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Relações Internacionais (R:I)

versão impressa ISSN 1645-9199

Relações Internacionais  no.75 Lisboa set. 2022  Epub 30-Set-2022

https://doi.org/10.23906/ri2022.75a01 

As migrações europeias numa nova era

Nota introdutória: As migrações europeias numa nova era

Teresa Ferreira Rodrigues1 

1 IPRI-NOVA, Rua de D. Estefânia, 195, 5.º Dt.º, 1000-155 Lisboa, Portugal, trodrigues@fcsh.unl.pt


Este dossiê que agora se publica na revista R:I propõe-se responder a algumas das inquietações suscitadas pelo processo de globalização dos fenómenos migratórios, num contexto de ajustamento à mudança global em curso, a nível político, económico e social. Fá-lo a uma escala global, embora mantendo o foco de análise na realidade europeia e no que respeita ao caso português. Analisar o presente e identificar os fatores que podem ser cruciais e portadores de estabilidade ou mudança é um passo fundamental para saber otimizar recursos e fazer opções estratégicas e sustentáveis para o futuro, nomeadamente no que respeita a Portugal e ao seu lugar no contexto de aparente desordem em que vivemos. A pandemia mais não fez do que acelerar algumas tendências de mudança que se perfilavam no horizonte do sistema internacional e, com ela e após ela, passamos do mundo VUCA1 ao mundo BANI2.

O mundo deixou de ter contornos definidos. No nosso mundo BANI, conhecer as populações e as suas dinâmicas continua a revelar-se uma vantagem porque, mau grado a volatilidade e rapidez de transformação da realidade com que lidamos, esse conhecimento garante alguma segurança no apoio à tomada de decisão, potenciada pelo fator de inércia que caracteriza os comportamentos coletivos3. Uma espécie de destino, de que falava Auguste Comte. Só as migrações escapam a esta lógica de previsibilidade, dada a interferência de um conjunto de múltiplos fatores exógenos, que condicionam e determinam volumes, tendências e rotas migratórias: desde os efeitos palpáveis das alterações climáticas à sucessão de eventos geopolíticos, aos entendimentos e acordos políticos entre Estados e organizações internacionais, às perceções sociais e identitárias dos cidadãos das sociedades de acolhimento, aos desafios do mercado de trabalho e respetivos equilíbrios, num mundo que se revê nas suas formas e modelos de (re)globalização4.

Com efeito, as migrações estão na ordem do dia e são o aspeto mais imprevisível do comportamento humano5. Vivemos num mundo em movimento, onde um em cada sete indivíduos é migrante, seja com o estatuto de trabalhador não qualificado, seja como refugiado, estudante, profissional altamente qualificado ou outro. Vontade, necessidade e facilidade são três pilares das migrações contemporâneas. Mas a maioria da população continua a residir no país de origem e mais de metade das migrações são internas, de curta distância e trocam zonas rurais por zonas urbanas.

Vivemos num mundo dinâmico, em rede, interligado, de risco, onde coexistem eventos simultâneos, que se interinfluenciam e contradizem. Trata-se de um mundo caracterizado pela rapidez, expansão, aprofundamento e impacto crescente das interligações entre pessoas, mercadorias, capital e informação. Estas características potenciam o fenómeno migratório porque produzem e acentuam a distância entre expetativas e condições reais de vida, facilitadas por acesso a informação rápida e abundante e a novas rotas e formas de mobilidade. Todos os países são hoje em simultâneo recetores e emissores de migrantes, independentemente do seu grau de desenvolvimento económico e humano, e a variedade de causas migratórias aumentou, embora as motivações económicas continuem a prevalecer (figura 1).

