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Revista de Gestão dos Países de Língua Portuguesa

Print version ISSN 1645-4464

Rev. Portuguesa e Brasileira de Gestão vol.9 no.4 Lisboa Oct. 2010

 

Editorial

 

O presente número da RPBG cobre um leque diversificado de temas, que vão desde o empreendedorismo universitário ao marketing viral e publicidade para crianças, passando pelos modelos de governança e ainda pelo difícil equilíbrio entre a vida de trabalho e a vida familiar.

Este último aspecto ganha actualmente maior relevância dado o peso crescente das mulheres em posições técnicas e de liderança no mercado de trabalho.

Estamos certos de que a actualidade e diversidade de temáticas tratadas constituirão um bom motivo de interesse para os nossos leitores.

Destacamos aqui o artigo sobre o empreendedorismo uma vez que foca um público particular – os estudantes universitários – segmento que tem vindo a ganhar importância face aos empreendedores tradicionais.

A necessidade crescente de inovação e de conhecimento que os novos negócios exigem, aliada à quebra acentuada do trabalho por contra de outrem, estará na raiz deste forte interesse das universidades pelo empreendedorismo.

De facto, serão poucas as universidades que não contemplam hoje nos seus curricula, disciplinas de empreendedorismo, ou que não possuem actividades de incubação de negócios.

É uma mudança enorme e recente na tradição universitária, que exige sobretudo mudança de atitudes de professores e alunos, indo muito para além simples existência das disciplinas de empreendedorismo e das actividades de incubação.

Trata-se de desenvolver nos estudantes, espírito de autonomia e de responsabilidade, pensamento crítico, aceitação do risco, capacidade de liderança e competências relacionais, entre outras, que normalmente não faziam parte das preocupações de curricula das universidades.

Enfim, a universidade deve criar um ambiente de ensino e aprendizagem que reforce as características psicológicas dos indivíduos propensos a actividades empreendedoras.

Um outro aspecto que gostaríamos de salientar é a relevância do estudo dos perfis do empreendedor para os modelos de análise de risco da banca ou das empresas de capital de risco.

Estes modelos cingem-se normalmente aos aspectos técnicos e financeiros do negócio descurando muitas vezes a figura do empreendedor. É certo que não existem ainda estudos muito consistentes que possibilitem a predição de sucesso a partir do perfil do empreendedor, mas sabemos já o suficiente para não menosprezar estes factores. As universidades têm aqui um vasto campo para investigação aplicando posteriormente este conhecimento quer nos modelos de risco quer no desenho de programas de formação para empreendedores.

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