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Angiologia e Cirurgia Vascular

Print version ISSN 1646-706X

Angiol Cir Vasc vol.17 no.4 Lisboa Dec. 2021  Epub Dec 31, 2021

https://doi.org/10.48750/acv.345 

Casos Clínicos

Técnica de double kissing (DK) crush para o tratamento de doença arterial periférica complexa

Double kissing (DK) crush technique for the treatment of complex peripheral disease

Alice Lopes1 

Pedro Amorim1 

João Vieira1 

Pereira Albino1 

1. Hospital Lusíadas Lisboa, Lisboa, Portugal


Resumo

Introdução:

O tratamento de lesões arteriais complexas com oclusões longas e envolvimento da bifurcação das artérias tibiais permanece um desafio técnico na área endovascular que muitas vezes culmina com a escolha de uma alternativa cirúrgica convencional. Dadas as semelhanças de calibre arterial e de material necessário, a adaptação de técnicas utilizadas nas lesões de bifurcações na circulação coronária para o território infra-popliteo tem permitido mudar o paradigma de tratamento.

Material e métodos:

Neste trabalho é apresentado um caso clínico de um doente com doença arterial periférica complexa tratada com a técnica de double kissing (DK) crush.

Caso clínico:

Doente de 74 anos, do sexo masculino, hipertenso e fumador, já previamente submetido a exclusão endovascular de aneurisma da aorta abdominal infra-renal e a safenectomia bilateral da veia grande safena, com diagnóstico de isquémia crónica ameaçadora de membro à esquerda - Rutherford 4. A AngioTC revelou uma oclusão femoro-poplitea longa (30cm) com reabitação ao nível do tronco tibioperoneal (TTP). Apesar da extensão e localização da lesão, os antecedentes cirúrgicos do doente, a ausência de veia grande safena eas múltiplas abordagens cirúrgicas femorais prévias fizeram com que o doente fosse inicialmente proposto para tratamento endovascular utilizando a técnica de DK crush. Através de um acesso percutâneo da femoral superficial ipsilateral a lesão foi recanalizada e foi colocado um fio-guia nas artérias peroneal e tibial posterior. A bifurcação do TTP foi pré-dilatada em kissing (1º kissing balloon) e foi colocado um stent expansível por balão (Xience Sierra® 3×18mm) na tibial posterior (TP). Posteriormente foi colocado um segundo stent expansível por balão (Xience Sierra® 3.5×18mm) na artéria peroneal com consequente crush da porção proximal do 1º stent. O fio-guia da TP foi removido e reintroduzido através das malhas dos stents e depois realizado o segundo kissing balloon da bifurcação com excelente resultado angiográfico. Por último, foi realizada a angioplastia femoro-poplitea com colocação de stents auto-expansíveis (Zilver PTX®) em gradação crescente.

Aos 9 meses de follow-up o doente apresenta-se sem queixas e com permeabilidade mantida de todo o eixo arterial, nomeadamente as artérias peroneal e TP, evidente em ecodoppler de controlo.

Conclusão:

No caso apresentado, a adaptação da técnica de DK crush ao território tibio-peroneal permitiu a revascularização eficaz de uma lesão arterial complexa, com bom resultado a médio-prazo.

Palavras-chave: Isquémia crítica; Angioplastia; Stenting; Infra-popliteo; Bifurcações

Abstract

Introduction:

The treatment of complex arterial lesions with long occlusions and involvement of the bifurcation of the tibial arteries remains a technical challenge in the endovascular area that often culminates in the choice of a conventional surgical alternative. Given the similarities in arterial caliber and necessary material, the adaptation of techniques used in lesions of bifurcations in the coronary circulation to the infrapopliteal territory has allowed a change in the treatment paradigm.

Material and methods:

This article presents a clinical case of a patient with complex peripheral arterial disease treated with the double kissing (DK) crush technique.

Clinical case:

74-year-old male patient, hypertensive, and smoker, previously submitted to endovascular exclusion of infra-renal abdominal aortic aneurysm and bilateral saphenectomy, diagnosed with chronic limb-threatening ischemia of the left limb - Rutherford 4. AngioCT revealed a long (30 cm) femoropopliteal occlusion with rehabilitation at the level of the tibioperoneal trunk (TPT). Despite the extent and location of the lesion, the patient's surgical history, the absence of a great saphenous vein, and multiple previous femoral surgical approaches led the patient to be initially proposed for endovascular treatment using the DK crush technique. The lesion was recanalized through percutaneous access of the ipsilateral superficial femoral artery, and a guidewire was placed in the peroneal and posterior tibial arteries. The TPT bifurcation was predilated in kissing (1st kissing balloon), and a balloon-expandable stent (Xience Sierra® 3×18mm) was placed in the posterior tibialis (PT). Subsequently, a second balloon-expandable stent (Xience Sierra® 3.5×18mm) was placed in the peroneal artery with the consequent crush of the proximal portion of the 1st stent. The PT guidewire was removed and reintroduced through the stent mesh, and then the second kissing balloon of the bifurcation was performed, with an excellent angiographic result. Finally, femoropopliteal angioplasty was performed with placement of self-expanding stents (Zilver PTX®) in increasing degrees.