Figura 1 Um mundo em movimento: dinâmicas regionais. Fonte: ROSA-LUXEMBURG-STIFTUNG - Atlas of Migration: Facts and Figures about People on the Move. 3.ª edição. 2019. Disponível em: https://www.rosalux.de/fileadmin/rlsuploads/pdfs/sonstpublikationen/atlasofmigration2019web1906141.pdf

As migrações internacionais apresentam-se como uma das principais características do século XXI, a que Castles e Miller chamaram a age of migration6, embora apenas 3,6% da população mundial sejam migrantes internacionais, num total de 281 milhões7, 8. Mudaram as características dessas migrações, hoje diferentes nas suas causas e mais sensíveis e rápidas na reação a mudanças de conjuntura, os perfis (feminização), as classificações (todos os países têm emigrantes e imigrantes e vários tipos de migrantes, laborais, irregulares, clandestinos), as origens e destinos (predominam as migrações sul-sul) e a politização de que são alvo. Aumenta também a complexidade das causas, de que é exemplo o volume crescente de indivíduos obrigados a migrar. As situações no Mediterrâneo e na Ucrânia são um exemplo, mas outros existem. No final de 2021, 89,4 milhões viviam fora do seu local de nascimento, cerca de 39% devido a novos e velhos conflitos, e os restantes 61% a desastres naturais (inundações, secas e sobretudo tempestades tropicais). Ao gerar processos de migração coletiva forçada, as alterações ambientais são uma realidade a monitorizar, porque são multiplicadoras de riscos e ameaças, e catalisadoras potenciais de tensões e conflitos relacionados com processos de insegurança alimentar, luta por acesso a água potável, energia e outros recursos. Deste total, contabilizam-se 59,1 milhões de deslocados internos (IDP, sigla inglesa de internally displaced people), 26,4 milhões de refugiados e 4,1 milhões de requerentes de asilo9.

Numa leitura de carácter mais restrito geograficamente, as migrações forçadas e irregulares intensificaram também as assimetrias entre grupos, etnias e Estados, afetando as regiões alvo ou de trânsito, onde muitos acabam por permanecer anos consecutivos. A cada minuto, 24 pessoas são deslocadas dos locais de residência habitual. Falamos de deslocações maioritariamente de curta distância, mas é possível defender que num contexto de rápidas mudanças (induzidas pelas alterações climáticas e a relativa globalização de conflitualidade) os impactos sobre as migrações aumentem e se alarguem na área de mobilidade.

Mais de 80% das migrações forçadas ocorrem em países com baixos indicadores de desenvolvimento humano e exponenciam ou são exponenciadas por tensões sociais e instabilidade política. Esses são os locais de onde parte a esmagadora maioria dos migrantes irregulares e fazem-no em situações particularmente vulneráveis. O capítulo 6 do World Migration Report 2022, intitulado «Peace and security as drivers of stability, development and safe migration»10, fala mesmo de uma «lotaria de nascimento», que penaliza os que nasceram em locais pobres e instáveis e que, por esse facto, são as principais vítimas do processo difícil de migração, a qual, mesmo quando desejada, tende a fazer-se em moldes inseguros. Também o Sustainable Development Goal 16 foca este tópico, fazendo depender dos Estados a garantia de que às suas populações deve ser garantido o direito à paz, à justiça e a instituições robustas.

Uma certeza, porém: até 2050, cerca de mil milhões de pessoas serão forçadas a deixar as suas casas - 75% devido a grandes crises, 15% devido a efeitos relacionados com as mudanças climáticas (inundações, seca e fome), e os restantes 10% devido a conflitos e receio de violação dos direitos humanos. As próximas décadas serão marcadas pelo aumento incontornável das migrações ambientais, primeiro internas, depois internacionais no contexto sul-sul11, 12.

