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Psicologia, Saúde & Doenças

versão impressa ISSN 1645-0086

Psic., Saúde & Doenças vol.24 no.1 Lisboa abr. 2023  Epub 30-Jun-2023

https://doi.org/10.15309/23psd240119 

Artigo

Estressores ocupacionais na enfermagem: análise da literatura entre 2008 e 2019

Occupational stressors in nursing: analysis of the literature between 2008 and 2019

1. Universidade Estadual Paulista - UNESP, Departamento de Psicologia, Bauru, São Paulo, Brasil


Resumo

O presente estudo analisou a literatura acerca de estressores ocupacionais na área da enfermagem nas bases de dados eletrônicas PePSIC e SciELO, entre 2008 e 2019. Com base nos critérios de inclusão, 49 artigos foram analisados. Dos resultados, a maioria dos artigos foi publicada em 2016, em português, com maiores frequências nos periódicos Revista Latino-Americana de Enfermagem e Revista da Escola de Enfermagem da USP. Quanto às amostras analisadas nos estudos, a maior parte investigou os estressores em amostras pequenas, com prevalência do gênero feminino, principalmente em adultos jovens e adultos, de trabalhadores de hospitais gerais. Burnout e Qualidade de Vida no Trabalho foram os construtos mais associados aos estressores nos artigos analisados. No que se refere aos instrumentos utilizados para investigar os estressores ocupacionais, a Job Stress Scale, sua versão brasileira (Escala de Estresse no Trabalho), entrevistas e questionários não validados, foram os mais frequentes. Discussões e apontamentos para estudos futuros são feitos ao longo do artigo.

Palavras-Chave: Análise da literatura; Estressores Ocupacionais; Enfermagem

Abstract

The present study analyzed the literature on occupational stressors in the nursing field in the electronic databases PePSIC and SciELO, between 2008 and 2019. Based on the inclusion criteria, 49 articles were analyzed. Of the results, most articles were published in 2016, in Portuguese, with greater frequency in the journals Revista Latino-Americana de Enfermagem and Revista da Escola de Enfermagem da USP. As for the samples analyzed in the studies, most investigated stressors in small samples, with a prevalence of the female gender, mainly in young adults and adults, of general hospital workers. Burnout and Quality of Life at Work were the constructs most associated with stressors in the articles analyzed. With regard to the instruments used to investigate occupational stressors, the Job Stress Scale, its Brazilian version (Stress Scale at Work), interviews and non-validated questionnaires, were the most frequent. Discussions and notes for future studies are made throughout the article.

Keywords: Literature analysis; Occupational stressors; Nursing

Com as constantes transformações na sociedade e as intensas exigências do mercado de trabalho, cada vez mais tem sido exigido dos indivíduos um processo de adaptação (Cardoso et al., 2017). Ao se deparar com dificuldades no gerenciamento dessa adaptação, os mesmos poderão vivenciar situações de conflitos, desequilíbrio emocional e estresse, que podem ser refletidos em seus diversos âmbitos de atuação, como pessoal, familiar e profissional. Uma vez que cada contexto possui características específicas em que o indivíduo tende a responder aos estímulos encontrados a partir do modo como os percebes, suas consequências podem ser positivas ou negativas - nesse último caso, podendo gerar, por exemplo, o estresse (Carvalho et al., 2020).

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (2013) o estresse é considerado uma epidemia global, estando presente na vida de grande parte da população. Pode ser entendido como um estado geral de tensão fisiológica, que mantém relação direta com as demandas do ambiente em que o indivíduo interage. Desses diversos contextos de atuação, Faro e Pereira (2013) afirmaram que o âmbito laboral tem sido caracterizado como a maior fonte de estresse para os adultos.

