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Motricidade

versión impresa ISSN 1646-107X

Motri. vol.10 no.3 Vila Real set. 2014

https://doi.org/10.6063/motricidade.10(3).4917 

EDITORIAL

 

Revista Motricidade: da Fundação ao Desafio

 

Journal Motricidade: from Foundation to the Challenge

 

 

Nuno Garrido1,*

1Diretor da Revista Motricidade; Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal

 

A revista Motricidade vai no seu décimo ano de publicação periódica marcado por mais uma edição, o número 3 do volume 10. Lembro-me das primeiras reuniões com o fundador da Fundação Técnica e Científica do Desporto (FTCD), o Doutor Eduardo Leite, ainda a FTCD era um desejo por concretizar. Foi por volta do início do novo século, no ano 2000 ou 2001, que reuníamos com frequência eu, o Doutor Eduardo Leite, o Doutor Victor Reis, o Arquiteto Nuno Pinheiro e o Dr. Henrique Vaz. O projeto era ambicioso e pretendia aproximar a ciência à prática em todos os níveis de intervenção. Algo que se sentia difícil por esses dias. Contudo, a ideia de uma publicação periódica na área das ciências do desporto era algo que se via necessário para servir de base a todos os objetivos da FTCD. A FTCD é criada em Julho de 2002 aparecendo a Motricidade um pouco mais tarde. O corolário desta intenção foi a publicação no volume 5, número 3 de 2009, das atas do 1º congresso do CIDESD (Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano), Performance enhanced by bridging the gap between theory and practice.

Aproximando-se o seu décimo aniversário, a Motricidade passa por uma fase de amadurecimento e sobretudo de afirmação no panorama internacional de publicações peer-review. Este processo de peer-review ou revisão por pares, sendo o eixo do rigor científico, permite que os trabalhos submetidos sejam sufragados por especialistas das áreas levando a que os melhores sejam publicados e que os menos bons sejam ajudados. De facto, este processo tem até algum poder preditivo, onde maiores pontuações por parte dos revisores levam a um maior número de citações do trabalho (Foley, 2013) e quando funciona: i) as declarações e opiniões não são arbitrárias; ii) as experiências e apresentação de dados obedecem a determinadas convenções; iii) os resultados casam com os dados; iv) o mérito prevalece sobre a política; e v) os leitores não têm de ler o que não interessa (Bornmann, 2013).

A Motricidade, fruto do trabalho do seu corpo editorial, tem vindo a crescer ano após ano. Desde o ano de 2009 o número de publicações tem vindo a crescer, tendo terminado o ano de 2013 (42 artigos) sensivelmente igual ao do ano record de 2008 (43 artigos). Acompanhando esta tendência encontramos um aumento no número de citações de todos os anos (linha azul) e citações dos 2 últimos anos (linha amarela) levando esta última ao cálculo do Fator de Impacto (linha verde) de 0.24 em 2013 (ver Figura 1).

 

 

As bases de indexação nas quais a revista Motricidade está atualmente inserida, ISI Web of Knowledge/Scielo Citation Index, Elsevier, SCImago, PsycINFO, IndexCopernicus, Scielo, CABI, Qualis, SPORTDiscus, EBSCO, CINAHL, Proquest, DOAJ, Redalyc, Latindex, Gale/Cengage Learning, SIIC Databases, BVS ePORTUGUESe, SHERPA/RoMEO, OCLC, Hinari/WHO, Swets Information Services, entre outras, não são alheias ao sentido de responsabilidade que mantemos e sobretudo à motivação para encarar o desafio para os próximos anos.

Este desafio é real de duas formas. Por um lado no seu conceito puro e duro, uma vez que o financiamento para a ciência, particularmente em Portugal, tem vindo a diminuir ou é de cada vez mais difícil acesso. Por outro lado, porque a FTCD transferiu a responsabilidade editorial da Motricidade para a Desafio Singular. Não considero um corte do cordão umbilical pois em parte estive na génese da FTCD e da criação da Motricidade. É uma passagem de testemunho, o que quer dizer que somos uma equipa que vai trabalhar no sentido de manter o rigor editorial e aumentar o número de leitores da Motricidade. Contamos com vocês leitores.

Saudações científicas e votos de boa leitura.

 

REFERÊNCIAS

Foley, J. A. (2013). Peer review, citation ratings and other fetishes. Springer Science Reviews, 1(1-2), 5-7. doi:10.1007/s40362-013-0003-x

Bornmann, L. (2013). Evaluations by peer review in science. Springer Science Reviews, 1(1-2), 1-4. doi:10.1007/s40362-012-0002-3

 

 

*Autor correspondente: Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – Dept. Ciências do Desporto, Complexo desportivo - Quinta de Prados, 5000-000 Vila Real, Portugal; E-mail: ndgarrido@gmail.com

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