Simultaneamente, nas duas últimas décadas a articulação entre imigração e segurança tornou-se um assunto prioritário na agenda política internacional, porque implica a gestão de um fenómeno atual, complexo, em crescimento e de evolução incerta. A imigração enquanto problema de segurança é resultado da criação de um novo conjunto de ameaças, no qual se apresenta, ela também, como uma ameaça à liberdade da sociedade e à soberania dos Estados. O sentimento de insegurança após o 11 de Setembro criou condições para o desenvolvimento das teorias de securitização. No entanto, há que ter cuidado com o tratamento dos discursos e práticas neste campo. Vivemos uma era de incerteza e numa fase de reavaliação quanto à evolução futura das migrações e aos riscos a elas eventualmente associados. As consequências serão imensas e colocam-se a vários níveis. A cooperação entre os vários países é essencial para a criação de respostas e mecanismos comuns aos vários Estados, entre os quais figuram políticas de imigração inclusivas e abrangentes, que promovam a integração dos imigrantes e não a sua exclusão, mas sem que tal signifique baixar as defesas contra eventuais agentes de perturbação.

A velha Europa apresenta uma situação peculiar no contexto das dinâmicas de população que, numa ótica de médio prazo, pode gerar vários constrangimentos. Na verdade, o quadro demográfico europeu confronta-se com os desafios associados ao fenómeno de triplo envelhecimento etário da população, a níveis de fecundidade insuficientes para garantir a substituição das gerações, ao equilíbrio populacional dependente das migrações internas e ao facto de a Europa ser historicamente o principal destino da imigração internacional. Em mais de dois terços do território europeu, o número de óbitos excede ou está prestes a exceder o de nascimentos e a dependência face às migrações continua a aumentar. Muitos dos novos reptos da sociedade europeia terão no envelhecimento demográfico e nas migrações o seu pano de fundo estruturante, designadamente nos setores da atividade económica, do mercado de trabalho e do universo de contribuintes.

A União Europeia (UE) não escapa a esta descrição e, embora existam padrões de comportamento tendencialmente semelhantes entre todos os seus Estados-Membros, continuam a existir diferenças significativas em termos migratórios. Em 2018, as migrações foram responsáveis por mais de 86% do aumento dos residentes na UE27. A diversidade de situações é significativa e reflete as histórias nacionais e, sobretudo, o grau de desenvolvimento interno, que lhes garante desigual atratividade migratória e permite colmatar saldos naturais em alguns casos muito negativos (e.g., a Alemanha). A situação portuguesa - tal como a de vários países bálticos (Letónia e Lituânia), do Leste europeu (Roménia e Bulgária) e a Grécia - é das mais preocupantes. Não obstante, a população da UE irá continuar a aumentar até 2025 graças à manutenção de saldos migratórios tendencialmente positivos. Contudo, um terço das NUTS 3 já está a perder residentes e, a existir, o aumento populacional faz-se sobretudo nos escalões com 50 ou mais anos. Até 2030, prevê-se que os cidadãos ativos (15-64 anos) diminuam 21 milhões e o seu envelhecimento provoque uma descida no produto interno bruto estimada entre 1,25 e 2,25% ao ano. A idade média da população continuará a subir (35,2 anos em 1990, 42,8 hoje, em 2030 será até quatro anos mais). Os cenários prospetivos são pouco animadores, prevendo-se até meados do século XXI uma redução constante do peso relativo dos jovens adultos em todo o espaço comunitário13.

A Europa vive numa encruzilhada. Embora a dificuldade em manter o volume de residentes possa ser vista como uma debilidade a vários níveis, nomeadamente geopolítico e económico, a UE27, tal como os demais países europeus, continua a ter uma relação ambígua no que respeita à gestão dos fluxos migratórios. No espaço comunitário predomina a hesitação entre uma abordagem multissetorial e a vontade de consolidar uma política comum, estruturada em torno de quatro eixos principais: 1) o controlo dos fluxos (no sentido de um progressivo endurecimento sobre condições de entrada e permanência); 2) a luta contra a imigração clandestina (reforço das fronteiras territoriais, aposta em ações concertadas de fiscalização dos locais de trabalho…); 3) a consolidação de políticas de integração das comunidades (garantindo aos já instalados condições favoráveis de estabilidade e recuperando os excluídos das redes regulares); e 4) o desenvolvimento de políticas de cooperação internacional (com vista a uniformizar os procedimentos dos países recetores).