Embora o termo estresse seja cotidianamente utilizado, há certa confusão conceitual, tanto no senso comum como também na literatura científica, principalmente no que tange às diferenciações entre estresse e estressores (Silva et al., 2018). Para melhor compreensão, o estresse se refere às sensações de fadiga e cansaço (Farias et al., 2019) e caracterizado por uma reação complexa, composta por alterações psicofisiológicas. Tais alterações tendem a ocorrer devido a um processo no qual o indivíduo não apresenta habilidades de enfrentamento frente a estímulos considerados, por ele, estressores. Assim, estressores dizem respeito aos estímulos que podem gerar incômodos nos indivíduos, ou seja, são anteriores ao estresse (Faro & Pereira, 2013).

Quando há um direcionamento para o contexto laboral é possível encontrar na literatura científica termos como estresse ocupacional e estressores ocupacionais. Neste aspecto, o estresse ocasionado pelo trabalho (estresse ocupacional) é visto como um processo que pode acarretar adoecimento, em que o indivíduo se percebe incapaz de enfrentar as demandas desse ambiente (Martinez & Fischer, 2019). Os estressores ocupacionais são descritos como ameaças que, se não enfrentadas, podem desencadear em reações de estresse no indivíduo (Santana et al., 2020).

Para Faro e Pereira (2013), os estressores podem ser divididos em duas categorias. A de macroestressores (situações ou eventos que proporcionam grandiosas mudanças na vida das pessoas, sendo necessária a mobilização em maior escala de esforços para lidar assertivamente e adaptar-se à demanda) e a de microestressores (ocorrências na vida de menor proporção, que requerem certo esforço para o enfrentamento, entre elas, as questões relacionadas ao ambiente laboral por exemplo).

Sobre os estressores laborais, alguns pesquisadores (Garçon et al., 2019) apontaram como os mais frequentes o fato do indivíduo possuir muitas responsabilidades, poucas possibilidades de tomada de decisão e de controle nas atividades realizadas, excesso de trabalho, condições insalubres no local, relacionamentos difíceis e conflituosos, falta de plano de carreira, percepção negativa quanto ao clima organizacional, dificuldades no equilíbrio entre carreira e família, falta de treinamento, bem como orientação e ciclos trabalho-descanso incoerentes com os limites do organismo. Percebe-se que os estressores ocupacionais são diversos, podendo aparecer em maior ou menor frequência de acordo com o tipo de organização, bem como a natureza do trabalho (Carvalho et al., 2019).

É importante destacar que na avaliação dos estressores ocupacionais é necessário considerar as características e a subjetividade de cada trabalhador, o modo como interpretam as situações, além de suas capacidades de interagirem com cada um desses, pois um evento pode ser considerado estressor em um determinado momento (e para alguns trabalhadores), mas não em outros (Santana et al., 2020). Nessa mesma direção, o presente artigo teve como foco a investigação dos estressores ocupacionais no contexto da saúde, mais especificamente na área da enfermagem.

Tal categoria profissional geralmente é vista e documentada pela literatura científica (Ribeiro et al., 2019), como muito propensa a inúmeros estressores, uma vez que está associada a um tipo de trabalho que presta cuidados à saúde e que tem constante contato com os usuários desse sistema, além da própria equipe de saúde. Nessa mesma direção, Santos et al. (2010) investigaram os estressores laborais em equipes de enfermagem e constataram que o tempo reduzido para realizar as tarefas, atender às emergências na unidade, dar assistência aos familiares de pacientes críticos, morte de pacientes, inadequadas condições físicas do ambiente, dupla jornada, falta de autonomia, insatisfação com o trabalho, relacionamentos interpessoais, bem como liderar e supervisionar a equipe de enfermagem, foram os estressores mais frequentes sinalizados por esses profissionais.

Nos estudos de análise da literatura recuperados, há um conjunto de variáveis que são constantemente investigadas, tais como o ano de publicação dos artigos analisados (Azevedo et al., 2017), os periódicos em que os artigos foram publicados (Fernandes et al., 2019; Graça & Zagonel, 2019), informações sobre a autoria das pesquisas (Carvalho et al., 2019; Santos et al., 2010), instrumentos utilizados para a avaliação dos estressores (Moraes & Almeida, 2016; Santana et al., 2017), bem como os principais estressores indicados pelos profissionais da área da saúde (Garçon et al., 2019; Ribeiro et al., 2019; Santos et al., 2019).

