SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.8 número3Respostas eletromiográficas induzidas pelo isolamento e pela imersão sobre os eletrodos de superfície.A efetividade da lista de checagem do teste ABC do movimento índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Revista Portuguesa de Ciências do Desporto

versão impressa ISSN 1645-0523

Rev. Port. Cien. Desp. v.8 n.3 Porto dez. 2008

 

Estrutura de prática e liberdade de escolha na aprendizagem de habilidades motoras

 

Cinthya Walter1

Flavio Henrique Bastos1

Ulysses Okada Araujo1

Jane A. .O Silva1,2

Umberto Cesar Corrêa1

1Laboratório de Comportamento Motor, Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil

2Universidade do Vale do Sapucaí, Pouso Alegre, Minas Gerais, Brasil.

 

RESUMO

O objectivo do estudo foi investigar os efeitos de estruturas de prática com diferentes níveis de liberdade de escolha na aprendizagem de habilidades motoras. Realizou-se um experimento constituído de duas fases: estabilização e adaptação. Na fase de estabilização, as 120 crianças participantes foram distribuídas em seis grupos formados pela associação entre as estruturas de prática constante e constante-aleatória e diferentes tipos de liberdade de escolha -da sequencia ou de alguns componentes para formar uma sequência. Na fase de adaptação, os aprendizes foram testados em sua capacidade de se adaptar a uma modificação perceptivo-efetora da tarefa. O grupo que realizou a prática constante com liberdade na escolha de alguns componentes para formar a sequência foi mais preciso com relação ao erro absoluto do que os demais grupos, um dos mais precisos com relação ao erro constante e esteve entre os grupos mais consistentes (erro variável) na fase de adaptação. Esses resultados indicam que a estrutura de prática constante com liberdade na escolha dos componentes permitiu melhor adaptação à nova tarefa.

Palavras-chave: Estrutura de prática, liberdade de escolha, aprendizagem motora, processo adaptativo

 

ABSTRACT

Practice schedule and freedom of choice in motor skill learning

The purpose of this study was to investigate the effects of practice schedules with different levels of freedom of choice on learning of motor skills. One experiment was carried out, consisting of two phases: stabilization and adaptation. In the stabilization phase 120 children were assigned into six groups formed by the association between constant and constant-random practice schedules and different kinds of freedom of choice -of the sequence or of some components to form a sequence. In the adaptation phase, the learners were tested on their capacity to adapt to a perceptual-motor task modification. The group that performed in a constant practice schedule with freedom in choice of some components was more accurate than the other groups regarding absolute error, it was one of the most accurate regarding constant error, and it was among the most consistent groups (variable error) in the adaptation phase. These results indicate that constant practice schedule with freedom in choice of components to form the sequence allowed better adaptation to the new task.

Key-words: Practice schedule, freedom of choice, motor learning, adaptive process

 

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text only available in PDF format.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Barros JAC (2006). Estrutura de prática e processo adaptativo em aprendizagem motora: efeitos da especificidade da tarefa. Dissertação (Mestrado) – Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo, São Paulo.         [ Links ]

2. Bastos FH (2007). Efeito do grau de liberdade na escolha da resposta no processo adaptativo em aprendizagem motora. Dissertação (Mestrado) – Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo, São Paulo.

3. Bund A, Wiemeyer J (2004). Self-controlled learning of a complex motor skill: Effects of the learner‘s preferences on performance and self-efficacy. J Hum Mov Studies, 47: 215-236.

4. Chiviacowsky S, Wulf G (2002). Self-controlled feedback: does it enhance learning because performers get feedback when they need it? Res Q Exerc Sport, 73 (4): 408-415.

5. Choshi K (2000) Aprendizagem motora como um problema mal-definido. Rev Paul Educ Fís, supl. 3: 16-23.

6. Corrêa UC (2001). Estrutura de prática e o processo adaptativo na aquisição de habilidades motoras. Tese (Doutorado) – Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo, São Paulo.

7. Corrêa UC, Barros JAC, Gonçalves LA, Massigli M, Souza Jr OP (2004). Constant-random practice and adaptive process in motor learning: effect of different quantities of constant practice on motor skill acquisition. J Sport Exerc Psychol 26: S59.

8. Corrêa UC, Benda RN, Meira Júnior CM, TANI G (2003). Practice schedule and adaptative process in the acquisition of a manual force control task. J Hum Mov Studies 44: 121-138.

9. Corrêa UC, Benda RN, TANI G (2001). Estrutura de prática e o processo adaptativo na aquisição do arremesso de dardo de salão. Rev Bras Cienc Esporte 22 (2) 69-83.

10. Corrêa UC, Gonçalves LA, Barros JAC, Massigli M (2006). Prática constante-aleatória e aprendizagem motora: efeitos da quantidade de prática constante e da manipulação de exigências da tarefa. Brazilian Journal of Motor Behavior 1: 41-52.