Quando passamos para a resposta comunitária às recentes crises humanitárias e ao aumento significativo de entradas de migrantes regulares, refugiados e requerentes de asilo, foi necessário testar num curto período a validade dos procedimentos estabelecidos para fazer face às solicitações e questionar a capacidade de pôr em prática os valores em que se estruturam as políticas comuns comunitárias. Mau grado o corpo legislativo existente, e os meios humanos e tecnológicos para assegurar o seu cumprimento e fiscalizar a sua boa execução, os responsáveis políticos foram colocados numa posição difícil perante os seus eleitores.

A crise migratória vivida nos últimos anos reiterou a ligação entre migrações e terrorismo. A questão é particularmente complexa quando falamos de migrações irregulares, consideradas como uma ameaça para a segurança interna. O receio de que terroristas possam entrar no território europeu utilizando as rotas migratórias foi exponenciado com a crise do Mediterrâneo, sobretudo após a Europol ter confirmado que dois dos terroristas envolvidos nos atentados de Paris entraram pela Grécia com documentos sírios fraudulentos. A pressão nas fronteiras externas da UE e o receio quanto à capacidade de gestão fronteiriça continuam na ordem do dia, nomeadamente na ótica da segurança interna comunitária.

Será que foram atingidos os limites de tolerância nas sociedades europeias? Exemplos desse mal-estar existem. São visíveis no aumento do sentimento anti-imigração e consubstanciados no avanço do populismo e da extrema-direita em toda a Europa, fundados em discursos que associam fluxos significativos a «invasão» e perda de qualidade de vida e identidade nacional.

O artigo de João Estevens fala-nos das recentes abordagens a que tem sido sujeito o debate sobre as migrações no contexto dos estudos de segurança, designadamente o processo de securitização das migrações irregulares. Baseia-se para o efeito na análise crítica das estratégias de segurança nacional de diferentes Estados europeus, concluindo que estas enfermam de diferenças significativas e zonas cinzentas, que variam entre a sobrevalorização de respostas robustas (como o controlo e vigilância fronteiriços) e o foco na intervenção humanitária e nos direitos humanos. O artigo identifica alguns desafios relativos à maior securitização ou dessecuritização das migrações.

Susana Ferreira explicita precisamente o modo como os debates em torno da externalização das fronteiras europeias consciencializaram os responsáveis políticos quanto à necessidade de alterar os regimes fronteiriços vigentes e adequar as infraestruturas existentes à nova realidade, pautada por um estado de exceção, facto que garante legitimidade para alterar as práticas habituais de gestão migratória. A autora recorre ao conceito de «necrofronteira», que surge associado a novas formas de governabilidade do processo migratório por parte da UE.

No artigo seguinte, Ana Rita Gil trata o caso particular da movimentação em massa dos deslocados da Guerra da Ucrânia e discute as soluções encontradas pela UE para responder a esta crise. O recurso à Diretiva de Proteção Temporária, subscrita em 2001, foi inédito, visando garantir que todos os Estados-Membros protegessem da mesma forma os afetados pela guerra. Importa, porém, analisar criticamente esta solução, nomeadamente a razão pela qual não foi adotada em casos anteriores, desde logo os ocorridos em 2015.

Os dois artigos seguintes tratam o caso português. Carolina Strungari e Teresa Ferreira Rodrigues analisam, numa primeira parte, o regime de proteção internacional dos refugiados entre 2010 e 2020 e respetiva aplicabilidade em termos mundiais - como tem sido entendido no espaço europeu e da UE, e em Portugal. Numa segunda parte, as autoras examinam a forma como o enquadramento legislativo da Organização das Nações Unidas e da UE influenciam a adoção de políticas de acolhimento e integração de refugiados em Portugal, identificando as suas fragilidades.