Entretanto, outras variáveis são pouco exploradas nesses estudos de revisão, tais como o tamanho e composição amostral, tipo de instituição de saúde em que os dados foram coletados e os construtos associados aos estressores nas pesquisas analisadas. Assim, o objetivo deste artigo foi proporcionar um avanço nos estudos de análise da produção científica brasileira sobre os estressores ocupacionais na área da enfermagem, focando em um período ainda pouco explorado pelos manuscritos já publicados (2008 a 2019). De forma específica, buscou-se explorar variáveis tais como periódicos, ano de publicação, idioma, formação dos autores, tamanho e tipo amostral, composição da equipe de enfermagem (em relação ao gênero), tipo de instituição, construtos associados aos estressores ocupacionais, instrumentos utilizados para a mensuração dos estressores e os termos com maiores frequências encontrados nos resultados dos estudos analisados.

Método

Pesquisa de Artigos

Foram utilizadas duas bases de dados eletrônicas, a Scientific Electronic Library Online e o portal de Periódicos Eletrônicos de Psicologia. A busca pelos artigos foi realizada em 29 de Janeiro de 2020 e utilizou-se sete conjuntos de palavras-chave, as quais deveriam estar contidas no resumo das publicações: “Estresse” e “Enfermagem”; “Estressores” e “Enfermagem”; “Estressores ocupacionais” e “Enfermagem”; “Estresse Ocupacional” e “Enfermagem”; “Estresse Organizacional” e “Enfermagem”; “Estresse no trabalho” e “Enfermagem” e “Estressores no trabalho” e “Enfermagem”. Entretanto, apenas nos conjuntos “Estresse” e “Enfermagem” e “Estressores” e “Enfermagem” foram localizados artigos publicados. Conforme abordado na introdução deste estudo, na literatura há uma confusão conceitual entre “estresse” e “estressores”. Neste sentido, alguns estudos publicados podem ter avaliado estressores, mas estes escritos como “estresse” e vice-versa. Por essa razão, optou-se por considerar os dois termos na busca das publicações a serem analisadas, muito embora foram apenas utilizadas no presente estudo as pesquisas que avaliaram de fato os estressores ocupacionais no contexto da enfermagem.

Os critérios de inclusão foram: a) artigos publicados no período entre 2008 e 2019; b) amostra da pesquisa composta exclusivamente por enfermeiros e/ou técnicos/auxiliares de enfermagem de nacionalidade brasileira; e c) artigos que avaliaram estressores ocupacionais no contexto da enfermagem. Os critérios de exclusão estabelecidos foram: a) duplicidade; b) artigos que não estivessem em português, inglês ou espanhol; c) artigos de outros temas; d) teóricos; e) estar fora do período analisado; f) com amostras que não fossem profissionais da enfermagem; g) acesso indisponível e; h) artigos que não tenham avaliado os estressores ocupacionais. A Figura 1 representa o caminho metodológico empregado, assim como a quantidade de artigos incluídos e excluídos da análise. Cabe destacar, que na Figura 1 estão apresentados apenas os conjuntos de palavras-chave que obtiveram pesquisas científicas.

Figura 1 Procedimentos de busca e total de artigos analisados. 

Pode-se constatar por meio da Figura 1 que inicialmente foram encontrados 198 artigos e, após analisados com base nos critérios de inclusão, 149 foram retirados. A categoria “Amostra não pesquisada”, se referiu aos estudos que não contemplaram exclusivamente amostras de profissionais da área de enfermagem, mas sim estudantes de diversas áreas, docentes ou pacientes. Portanto, esses artigos não foram analisados.

Análise dos artigos

Os 49 artigos que cumpriram os critérios de inclusão foram lidos na íntegra e diversas variáveis foram analisadas em cada: periódico em que foi publicado; idioma; ano de publicação; formação do primeiro autor; tamanho da amostra; prevalência do gênero na amostra; classificação do ciclo vital da amostra; tipo de amostra (enfermeiros, técnicos, auxiliares ou mista - esta última refere-se quando composta por enfermeiros, técnicos e/ou auxiliares de enfermagem); tipo de organização (pública, privada ou terceiro setor); construtos associados aos estressores ocupacionais; instrumentos que avaliaram os estressores ocupacionais e; principais termos que aparecerem nos resultados.

