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Angiologia e Cirurgia Vascular

Print version ISSN 1646-706X

Angiol Cir Vasc vol.16 no.3 Lisboa Sept. 2020

 

EDITORIAL

Impacto da COVID-19 na actividade do serviço de angiologia e cirurgia vascular do CHTS

Impact of COVID-19 on the activity of the angiology and vascular surgery department of the CHTS

João Almeida Pinto1

1 Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular Centro Hospitalar Tâmega e Sousa

Endereço para correspondência | Dirección para correspondencia | Correspondence


 

A adaptação dos Serviços de saúde, nomeadamente dos Hospitais do SNS à nova realidade motivada pela pandemia COVID-19 teve impacto em todos os serviços do Centro Hospitalar Tâmega e Sousa (CHTS) e o Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular (SACV) não foi excepção. Durante os meses de março, abril e maio CHTS alocou áreas específicas, recursos técnicos e humanos no sentido de ser dada uma resposta eficaz a uma “nova” realidade, com gestão praticamente diária e de acordo com a evolução das orientações governamentais e da Direcção Geral da Saúde. O SACV, integrado no Departamento Cirúrgico do CHTS definiu, de acordo com as orientações do Colégio de Especialidade, as situações de tratamento prioritário (isquemias críticas, estenoses carotídeas sintomáticas, amputações urgentes). A gestão foi extremamente dificultada pelo facto de não haver à altura testes de rastreio SARSCoV2 realizados na instituição, demorando cerca de 48h a obter resultados, o que motivou o internamento em “áreas cinzentas” e quando necessária a realização de intervenções sem resultados de rastreio eram utilizados equipamentos de protecção individual adequados a casos confirmadamente positivos. Ao nível da actividade cirúrgica programada normal (a actividade adicional foi suspensa) dos habituais 7 tempos semanais entre sala híbrida (SH), bloco central (BC) e ambulatório foi-nos atribuído um tempo na SH para procedimentos endovasculares e um tempo de BC para cirurgia carotídea e cirurgia arterial directa dos membros inferiores. Relativamente ao número de doentes operados houve uma quebra de cerca de 50% (110 pacientes operados nos período março-maio de 2020 e 211 no período homólogo de 2019). No que diz respeito à consulta externa, adiamos as consultas não prioritárias e privilegiamos a teleconsulta sempre que possível presencial (714 consultas no mesmo período, para 1138 no ano anterior). Os pacientes prioritários nunca deixaram de ter sua consulta presencial.

Os exames de eco-Doppler vascular, maioritariamente efectuados por técnico, ficaram também limitados aos casos prioritários (os referidos anteriormente e ainda as espeitas de TVP no SU). Os elementos do serviço, perante o abrandamento na actividade assistencial referida deram apoio às áreas de internamento “COVID” em regime de rotação com todos os elementos da área cirúrgica. Sempre que possível foram dispensados de permanência no hospital, para diminuir o risco de exposição. 1 elemento esteve em quarentena obrigatória durante uma semana por contacto com caso positivo. A partir de Junho houve uma progressiva retoma da actividade assistencial do serviço (incluindo produção adicional cirúrgica) e em Setembro esta actividade já era comparável com a do ano anterior. Até Outubro de 2020 nenhum dos elementos do serviço foi diagnosticado com a COVID-19.

 

Endereço para correspondência | Dirección para correspondencia | Correspondence

Correio eletrónico: almeidapinto.cvasc@chts.min-saude.pt (J. Pinto).

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