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Motricidade

versão impressa ISSN 1646-107X

Motri. v.3 n.4 Santa Maria da Feira out. 2007

 

A Universidade: o seu papel social na prevenção da doença e promoção da saúde

 

A utilização do exercício físico como meio parafomentar o desempenho laboral e diminuir o absentismo laboral está vastamente descrita. Por outro lado, a despesa do estado e iniciativa privada com a saúde é enorme. Alguns dos factores que determinam uma tendência de crescimento exponencial da despesa com cuidadosde saúde são os seguintes:

1.Factores económicos (ex. ciclo vicioso entreaumento dos problemas de saúde dos trabalhadorese aumento subsequente dos prémiosde seguros de doença: inflação geral, aumentodos custos de cuidados de saúde por melhorias tecnológicas);

2.Factores demográficos (ex. aumento do número de mulheres, aumento da idade média dos trabalhadores, aumento do número de imigrantes com deficiências prévias nos cuidadosde saúde);

3. Doenças crónicas (ex. Diabetes, obesidade, etc).

Reparem que dos 3 itens anteriormente mencionados,dois (o primeiro e o terceiro) radicam directamente em hábitos típicos da vida sedentária.

Embora a procura de actividade física por parte da população em geral (nomeadamente da população activa) tenha crescido nas duas últimas décadas (reflectida, por exemplo, na proliferação de Ginásios e Academias bem como no desenvolvimento de Cursos vocacionados para a actividade física de recreação e lazer), poucas serão as entidades patronais que promovem essas actividades de uma forma orientada para a população em geral.

A Universidade Portuguesa, por via das recentes adequações que têm sofrido os cursos mais ligados à actividade física, tem procurado orientar-se para o cumprimento da função social que dá título a este editorial. Com efeito, quer na vertente de formação dos alunos, quer na vertente de investigação tem-se verificado essa tendênciade revisitar o paradigma higienista do Desporto e seus âmbitos de intervenção.

A formação dos alunos, quando cumprida em colaboração próxima com a comunidade envolvente, confere aos futuros profissionais competências acrescidas e presta a essas comunidades um serviço inestimável. Assim, também urge articular continuamente os curricula universitários com as infra-estruturas de trabalho comunitárias, de forma a dar resposta a necessidades da sociedade e dando corpo à comum missão de extensão universitária. Importa que a Universidade faça chegar à comunidade o saber que produz. Mas fazê-lo chegar não sob uma forma erudita ou com orações de sapiência, antesfazendo-o com acções, com intervenções práticas.

O Editor

Victor Machado Reis

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