O artigo de Pedro Góis procura explicar como Portugal tira proveito da sua inserção estrutural na interseção entre sistemas migratórios distintos, nomeadamente o europeu (no qual a liberdade de circulação de produtos, serviços e pessoas é a base do potencial de circulação migratória), o lusófono (um sistema feito de cumplicidades culturais, económicas e políticas ainda em consolidação) e ainda o sistema migratório global (em que o país se envolve de forma crescente). Discute ainda o modo como a articulação entre estes sistemas ajuda a contextualizar as migrações de (e para) Portugal, o perfil dos migrantes e a estrutura social da emigração portuguesa e da imigração em Portugal.

Bibliografia

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Notas

1 VUCA é o acrónimo em inglês de «Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade». O U. S. Army War College utilizou esse conceito para explicar o mundo no contexto pós-Guerra Fria nos anos 1990, mas só recentemente começou a ser usado em vários setores, nomeadamente estatais e empresariais.

2BANI é o acrónimo de «Frágil (Brittle), Ansioso, Não-Linear e Incompreensível». O termo foi criado, em 2018, por Jamais Cascio. As sociedades pós-covid são cada vez mais frágeis e expostas a eventos imprevisíveis, fator que potencia sentimentos de ansiedade. Estes eventos não surgem de forma linear, o que torna o planeamento de longo prazo irrelevante, abrindo caminho para a incompreensão e a incerteza. Cf. https://thinkinsights.net/leadership/bani/.

3Sobretudo no que toca às tendências pesadas da natalidade e da mortalidade.

4RODRIGUES, T. - A Demografia Mundial 2050 Foresight Portugal 2030. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2022, vol. 2, Enquadramento Mundial e Europeu, pp. 15-46. Disponível em: https://gulbenkian.pt/forum-futuro/foresight-2030/-volume-02.

5UNITED NATIONS - World Population Prospects 2022: Summary of Results. 2022. Disponível em: https://desapublications.un.org/publications/world-population-prospects-2022-summary-results.

6CASTLES, S.; HAAS, H.; MILLER, M. - The Age of Migration: International Population Movements in the Modern World. 5.ª edição, Nova Iorque, 2014.

7INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR MIGRATION - World Migration Report 2022. Genebra: IOM, 2022. Disponível em: https://publications.iom.int/system/files/pdf/WMR-2022.pdf.

8Num mundo com 3,6% de migrantes internacionais, 3% são-no de forma voluntária, por razões de ordem maioritariamente económica. Apenas 0,6% migra involuntariamente, devido a guerras, perseguição e ausência de direitos humanos. INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR MIGRATION - World Migration Report 2022.

9INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR MIGRATION - World Migration Report 2022.

10Ibidem.

11Ibidem.

12UNITED NATIONS OFFICE ON DRUGS AND CRIME - World Drug Report 2021. Viena: UNODC, 2021. Disponível em: https://www.unodc.org/unodc/en/data-and-analysis/wdr2021.html.

13EUROSTAT - The EU’s Population Projected up to 2100. 2019. Disponível em: https://ec.europa.eu/eurostat/web/products-eurostat-news/-/DDN-20190710-1.[/doc]

Teresa Ferreira Rodrigues Investigadora e membro da direção do IPRI-NOVA, e coordenadora da linha de investigação de Prospetiva e Planeamento Estratégico. Professora associada da NOVA FCSH e professora convidada da NOVA IMS e do Instituto Universitario General Gutiérrez Mellado de Investigación sobre la Paz, la Seguridad y la Defensa (Madrid). Auditora de defesa nacional. Tem coordenado e participado em projetos de investigação com financiamento nacional e estrangeiro e é autora ou coautora de publicações nas áreas das migrações, envelhecimento e saúde, história urbana, análise prospetiva e planeamento e estudos de segurança.

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