al., 2017).

Muitos instrumentos apresentam variação de versões mais curtas ou adaptados para populações mais específicas, por exemplo o Geriatric Depression Scale, que tem versões com quantidades de itens diferentes, ou o Quality of Life Scale que tem uma versão somente para indivíduos com Alzheimer. É importante se atentar a estes detalhes para compreender a abrangência de utilização do instrumento, visto a população ao qual foi validado e à população ao qual será destinado. Visto a variabilidade de variáveis latentes mencionadas, foram criadas subcategorias para agrupamento dos instrumentos identificados (192), a fim de facilitar a busca e escolha do instrumento de interesse para cada necessidade específica. Para tanto, foram consideradas algumas premissas, descritas abaixo. Um mesmo instrumento pode ser relatado na literatura por diferentes nomes, acrônimos ou abreviações, por este motivo, foi necessária uma padronização da identificação. O idioma inglês foi escolhido como primeira opção para a descrição do nome, exceto quando o instrumento foi desenvolvido em português e não apresentou tradução quando publicado em inglês. Baseou-se também nas versões encontradas na literatura, o que não significa que foi escolhida a versão original ou mais utilizada, e sempre que informado no estudo de origem ou encontrado na literatura, o acrônimo foi disponibilizado para facilitar a comunicação.

Mais de 250 variáveis latentes foram mencionadas em todos os estudos como alvo destes instrumentos, sendo as mais prevalentes, desordens cognitivas, qualidade de vida e depressão. Assim como a identificação, a variável latente é descrita diferentemente em cada estudo, o que dificulta a compreensão do que está se propondo a medir, além de emparelhar conceitos terminológicos entre os interessados. A variável latente exposta neste estudo, foi identificada e reproduzida estritamente como no estudo incluído para a síntese analítica, e quando necessário, devido à falta de clareza, foi adaptada/definida pela autora, que se baseou em buscas aleatórias na literatura acadêmica.

Referente aos instrumentos para depressão, destaca-se o GDS, como alvo em pelo menos oito estudos, todos eles com população exclusivamente de idosos. O estudo de Castelo et al. (2010) objetivou a validação das versões GDS-1, GDS-4, GDS-10, GDS-15 e GDS-30, além da definição do ponto de corte para a identificação do transtorno em cada uma delas. O estudo de Costa et al. (2006) trabalhou com o critério de inclusão ≥75 anos em uma quantidade amostral considerável 392), porém, é o estudo menos atual contemplado nesta análise, para esta variável. Importante destacar GEAP-b, este instrumento se destina especificamente a depressão induzida pela dor, contou com uma amostra exclusivamente de idosos com dor crônica, além de ser o estudo mais recente entre os instrumentos para depressão.

Em relação aos instrumentos de ansiedade, foram identificados quatro, sendo três exclusivos para mensuração da variável e o quarto, um instrumento multidimensional. Destaque para o estudo de Massena et al. (2015), que além de mais recente, foi o único que trabalhou com uma amostra exclusiva de idosos, para o instrumento GAI-BR. Os estudos de Kummer et al. (2008; 2010), sobre o LSAS e HAM-A contemplou amostras de indivíduos com Doença de Parkinson. Por fim, o instrumento DASS, alvo de dois estudos, apresenta base conceitual diferente dos demais, referenciando o modelo tripartido de ansiedade e depressão, onde a desordem do afeto é um continuum entre ansiedade, depressão e estresse, este modelo foi proposto por Clark & Watson (1991) se propõem a avaliar estresse nesta população, além de, simultaneamente, ansiedade e depressão. E o instrumento PSS de Luft et al. (2007) foi traduzido, adaptado e validado com uma amostra de 76 idosos.

