Dez anos de uma parceria estratégica

 

Luís Antero Reto¹ e Bianor Scelza Cavalcanti ²

¹Diretor em Portugal, luis.reto@iscte.pt

²Diretor no Brasil, bianor@fgv.br

 

Completam-se, neste ano de 2012, dez anos de um projeto editorial relativamente temerário dado que nada do género tinha sido tentado antes entre instituições universitárias de Portugal e Brasil. Projetos, são isso mesmo, uns resultam e outros não. Neste caso, decorridos dez anos, as relações entre o ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa e a Fundação Getúlio Vargas passaram largamente da fase de projeto para se transformarem numa parceria consolidada dado o empenho das direções das duas instituições envolvidas.

A Revista Portuguesa e Brasileira de Gestão é um dos produtos desta parceria estratégica, sendo demonstrativa da Ciência que se faz em língua portuguesa. É este o caminho que se torna necessário reforçar dado que uma língua só poderá ter aspirações a uma afirmação global se for também uma língua do conhecimento. A nossa comunidade linguística é hoje uma das mais importantes a nível global (4.º lugar como língua materna e 6.º lugar em número de falantes)^[1];. Chegou por isso a hora de transformar este património num tempo e num instrumento de afirmação dos países que integram a C.P.L.P., reforçando as relações entre as instituições universitárias da comunidade lusófona.

Este número especial da Revista Portuguesa e Brasileira de Gestão não é propriamente um Best Off, mas antes uma seleção que, respeitando embora a escolha de um artigo por cada ano de edição, tem em conta não só a qualidade dos artigos publicados, mas também a sua diversidade temática e o equilíbrio entre autores brasileiros e portugueses.

Para além destes critérios, decidimos também oferecer aos nossos leitores um artigo inédito sobre as relações económicas entre Portugal e o Brasil, num ano em que se iniciam as comemorações do ano Portugal-Brasil. É uma feliz coincidência que comemoraremos com duas conferências, uma em Lisboa, no ISCTE-IUL, já este mês de setembro, e outra no Rio de Janeiro, na FGV, no ano de 2013.

A Revista alcançou entretanto a classificação B1 no Ranking da CAPES e pensamos que está ao nosso alcance nos próximos tempos atingirmos a classificação A, tornando assim mais atrativa a publicação de artigos de qualidade das nossas comunidades académicas.

Este será um dos objetivos que nos propomos atingir nesta nova etapa da nossa existência. Aqui fica o desafio à nossa comunidade universitária e empresarial.

No próximo número contamos apresentar aos nossos leitores algumas iniciativas que poderão ajudar-nos a alcançar o objetivo de alcançarmos uma classificação cimeira no Ranking da CAPES.

Dos nossos leitores esperamos continuar a manter a confiança que nos propiciaram ao longo destes dez anos de edição ininterrupta. Da nossa parte acolheremos todas as sugestões que nos permitam um aumento significativo da qualidade de cada edição. Este é nosso desejo e também o nosso compromisso.

A afirmação económica da nossa comunidade linguística torna esta ambição não só possível, transformando-a também numa obrigação que desde já assumimos.

 

Notas

^[1] Reto, Luís (Coordenação) 2012 - O Potencial Económico da Língua Portuguesa Ed. Leya, Lisboa.         [ Links ]