Como referenciais para a descrição e a classificação dos dados em relação ao tamanho da amostra, bem como a faixa etária, foram utilizados Prieto e Muñiz (2000) e Papalia e Feldman (2013), respectivamente. De forma mais específica, Prieto e Muñiz (2000) classificaram as amostras com base no número de participantes, sendo pequena (até 150 participantes), suficiente (de 151 a 300), moderada (301 a 600), grande (de 601 a 1.000) e muito grande (número de participantes superior a 1.000). Papalia e Feldman (2013) classificaram as fases do desenvolvimento humano com base na faixa etária, em período pré-natal (da concepção ao nascimento), primeira infância (período entre o nascimento até 3 anos), segunda infância (de 3 a 5 anos e 11 meses), terceira infância (de 6 a 11 anos e 11 meses), adolescência (de 12 a 20 anos), jovem adulto (de 21 a 40 anos), meia-idade (de 41 a 65 anos) e terceira idade (de 65 anos em diante).

Todos os artigos foram analisados e as informações relacionadas às variáveis de interesse para a presente pesquisa foram tabuladas em um programa estatístico, com exceção da variável “principais termos dos resultados”, pois, para essa análise, foi utilizado um programa que destaca os principais termos encontrados, formando uma nuvem de palavras. Dos demais, foram realizadas análises por meio da estatística descritiva, para investigação no que tange às frequências e porcentagens.

Resultados

A primeira informação averiguada nos 49 artigos foi em relação ao ano de publicação. No período analisado encontrou-se um número médio de 4,08 artigos publicados por ano, e o que apresentou o maior valor de frequência relativa foi 2016 (14,3%), seguido por 2009, 2011 e 2013 (12,2% cada ano). Os dois anos que apresentaram as menores frequências relativas foram 2014 (2%) e 2012 (4,1%). Em relação ao idioma, a maior frequência foi publicada em português (89,8%), seguido por estudos em inglês (8,2%) e espanhol (2%).

Dos periódicos, a Revista Latino-Americana de Enfermagem foi a de maior índice de publicações (18,4%), seguida pela Revista da Escola de Enfermagem da USP (16,3%) e a Revista Texto Contexto Enfermagem (10,2%). Os periódicos Revista Acta Paulista de Enfermagem e Escola Anna Nery Revista de Enfermagem obtiveram um índice de 6,1% cada, enquanto as revistas Saúde Pública e Revista Gaúcha de Enfermagem, 4,1% cada. Os menores índices de publicação, cada um com uma publicação (2%), foram: Revista Estudos de Psicologia, Arquivos Brasileiros de Psicologia, Revista Brasileira Epidemiologia, Revista Brasileira de Enfermagem, Revista de Administração de Empresas - FGV/EAESP, Revista Ciência e Saúde Coletiva, Revista Fisioterapia em Movimento, Revista Psicologia: Ciência e Profissão, Revista Paidéia, Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, Revista Estudos Interdisciplinares em Psicologia, Revista Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar, Revista Psicólogo in Formação, Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool e Drogas, Revista Interinstitucional de Psicologia, Caderno Brasileiro de Terapia Ocupacional e Audiology Communication Research.

Quanto à formação do primeiro autor, a maior parte era composta por profissionais da área da enfermagem (63,3%), seguido por psicólogos (20,4%). Com frequências inferiores, foram também encontrados pesquisadores de outras áreas, tais como: Fisioterapia (8,2%), Odontologia (2%), Administração (2%), Medicina (2%) e Educação Física (2%).