Na subcategoria de atividade física, capacidade funcional e mobilidade, 57,14%, ou seja, 36 dos 63 estudos, utilizaram uma amostra exclusivamente de idosos. Vale ressaltar que 12 dos 36, com características específicas, como o estudo do instrumento DAD-Br, que se dedicou aos idosos com Doença de Alzheimer, o estudo do SAM, utilizou apenas idosos com Demência. Os estudos dos instrumentos ADCS-ADL e DAFS-R, utilizaram uma amostra de idosos com Doença de Alzheimer e com Comprometimento Cognitivo Leve. Garcia et al. (2018), utilizou uma amostra de idosos com obstrução pulmonar crônica, para o instrumento LSA. Os estudos dos instrumentos HAP, PAR-Q, RPE e AAHPERD e Fullerton, utilizaram uma amostra exclusivamente feminina. O estudo de Viveiro et al. (2019), com os instrumentos BBS, BESTest, Mini-BESTest e Brief-BESTest, utilizou uma amostra de idosos institucionalizados. O estudo do SPPB, utilizou uma amostra de idosos frágeis. E por fim, o estudo do VADL, utilizou uma amostra de idosos com desordem vestibular. Em relação aos outros 27 estudos que contemplaram também a população adulta, pelo menos 12 estudos, se dedicaram à indivíduos com Doença de Parkinson, foram estes: Baggio et al. (2013); Baggio et al. (2012); Carod-Artal et al. (2009); Da Silva et al. (2017); Franco et al. (2011); Kummer et al. (2011); Maia et al. (2013); Martinez-Martin et al. (2009) Swarowsky et al. (2017); Santos et al. (2017); Santos et al. (2015); Scalzo et al. (2009) e respectivamente os instrumentos: GABS; FOG-Q; SCOPA-AUT; TUG-ABS; TMS; PFS; BESTest e MiniBESTest; NMSS; PROFILE PD; PASm e LPA; PAS; BBS. O estudo mais antigo desta subcategoria é de Florindo et al. (2004), com o instrumento HAP e os mais atuais são de Tavares et al. (2020) e Perracini et al. (2020) com os instrumentos DEMMI e SPPB. Há quase duas décadas, com exceção dos anos de 2005 e 2007, todos os anos houve uma ou mais publicação sobre esta temática, o que demonstra a relevância e necessidade de aprofundamento e apropriação para os estudiosos e profissionais da gerontologia e geriatria.

Dos 47 instrumentos da subcategoria de inteligência e cognição, pelo menos 28 são destinados a rastreio/triagem/detecção precoce de distúrbios cognitivos e processos demenciais, buscando de uma forma rápida e com baixo custo identificar transtornos mentais e cognitivos como Demência, Comprometimento Cognitivo Leve, Doença de Alzheimer, Doença de Parkinson, entre outros. Estes instrumentos se diferenciam em vários aspectos, como tipo de pergunta, tipo de resposta, quantidade de itens, tempo de aplicação, pontuação, sensibilidade e especificidade para a população designada. Serão comentados aqui, os instrumentos com pelo menos dois ou mais estudos capturados para esta análise, não necessariamente os mais relevantes e/ou adequados para avaliação da variável latente em questão. Sendo assim, antes da escolha para utilização, quando necessário avaliar algum aspecto de inteligência e/ou cognição, sugere-se ao aplicador, uma leitura completa das referências destes instrumentos. O MMSE é sem dúvida o instrumento mais utilizado para fins de rastreio cognitivo, mencionado em literatura nacional e internacional. Nesta análise, foi alvo de cinco estudos, entretanto, está presente em pelo menos outros 86 dos 237 estudos, seja como parte dos critérios de elegibilidade ou para composição das variáveis analisadas. Os estudos aqui contemplados sobre o MEEM, se dedicaram a gerar evidências de validade do instrumento e estabelecer pontos de corte adequados para as amostras em questão. Dos cinco estudos, três consideraram idosos, com idade a partir de 60 e outros dois, com idade a partir de 65 anos. Outro instrumento para rastreio cognitivo, alvo de quatro estudos aqui considerados, foi o MoCA. A grande diferença relatada entre este e o MMSE, é que o MoCA parece ter mais precisão para identificar Comprometimento Cognitivo Leve. O estudo com maior amostra contou com 229 idosos, a partir de 65 anos (Pinto et al., 2019), já o estudo com menor amostra, contou com 79 indivíduos, adultos e idosos, de 28 a 81 anos, sendo o único que contemplou outros indivíduos além de idosos (Sobreira et al., 2015).

