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Motricidade

Print version ISSN 1646-107X

Motri. vol.3 no.2 Santa Maria da Feira Apr. 2007

 

Auto-percepções, auto-estima, ansiedade físico-social e imagem corporal - estudo comparativo entre instrutores de fitness e praticantes de actividade física

João Filipe Santos, C Senra, JP Ferreira

 

Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física

Universidade de Coimbra, Coimbra

E-mail: mundohidro_joaosantos@yahoo.com

 

Introdução: o instrutor de fitness é constantemente confrontado, nas suas aulas, com a sua imagem corporal, auto-conceito, auto-estima e com a apreciação da mesma pelo próprio e pela classe. Assim, o modo como o instrutor se auto-percepciona e como este pensa como os outros o percepcionam tem vindo a ser um tema ainda por responder. O propósito de examinar o modo como o Auto-conceito, a Auto-estima e a Imagem Corporal se reflecte na vida profissional do instrutor de fitness poderá, de alguma forma, cooperar na procura dessa resposta.

Objectivo: pretende-se com este estudo avaliar as auto-percepções no domínio físico, a Auto-estima Global e a Imagem Corporal em instrutores de Fitness. Propõe-se ainda analisar no presente estudo a influência de outras variáveis, como por exemplo:

a) Influência das Auto-percepções Físicas no domínio físico, da Auto-estima Global, da Ansiedade Físico-social e da Imagem Corporal em instrutores e praticantes de fitness;

b) Influência do estado civil nas Auto-percepções Físicas no domínio físico, da Auto-estima Global, da Ansiedade Físico-social e da Imagem Corporal em instrutores e praticantes de fitness;

c) Influência do grupo etário nas Auto-percepções Físicas no domínio físico, da Auto-estima Global, da Ansiedade Físico-social e da Imagem Corporal em instrutores e praticantes de fitness;

d) Influência da composição corporal, através do cálculo do IMC, nas Auto-percepções Físicas no domínio físico, da Auto-estima Global, da Ansiedade Físico-social e da Imagem Corporal em instrutores e praticantes de fitness.

Metodologia: a amostra foi constituída por 849 indivíduos, dos quais 486 são instrutores e 363 alunos, com idades compreendidas entre os 18 e os 68 anos, sendo a média de idades e desvio padrão dos instrutores de 28,15 ± 5,98 anos e dos alunos de 29,87 ± 9,63 anos. Os instrumentos de medida utilizados foram: a Escala de Auto-Estima de Rosenberg – Rosenberg Self-Esteem Scale, 1965 – a adaptação efectuada por José Pedro Ferreira (2001), Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra, o Perfil de Auto-percepção Física – Physical Self-Perception Profile, PSPP de Fox e Corbin (1990) – traduzido e adaptado por António Fonseca (FCDEF-UC), Kenneth R. Fox e Maria João Almeida (School of Education da Universidade de Exeter – 1995) e validada por Fonseca e Fox (2002), Ferreira e Fox (2002a, 2003 e 2004); traduzido por António Manuel Fonseca – FCDEF-UP); a Escala de Ansiedade Físico-Social: EAFS – Social Physique Anxiety Scale, Hart et al (1989) – adaptado por Cristina Senra et al. (FCDEF-UC) e Questionário de Imagem Corporal – 20 item Body-Image Questionnaire, Huddy (1993), adaptado por Cristina Senra et al. (FCDEF-UC). No que diz respeito ao tratamento estatístico, utilizámos na estatística descritiva a média, desvio padrão, distribuição de frequências e respectiva percentagem e na estatística inferencial, recorremos à análise da variância através do teste T de Student.

Resultados: em relação às outras variáveis, instrutor/aluno, estado civil e IMC, encontraram-se diferenças estatisticamente significativas para a Auto-Estima Global, as variáveis relativas às Auto-percepções no domínio físico (confiança física, atracção física e força física), as variáveis relativas à Ansiedade Físico-social e a Imagem Corporal.

Discussão: Os resultados obtidos após o tratamento estatístico permitiram-nos concluir que só relativamente à variável grupo etário não se encontrou diferenças estatisticamente significativas para a Auto-Estima Global.

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