Do tamanho amostral (Prieto & Muñiz, 2000), as maiores frequências relativas foram de amostras pequenas (61,2%), havendo também artigos com amostras suficientes (16,3%), moderadas (16,3%), grandes (4,1%) e muito grande (2%). A composição amostral dos estudos se mostrou variada, tendo maior porcentagem (51%) de amostras mistas (com enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem), seguida por enfermeiros e técnicos (18,4%), auxiliares e técnicos (8,2%), apenas enfermeiros (8,2%), apenas técnicos (2%) e enfermeiros e auxiliares (2%). Em alguns casos (10,2%) os artigos não informaram a composição da amostra. Em relação ao gênero da amostra, a maior frequência foi de profissionais mulheres (83,7%), enquanto o público masculino foi de 2%. Em 14,3% dos estudos não havia essa a informação quanto ao gênero da amostra investigada. As idades variaram entre 21 e acima de 65 anos, porém em quase metade dos estudos (49%) os profissionais apresentaram idades entre 21 e 40 anos (fase adulto-jovem), seguido por 21 e 64 anos (fases adulto-jovem e meia-idade) com 14,3%, 41 e 64 anos (meia-idade) com 12,2% e apenas 2% com mais de 65 anos (terceira idade). Alguns estudos (22,4%) não informaram esse dado (Papalia & Feldman, 2013).

Das instituições de saúde, as maiores frequências de estudos foram com profissionais que atuavam em organizações públicas (69,4%) e os menores índices em instituições privadas (2%) e filantrópicas (2%), havendo também um estudo misto (2%), ou seja, com instituições privadas e públicas. Alguns artigos (24,5%) não forneceram informações sobre o tipo de instituição onde os dados foram coletados.

A próxima variável a ser apresentada no Quadro 1 é sobre os construtos associados aos estressores ocupacionais. As frequências e porcentagens se encontram equivalentes à quantidade de vezes em que cada construto se apresentou por estudo, justificando os valores apresentados (a frequência não equivale ao número total de artigos analisados).

Quadro 1 Representação dos construtos associados aos estressores ocupacionais 

Foi possível verificar que do total de estudos, mais da metade não fizeram associações com os estressores ocupacionais (53,06%). As demais pesquisas associaram em maior frequência os estressores com os construtos Burnout (18,75%), Qualidade de Vida no Trabalho (15,63%), Estratégias de Enfrentamento (12,5%), Depressão (12,5%), Ansiedade (9,38%) e Significado atribuído ao trabalho (6,25%). Outra informação investigada pelo presente estudo, foi a utilização de instrumentos para avaliar os estressores ocupacionais. Os dados encontrados podem ser visualizados no Quadro 2.

Dos instrumentos, os mais utilizados foram a Job Stress Scale (JSS) ou Escala de Estresse no Trabalho (EET) com a maior frequência (38,77%), seguido pelas entrevistas (26,53%) e questionários elaborados pelos autores (18,36%). Em menores frequências relativas foram encontradas, a Effort-Reward Imbalance (ERI) com 6,12%, Escala Bianchi de Stress (EBS) com 4,08%, Job Content Questionnaire (JCQ) com 4,08% e o Inventário de Estresse em Enfermeiros (IEE) com 4,08%.

Quadro 2 Instrumentos utilizados para mensurar os estressores ocupacionais 

A última variável explorada se refere aos principais termos encontrados nos resultados dos 49 artigos. Para essa análise, optou-se pela utilização de um programa que traduz a frequência dos termos que aparecerem nos tamanhos de palavras equivalentes, formando uma “nuvem”. Ou seja, o tamanho das palavras está condicionado à frequência de aparição da mesma nos resultados dos artigos analisados. Cabe destacar, que alguns termos foram retirados (tais como, “de”, “do”, “os”, “as”, “que”, “porque”, “observou-se”, dentre outros). Esses dados podem ser visualizados na Figura 2.

Figura 2 Nuvem de palavras citadas nos resultados dos estudos. 