11. Corrêa UC, Massigli M, Gonçalves LA, Barros JAC (no prelo). Constant-random practice and adaptive process in motor learning: effects of different amounts of constant practice. J Hum Mov Studies.

12.Corrêa UC, TANI G (2004). Aparelho de timing coincidente em tarefas complexas. PI n° 0.4.04.433-4 de 03/08/2004. Revista da Propriedade Industrial – RPI 1763: 178.

13. Corrêa UC, TANI G (2005). Estrutura de prática e processo adaptativo em aprendizagem motora: por uma nova abordagem da prática. In: TANI, G. (Ed). Comportamento motor: aprendizagem e desenvolvimento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p.141-161.

14.Gimenez R, Manoel EJ (2005). Comportamento Motor e deficiência: considerações para pesquisa e intervenção. In: TANI, G. (Ed). Comportamento motor: aprendizagem e desenvolvimento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p.314-327.

15.Green SB, Salkind NJ, Akey TM (2000). Using SPSS for Windows: analyzing and understanding data. 2 ed. New Jersey: Prentice Hall.

16. Janelle CM, Barba DA, Frehlich SG, Tennant LK, Cauraugh JH (1997). Maximizing performance feedback effectiveness through videotape replay and a self-controlled learning environment. Res Q Exerc Sport 68 (4): 269-279.

17.Janelle CM, Kim J, Singer RN (1995). Subject-controlled performance feedback and learning of a closed motor skill. Perc Mot Skills 81 (2): 627-634.

18.Koestler A (1967). The ghost in the machine. London: Hutchinson.

19.Levin J, Fox JA (2004). Estatística para ciências humanas. 9 ed. São Paulo: Prentice Hall.

20.Manoel E de J, Connolly KJ (1995). Variability and the development of skilled actions. Int J Psychophysiol 19: 129-147.

21.Pestana MH, Gageiro JN (2005). A análise de dados para ciências sociais: a complementaridade do SPSS. 4 ed. Lisboa: Edições Sílabo.

22.Siegel S, Castellan NJ (1988). Nonparametrics statistics. 2 ed. New York: Mc Graw-Hill Int.

23.Tani G (1982). Processo adaptativo na aprendizagem de uma habilidade perceptivo-motora. Tese (Doutorado) – Universidade de Hiroshima, Hiroshima (Resumo).

24.Tani G (1989).Variabilidade de resposta e o processo adaptativo em aprendizagem motora. Tese (Livre Docência) – Escola de Educação Física, Universidade de São Paulo, São Paulo.

25.Tani G (1995). Hierarchical organization of human motor behaviour. Sheffield, University of Sheffield. (Unpublished Technical Report).

26.Tani G (1998). Liberdade e restrição do movimento no desenvolvimento motor da criança. In: KREBS, R.J.; COPETTI, F. & BELTRAME, T.S. (Orgs). Discutindo o desenvolvimento infantil. Santa Maria: Palloti, p.39-62.

27.Tani G (1999). Criança e movimento: o conceito de prática na aquisição de habilidades motoras. In: KREBS, R.J.; COPETTI, F.; BELTRAME, T.S. & USTRA, M. (Orgs). Perspectivas para o desenvolvimento infantil. Santa Maria: Edições SIEC, p.57-64.

28.Tani G (2000). Processo adaptativo em aprendizagem motora: o papel da variabilidade. Rev Paul Educ Fís supl. 3: 55-61.

29.Tani G (2005). Processo adaptativo: uma concepção de aprendizagem motora além da estabilização. In: TANI, G. (Ed). Comportamento motor: aprendizagem e desenvolvimento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,. p.60-70.

30.Tani G, Bastos FC, Castro IJ, Jesus JF, Sacay RC, Passos SCE (1992) Variabilidade de resposta e processo adaptativo em aprendizagem motora. Rev Paul Educ Fís 6 (1): 16-25.

31.Titzer R, Shea JB, ROMACK J (1993) The effect of learner control on the acquisition and retention of a motor task. J Sport Exerc Psychol,15: S84.

32.Vincent WJ (1999). Statistics in Kinesiology. 2 ed. Champaign: Human Kinetics.

33.Wu W, Magill R (2004) To dictate or not: the exploration of a self-regulated practice schedule. J Sport Exerc Psychol 26: S202.

34.Wulf G, Raupach M, Pfeiffer F (2005). Self-controlled observational practice enhances learning. Res Q Exerc Sport 76: 107-111.

35.Wulf G, Toole T (1999). Physical assistance devices in complex motor skill learning: benefits of a self-controlled practice schedule. Res Q Exerc Sport 70 (3): 265-272.

 

 

CORRESPONDÊNCIA

Cinthya Walter

Av. Prof. Mello Moraes, nº 65

CEP: 05508-900 - São Paulo - SP - BRASIL

E-mail: cinthyaw@usp.br