Editorial

O presente número da RPBG é aquele que maior equilíbrio apresenta entre as contribuições de autores brasileiros e autores portugueses.

Com efeito, talvez pela história da própria revista (que nasceu como Revista Portuguesa de Gestão) a participação dos colegas brasileiros tem sido até agora menos expressiva no conjunto dos textos editados.

Felizmente, a submissão de artigos provenientes do Brasil tem crescido nos últimos meses, o que nos leva a acreditar que o título da Revista – Portuguesa e Brasileira – de Gestão está finalmente consolidado.

Para além desta maior contribuição brasileira, é curioso realçar que os textos provenientes de cada um dos países têm características bastante diferenciadas.

Os artigos dos autores portugueses são normalmente mais especializados e com pendor mais quantitativo enquanto os autores brasileiros cobrem temáticas mais diversificadas e os artigos revestem-se frequentemente de um carácter mais generalista.

Estaremos perante uma cultura académica diferente nos dois países, ou este será apenas um fenómeno conjuntural?

Veremos nos próximos números se esta tendência se mantém.

Perspectivas brasileiras ou portuguesas, mais focadas, ou mais generalistas, esta edição da Revista apresenta contribuições muito interessantes para que tenhamos uma maior compreensão da realidade económica e empresarial dos nossos dois países. Num mundo em que as verdades universais de ontem são a cada momento menos verdades e menos universais, só um constante estudo empírico do nosso tecido empresarial nos permitirá realizar uma gestão mais ajustada às nossas especificidades culturais e económicas.

A RPBG assume-se como o espaço privilegiado de divulgação dessas experiências .