Das 79 palavras, verificou-se que as com maiores frequências foram “estresse”, “trabalhadores” e “enfermagem”. De certa forma, tais termos se referem aos utilizados para as buscas dos artigos analisados. Entretanto, outros termos podem ser visualizados e que possuem relação com a temática e contexto aqui representados, como, por exemplo, “desgaste”, “saúde”, “depressão”, “qualidade” (de vida), “estratégias” (de enfrentamento), “mulheres”, “ansiedade”, “apoio”, “demanda”, “esforço”, “fadiga”, “insatisfação”, “setor”, “turno”, dentre outros. Essas informações também serão discutidas no tópico a seguir.

Discussão

Estudos de análise da literatura são importantes para se verificar lacunas e avanços em determinadas áreas e objetos de estudos ao longo dos tempos. Investigar os estressores no contexto da enfermagem se tornou relevante na medida em que a maioria dos estudos apontam influência dos mesmos na saúde mental dos profissionais desse contexto (Freitas & Mourão, 2020). Neste estudo, em que foram recuperados 49 artigos que atenderam aos critérios de inclusão, diversas informações podem ser discutidas.

A primeira, com relação ao período das publicações, a maior concentração foi em 2016, porém também é importante destacar que houve oscilações na frequência de publicações ao longo dos anos analisados. Tais achados vão ao encontro das informações levantadas por outros autores nessa temática (Garçon et al., 2019; Moraes & Almeida, 2016). O idioma mais frequente nas publicações foi o português, o que de certa forma, era o esperado, uma vez que as bases de dados utilizadas para a busca possuem muitas revistas brasileiras indexadas (Pepsic, 2020; Scielo, 2020). Além disso, as palavras-chave utilizadas para as buscas também estavam em português, fato esse que direcionou para estudos escritos no idioma.

Os periódicos que mais publicaram sobre os estressores ocupacionais na enfermagem foram a Revista Latino-Americana de Enfermagem e a Revista da Escola de Enfermagem da USP. Essa constatação também foi encontrada em outros estudos de análise da literatura (Fernandes et al., 2019; Graça & Zagonel, 2019). As maiores frequências de publicações foram em revistas específicas de enfermagem, possivelmente pelo fato de as mesmas possuírem como foco o desenvolvimento científico nessa área da saúde, conforme visualizado nos escopos dessas revistas. De forma mais específica, os objetivos apresentados, tanto na Revista Latino-Americana de Enfermagem (2020), como na Revista da Escola de Enfermagem da USP (2020), estão relacionados às contribuições para o avanço do conhecimento científico, dos fundamentos e da prática profissional em enfermagem.

Quanto à formação do primeiro autor, dados aproximados foram encontrados em estudos realizados por Azevedo et al. (2017), Carvalho et al. (2019) e Graça e Zagonel (2019). Acerca desse dado é possível discutir sob duas perspectivas. A primeira, quanto ao elevado número de enfermeiros como autores, pode ter relação com o fato desses profissionais terem interesses por estudos na área e no contexto de atuação da categoria a qual pertencem, assim como, pelo fato de vivenciarem no cotidiano da prática diversos fatores, em geral percebidos como estressores ocupacionais (Santos et al., 2019). Além disso, em grande parte das revistas na área da enfermagem, um dos requisitos exigidos para submissão, é que o primeiro autor seja enfermeiro (a). O segundo ponto, quanto ao número considerável de psicólogos, é possível indagar que, por investigarem temáticas ligadas à saúde mental, assim como o contexto laboral, a área de enfermagem e a investigação dos estressores ocupacionais possam ser de interesse para parte desses estudiosos (Cardoso et al., 2017).

No que tange à composição amostral dos estudos, a maior parte foi composta por amostras classificadas como mistas (sendo auxiliares, técnicos e enfermeiros), pequenas (até 150 participantes), com profissionais da área provenientes de instituições públicas de saúde e com prevalência do gênero feminino. Sobre o tamanho das amostras, dados aproximados foram obtidos por Santana et al. (2017) e Santos et al. (2019).

