EDITORIAL

Depois de um número temático excecional, sobre o Marketing Social, regressamos ao padrão normal da nossa revista, cujo foco central é o estudo das práticas de gestão nos países de língua portuguesa. A este propósito, os artigos que publicamos são particularmente enriquecedores, dado que todos eles são baseados em dados empíricos e numa ótica de investigação aplicada sobre as empresas portuguesas e brasileiras. Nos artigos sobre a realidade brasileira destaca-se, num caso, a importância de utilizar metodologias analíticas para priorizar a implementação de tecnologias de informação. No outro, a correlação entre a maturidade da gestão estratégica empresarial e a orientação para processos de negócio. Quanto aos artigos sobre as empresas portuguesas eles investigam dois temas particularmente relevantes e atuais. Um deles, estuda um sector e uma realidade empresarial de particular importância para Portugal: o sector do Turismo e as empresas familiares. De facto, esse sector de atividade e este tipo de empresas, constituem a maior parte do tecido empresarial do nosso país. O segundo, trata de um tema cada vez mais em voga nas nossas sociedades modernas – a igualdade de tratamento entre homens e mulheres no universo das funções de gestão e liderança. No caso concreto, não se trata tanto de investigar temas genéricos sobre a igualdade de género, mas sim, as diferenças entre homens e mulheres na utilização da informação contabilística como ferramenta de tomada de decisão na gestão das empresas. Haverá, de facto, diferenças, entre homens e mulheres quando assumem responsabilidade de gerir empresas e, particularmente, no modo como processam informação e tomam decisões? É uma questão que continua em aberto e a necessitar de muito mais evidência empírica para poder ter uma resposta definitiva.