O teste GHQ-12, foi capturado por meio de três estudos do mesmo autor principal, todos fazem parte do projeto Bambuí Health Aging Study (BHAS), um estudo longitudinal de base populacional de idosos, realizado na cidade de Bambuí-MG, com linha de base de coorte em 1997. Este instrumento é utilizado para triagem de transtornos mentais, sendo que os estudos aqui contemplados, se dedicaram a analisar evidências de validade e confiabilidade do instrumento em questão. O CDT ganha destaque por ser alvo de três estudos desta análise. Também utilizado para rastreio cognitivo, as evidências de validade reunidas nestes estudos tratam das evidências de validade de conteúdo (tradução e adaptação) e estrutura interna., estes estudos foram realizados exclusivamente com idosos, sendo o estudo de Cecato et al. (2012) o mais recente e com maior quantidade amostral 426).

Também presente em três estudos contemplados nesta análise, o ACE, seja a versão ACE-R ou M-ACE, geralmente tem sido utilizado para rastreio cognitivo de Demência e Comprometimento Cognitivo Leve em indivíduos/idosos com outros distúrbios, como Doença de Parkinson ou Doença de Alzheimer. Os estudos aqui capturados, contaram com amostras de adultos e idosos ou exclusivamente idosos, reunindo evidências de validade e confiabilidade.

O IQCODE e suas versões, foram analisados em dois estudos aqui contemplados e seu diferencial está ligado à sua aplicação, este instrumento é utilizado para triagem/rastreio cognitivo por meio de um informante/cuidador. Ambos os estudos foram realizados exclusivamente com idosos, reunindo evidências de validade. O CDR tem o objetivo de classificar as funções cognitivas dos idosos, assim como o IQCODE, também é um instrumento onde as repostas são coletadas de familiares, cuidadores ou outros que convivem diariamente com o idoso. Os estudos sobre este instrumento, aqui capturados, reuniram evidências de validade e confiabilidade, com amostras compostas de adultos e idosos. Por fim, o CASI-S foi analisado em dois estudos aqui capturados, reunindo evidências de validade e confiabilidade. Este instrumento tem por objetivo o rastreio e a classificação de demência, sendo estudado em amostras de adultos e idosos, com diagnóstico de Doença de Alzheimer e Demência, a amplitude de idade relatada variou entre 40 a 88 anos.

Na subcategoria saúde, bem-estar e qualidade de vida estão reunidos 74 instrumentos, destes, 15 (CASP-19; CS; EQoLI; LHFQ, NHP; PDQ-39; QOL(AD); SarQol; SF-12v2; SF-36; SWA-QOL; UQOL; VITOR QLSE; WHOQOL(BREF/OLD);WHQ) são dedicados a avaliar “qualidade de vida”, sendo nove destinados a adultos e idosos no geral (CASP-19; CS; NHP; PDQ-39; QOL; SF-12v2; SF-36; SWA; UQOL) e outros dez, são dedicados a avaliar qualidade de vida em populações específicas como, indivíduos com Doença de Parkinson e hemiplegia (NHP; PDQ-39; SWA-QOL; SCOPA-PS), indivíduos com Doença de Alzheimer (QOL(AD)), mulheres/idosas na peri/menopausa e/ou climatério (CS; UQOL; WHQ), idosos com insuficiência cardíaca (LHFQ) e idosos com sarcopenia (SarQol). O instrumento mais conhecido e utilizado para esta variável é o WHOQOL, analisado em oito estudos desta análise, apresentado em duas versões, WHOQOL-BREF e WHOQOL-OLD, reúne diferentes tipos de evidências de validade, como estudos de pontos de corte mais adequado, a depender da população analisada. Todos os estudos foram realizados com amostras exclusiva de idosos, com amplitude de idade relatada de 60 a 91 anos.

Além do WHOQOL, outro instrumento que se mostrou alvo de interesse dos pesquisadores, foi o SF-36, contemplado em quatro estudos, sendo um deles com uma versão mais curta ainda SF-12v2, se propõem a medir qualidade de vida por meio de diferentes dimensões. Vale destacar o estudo de Laguardia et al. (2011) que contou com uma amostra de 5.255 adultos e idosos, entre 40 e 64 anos e o estudo de Damasio et al. (2015) que contou com uma amostra pertencente a 17 Estados brasileiros.