Acerca da composição das equipes, a investigação de amostras mistas pode ser vista como um importante fator para o conhecimento da realidade de trabalho como um todo desses profissionais, pois além de serem analisadas as atividades profissionais, outras variáveis (como a interação no contexto de atuação) podem ser levadas em consideração (Graça & Zagonel, 2019). O fato de serem amostras pequenas não permite realizar inferências mais amplas sobre os resultados encontrados nas pesquisas, o que pode ser visto com uma limitação sendo que o número de profissionais nessa área de atuação no Brasil é bastante elevado. Segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz (2015) cerca de 1,7 milhão de trabalhadores no Brasil atuam na área da enfermagem. Em relação ao gênero das amostras, os dados apresentados pelo Conselho Federal de Enfermagem (2013) sinalizaram que 85,1% das equipes de enfermagem são compostas por mulheres. Contudo, apesar da quantidade significativa de trabalhadores nessa área, possivelmente a dificuldade de acesso e participação em pesquisas pode explicar a maior frequência de amostras pequenas (Fernandes et al., 2019).

O maior interesse por instituições de saúde públicas pode ser decorrente da grande concentração dos profissionais de enfermagem nesse contexto. Nessa direção, com base no levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (2015), a maior frequência (59,3%) dos profissionais de enfermagem do país atuam em instituições públicas, do restante, 31,8% estão em instituições privadas, 14,6% em filantrópicas e 8,2% em atividades de ensino.

Quanto aos construtos associados aos estressores ocupacionais, constatou-se que em mais da metade dos estudos os autores não fizeram associações com os estressores, conforme também verificado por Ferreira et al. (2017). Nos demais estudos analisados, os autores associaram os estressores ocupacionais com Burnout, Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), Estratégias de Enfrentamento, Depressão, Ansiedade e Significado do trabalho.

Por estarem sob frequente exposição à estímulos estressores, o profissional da enfermagem pode estar mais vulnerável ao estresse ocupacional e ao Burnout, esse último sendo destacado pela literatura na área como o construto que mais se associa ao estresse e estressores nesses profissionais da saúde (Cardoso et al., 2017; Silva et al., 2018). Além do Burnout, os estudos apontam frequentemente em amostras de profissionais da área da saúde associações entre estressores ocupacionais, ansiedade e depressão (Santos et al., 2010), assim como observado no presente estudo.

A QVT tende a ser associada aos estressores ocupacionais nas investigações científicas e são esperadas associações negativas entre os construtos. Para a Organização Mundial da Saúde (1993), a QVT consiste na percepção do indivíduo em relação à sua posição na vida e na atividade profissional, abrangendo o contexto cultural, sistema de valores nos quais ele vive, objetivos, expectativas, padrões e preocupações (Teixeira et al., 2019).

As estratégias de enfrentamento também apareceram com certa frequência como construto associado aos estressores ocupacionais na presente investigação, como também identificado por Azevedo et al. (2017). De forma geral, estratégias de enfrentamento podem ser descritas como o repertório de recursos intencionais, cognitivos e comportamentais, os quais os indivíduos utilizam para se adaptar às demandas internas e externas percebidas (Pereira et al., 2016). Outro construto associado aos estressores ocupacionais nas pesquisas analisadas foi o significado atribuído ao trabalho, o qual se refere à percepção, interpretação e sentimentos relacionados ao ambiente laboral, ou seja, os significados atribuídos ao contexto laboral tendem a influenciar diretamente ao modo em que serão percebidos e enfrentados os estressores ocupacionais (Farias et al., 2019).

Quanto aos instrumentos utilizados para a mensuração dos estressores ocupacionais, identificou-se as maiores frequências na Job Stress Scale (JSS)/Escala do Estresse no Trabalho (EST), entrevistas, questionários elaborados pelos autores, Effort-Reward Imbalance (ERI), Escala Bianchi de Stress (EBS), Job Content Questionnaire (JCQ) e o Inventário de Estresse em Enfermeiros (IEE). Pode-se constatar que tanto na busca apresentada na introdução do presente artigo (Moraes & Almeida, 2016; Santana et al., 2017), quanto nos 49 artigos analisados, que esses instrumentos são utilizados em larga escala para a mensuração dos estressores ocupacionais no contexto da enfermagem.

Os instrumentos anteriormente apresentados também foram citados como os mais frequentes em outros estudos que realizaram análise da literatura sobre estressores ocupacionais em profissionais da enfermagem (Freitas & Mourão, 2020; Moraes & Almeida, 2016; Santana et al., 2017). Sobre o elevado número de pesquisas que utilizaram entrevistas e/ou elaboração de questionários para mensurar os estressores ocupacionais, cabe destacar que apesar desses recursos serem importantes ferramentas de coleta de dados (Rosa & Arnoldi, 2017), a utilização em maior frequência dos mesmos, tende a indicar a escassez de instrumentos validados, capazes de avaliar os estressores ocupacionais inerentes à área da enfermagem, como também observado por Freitas e Mourão (2020).

Por fim, dos principais termos encontrados nos resultados dos artigos, destacaram-se as palavras “estresse”, “trabalhadores” e “enfermagem”, o que era esperado, a considerar um dos critérios de inclusão das buscas (artigos que mensuraram os estressores ocupacionais da enfermagem) sendo este o único objetivo da maioria dos estudos (como exemplo, Carvalho et al., 2020). Os demais termos foram discutidos anteriormente, principalmente no que tange ao contexto de atuação e questões psicossociais atreladas aos trabalhadores da enfermagem.

Nesse sentido, os objetivos estipulados pelo presente trabalho foram cumpridos e os resultados obtidos identificaram algumas informações ainda pouco exploradas nos estudos de análises de literatura sobre estressores na enfermagem publicados até então. Variáveis como faixa etária, gênero, tipo de instituição atuante, dentre outras, foram levantadas e discutidas. Por sua vez, o estudo também apresenta algumas limitações, sendo uma delas a escolha das bases de dados e as palavras-chave utilizadas, o que limitou basicamente à análise de pesquisas nacionais.

Assim, recomenda-se que sejam realizados estudos que ampliem o número de base de dados e palavras-chave em outros idiomas, visando, inclusive, a comparação de informações contidas nas pesquisas internacionais. Foi observado e discutido acerca da escassez de instrumentos brasileiros que avaliem os estressores ocupacionais, verificando-se a necessidade de desenvolver novas pesquisas que se proponham a construir e validar instrumentos sobre tal temática e público, o que pode estar relacionado com as elevadas frequências do uso de questionários e entrevistas pelos autores. A partir de instrumentos específicos para a identificação dos estressores ocupacionais na enfermagem, é possível mensurar as variáveis e ter parâmetros de modo a intervir assertivamente neste contexto. É imprescindível que sejam repensadas as políticas públicas em termos de saúde do trabalhador da enfermagem hospitalar, por meio das quais sejam estabelecidas estratégias e programas preventivos, tanto na esfera fisiológica, quanto na emocional e psicológica, haja vista a ampla variedade de estressores ocupacionais encontrados por esses profissionais. Ademais, ações diretivas e humanizadas frequentes por parte das equipes gestoras, como por exemplo, fornecer acolhimento aos trabalhadores, realizar pesquisas de clima organizacional e avaliações de desempenho, garantir o número de profissionais compatíveis à demanda, adequar as cargas horárias (ciclo trabalho-descanso coerentes), melhorar a remuneração, estruturar planos de carreira, oferecer palestras psicoeducativas, capacitações e treinamentos, por exemplo, poderiam proporcionar maior atribuição de sentido às atividades desempenhadas, bem como, maior sensação de valorização e bem-estar pelos trabalhadores da enfermagem, refletindo positivamente na forma como os estes percebem e enfrentam os estressores ocupacionais.

Contribuição dos autores

Jhenifer Dias: Concetualização; Curadoria dos dados; Análise formal; Investigação; Metodologia; Redação do rascunho original; Redação - revisão e edição.

Hugo Cardoso: Concetualização; Curadoria dos dados; Análise formal; Investigação; Metodologia; Redação do rascunho original; Redação - revisão e edição.

Referências

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Recebido: 27 de Janeiro de 2021; Aceito: 15 de Junho de 2023

Autor de Correspondência: Hugo Cardoso (hugo.cardoso@unesp.br)

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