A dor foi uma variável que se mostrou de grande de interesse dos estudiosos para a população idosa, contemplada nesta análise em 12 instrumentos dos estudos capturados. Os estudos contaram com amostras exclusivamente de idosos, sendo que, os instrumentos PAINAD, PACSLAC, GPM, PLOC-C e IADIC, se propõem a medir dor; PRAP - dor lombar; MFPDI - dor no pé; e BBQ - dor aguda. Os próximos instrumentos, contemplaram também adultos na composição amostral, sendo destinados a medir WBPQ - dor crônica; FABQ-Brazil, PCS, RMDQ - dor na coluna/lombar. Sendo a qualidade de vida uma variável multidimensional, outros instrumentos foram identificados e contemplados nesta subcategoria a fim de apoiar a escolha entre instrumentos mais amplos e/ou específicos, dependendo da necessidade do aplicador. Foram identificados pelo menos outras 46 variáveis latente relacionadas à qualidade de vida, saúde e bem-estar, que dispõem de um instrumento específico para a população/contexto em questão. Logo, é importante ter clareza de qual é a necessidade do aplicador e consultar as referências completas de todos os instrumentos desta subcategoria antes da escolha final.

Em relação aos instrumentos de mensuração à abusos ou maus-tratos aos idosos, foram contemplados neste estudo, três diferentes, sendo: CASE, H-S/EAST e VASS. Todos os estudos em relação a estes instrumentos foram realizados exclusivamente com amostra de idosos, exceto o estudo de Paixão et al. (2007) pois se trata de um estudo metodológico, que contemplou apenas a tradução e adaptação transcultural do instrumento. Nove instrumentos tratam da investigação sobre síndromes geriátricas, ou seja, específicas e/ou típicas da idade, como a fragilidade, sarcopenia, demenciais e a locomotiva. Todos estes estudos foram realizados com amostras exclusivas de idosos. Aliberti et al. (2018), considerou idosos hospitalizados no estudo do instrumento TaGA, já o estudo de Ventura et al. (2001), considerou idosos com diagnóstico de demência, visto o interesse do instrumento SIDAM, destinado a esta característica.

Todos os estudos incluídos para análise, trataram de alguma evidência de validade, sendo que 86,07% (204) relataram um ou mais tipos, dentre elas, construto, conteúdo, face, divergente, convergente e discriminante; 59,92% (142) dos estudos relataram evidências de confiabilidade; 28,27% (67) realizaram tradução e adaptação transcultural; e ainda 2,95% (7) realizaram estudos de ponto de corte adequado à população estudada. Nesse cenário, torna-se relevante outro aspecto, nos dois últimos Standards for Educational and Psychological Testing (1999; 2014) foram estabelecidos novos padrões e exigências para as etapas de validade, em um modelo que estabelece cinco fontes de evidências de validade: Conteúdo, Processo de Resposta, Estrutura Interna, relações com outras variáveis e Consequências do Teste, além disso, estabelece que o processo de evidências de validade é um conceito unitário. Interessante notar que desde 1999, a validade de face não faz parte mais das boas práticas e não há recomendação para sua aplicação, bem como divergente, convergente e discriminante são procedimentos que compõem as evidências de relação com outras variáveis. Ainda mais relevante é o conceito de confiabilidade que diz respeito a garantia de que o instrumento realmente mensura a variável latente a que se destina e de forma precisa. O que não deve ser confundido com as multiplicidades de técnicas de confiabilidade que podem ser aplicadas em vários momentos na busca de evidências. Esses apontamentos tomam vulto por um descolamento das boas práticas psicométricas e suas recomendações e do que se tem praticado (Borsboom, 2006; Kane, 2016; Newton & Shaw, 2014;). Os procedimentos adotados e recomentados na busca de evidências de validade não é um sistema dicotômico (validado ou não-validado) como aponta Zumbo (2007) e nem uma atividade de um tempo único (Sheppard, 1993), pois há necessidade periódica de revisita das propriedades dos instrumentos quanto ao seu contexto de aplicação, população e a cultura atual, o que não foi encontrado em nenhum dos estudos aqui contemplados.

É notável o crescimento das pesquisas/estudos psicométricos contemplando à população idosa, entretanto, a pesquisa nacional ainda precisa ser mais cautelosa e rigorosa metodologicamente, cumprindo todas as etapas recomendadas na literatura de acordo com cada desenho de pesquisa definido, mas principalmente, zelar pela qualidade à quantidade, garantido uma escrita clara, objetiva, passível de compreensão e reprodução, bem como, aplicação do estado da arte contemporâneo das evidências de validade e de forma completa (AERA, APA, & NCME, 2014). Este estudo não teve como objetivo esgotar as alternativas de instrumentos disponíveis para esta população, mas sim, possibilitar uma visão mais ampliada, reunindo em uma única fonte, evidências que possam gerar reflexão e agregar para a pesquisa e a prática de todos os interessados pela temática. Quanto as limitações deste estudo, não foram incluídas buscas manuais ou em literatura cinza de outros instrumentos conhecidos, como recomendado nos manuais para este método de pesquisa.

Referências

Ahmed, T., Vafaei, A., Belanger, E., Phillips, S. P., & Zunzunegui, M.-V. (2016). Bem Sex Role Inventory validation in the international mobility in aging study. Canadian Journal on Aging, 35(3), 348-360. https://doi.org/10.1017/S0714980816000404. [ Links ]

Aliberti, M. J. R., Apolinario, D., Suemoto, C. K., Melo, J. A., Fortes-Filho, S. Q., Saraiva, M. D., Trindade, C. B., Covinsky, K. E., & Jacob-Filho, W. (2018). Targeted Geriatric Assessment for Fast-Paced Healthcare Settings: Development, Validity, and Reliability. Journal of the American Geriatrics Society, 66(4), 748-754. https://doi.org/10.1111/jgs.15303. [ Links ]

Almeida, C. B. L., Félix, R. H., Cendoroglo, M. S., & Santos, F. C. (2017). Pain-induced depression in the elderly: Validation of psychometric properties of the Brazilian version of the "Geriatric Emotional Assessment of Pain" - GEAP-b. Revista da Associação Médica Brasileira, 63(9), 741-746. https://doi.org/10.1590/1806-9282.63.09.741. [ Links ]

Almeida, M. H. M., Spínola, A. W. P., Iwamizu, P. S., Okura, R. I. S., Barroso, L. P., & Lima, A. C. P. (2008). Confiabilidade do Instrumento para Classificação de Idosos quanto à Capacidade para o Autocuidado. Revista de Saúde Pública, 42(2), 317-323. https://doi.org/10.1590/S0034-89102008005000003. [ Links ]

American Educational Research Association, American Psychological Association & National Council on Measurement. (2014). Standards for educational and psychological testing. American Psychological Association. [ Links ]

Alvarenga, M. R. M., Oliveira, M. A. C., & Faccenda, O. (2012). Depressive symptoms in the elderly: analysis of the items of the Geriatric Depression Scale. Acta Paulista de Enfermagem, 25(4), 497-503. https://doi.org/10.1590/S0103-21002012000400003. [ Links ]

Amorim, S. M., & França, L. (2019). Validity Evidence of the Retirement Resources Inventory. The Spanish journal of psychology, 22(23). https://doi.org/10.1017/sjp.2019.23. [ Links ]

Apolinario, D., Brucki, S. M. D., Ferretti, R. E. L., Farfel, J. M., Magaldi, R. M., Busse, A. L., & Jacob-Filho, W. (2013). Estimating premorbid cognitive abilities in low-educated populations. PLoS ONE, 8(3). https://doi.org/10.1371/journal.pone.0060084. [ Links ]

Apóstolo, J. L. A. (2012). Instrumentos para avaliação em geriatria. Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. [ Links ]

Recebido: 18 de Janeiro de 2021; Aceito: 23 de Maio de 2021

Creative Commons License Este é um artigo publicado em acesso aberto sob uma licença Creative Commons