The patient had no complaints and maintained patency of the entire arterial axis at nine months of follow-up, namely the peroneal and PT arteries, evident on the control ultrasound.

Conclusion:

In the case presented here, the adaptation of the DK crush technique to the tibial-peroneal territory allowed the effective revascularization of a complex arterial lesion, with good results in the medium term.

Keywords: Critical ischemia; Angioplasty; Stenting; Infra-popliteal; bifurcations

Introdução

A doença arterial periférica (DAP) é uma doença sistémica, com afeção de múltiplos territórios e que, por consequência, se manifesta em doentes com um risco cardiovascular (CV) globalmente elevado e muitas vezes submetidos a inúmeras intervenções. O tratamento endovascular da DAP, em virtude da sua natureza minimamente invasiva, surge como um método com bons resultados técnicos e clínicos, com menos complicações perioperatórias, e que se tornou já o goldstandard de tratamento de algumas lesões1-4.Todavia, lesões arteriais complexas, como oclusões longas com envolvimento de bifurcações do território infra-popliteo, permanecem um desafio técnico que classicamente culmina com a escolha de uma alternativa cirúrgica convencional. Atualmente, dadas as semelhanças de calibre arterial e de material necessário, a adaptação de técnicas utilizadas no tratamento de lesões de bifurcações coronárias para o território infra-popliteo tem permitido mudar

o paradigma de tratamento5.

Neste trabalho é apresentado um caso clínico de um doente com DAP complexa tratada com a técnica de double kissing (DK) crush.

Caso clínico

Um homem de 74 anos, hipertenso, fumador e com doença pulmonar obstrutiva crónica, recorreu à consulta por isquémia crónica ameaçadora de membro - Rutherford 4 - do membro inferior esquerdo.

Dos antecedentes cirúrgicos releva-se exclusão endovascular de aneurisma da aorta abdominal infra-renal e a safenectomia bilateral da veia grande safena.

A AngioTC pré-operatória demonstrou uma oclusão longa do setor femoro-popliteo (30cm) com reabitação ao nível do tronco tibioperoneal (TTP) - Fig. 1. Apesar da extensão e localização da lesão, com envolvimento de toda a artéria poplítea, os antecedentes cirúrgicos do doente, com múltiplas abordagens cirúrgicas femorais prévias e ausência de veia grande safena, fizeram com que o doente fosse proposto primariamente para tratamento endovascular utilizando a técnica de DK crush.

Fig. 1 Reconstrução tridimensional de AngioTC a demonstrar oclusão longa do setor femoro-popliteo com reabitação ao nível do tronco tíbio-peroneal 

Através de um acesso percutâneo da artéria femoral superficial (AFS) ipsilateral, e após administração de heparina não fracionada, foi realizada uma angiografia diagnóstica, que confirmou as lesões evidentes na AngioTC pré-operatória bem como a existência de run-off por duas artérias de perna - peroneal e tibial posterior (TP). A lesão foi recanalizada e foi colocado um fio-guia hidrofílico 0.014’ na artéria TP (“vaso secundário”). Através deste avançou-se um catéter Berenstein até à emergência da artéria peroneal (“vaso principal”) e introduzido um segundo fio 0.014’ com posterior cateterização da mesma. A bifurcação do TTP foi pré-dilatada em kissing (1º kissing balloon) e foi colocado um everolimus drug-eluting stent (DES) expansível por balão (Xience Sierra® 3×18mm; Abbott Vascular, CA, USA) na TP. Posteriormente, ainda com o primeiro balão insuflado, foi colocado um segundo everolimus DES expansível por balão (Xience Sierra® 3.5×18mm; Abbott Vascular, CA, USA) na artéria peroneal, com término proximal cerca de 1cm acima do primeiro, e aberto com consequente crush da porção proximal do 1º stent.

O fio-guia da artéria peroneal foi removido até à bifurcação TTP e reintroduzido através das malhas dos stents na TP; também o fio-guia da TP foi removido e reintroduzido pelo stent do vaso principal, de forma a assegurar a sua permeabilidade. Realizado o segundo kissing balloon da bifurcação, sendo primariamente insuflado o balão da TP (vaso secundário) para garantir uma boa abertura das malhas do stent, com excelente resultado angiográfico. Por último, foi realizada angioplastia do eixo arterial proximal com colocação de DES auto-expansíveis Zilver PTX® (Cook Medical, Bloomington, Inc) nas artérias poplítea e femoral superficial em gradação crescente - Fig. 2. O acesso percutâneo foi encerrado com dispositivo de encerramento - FemoSealTM (Terumo, Tokyo, Japan).

Fig. 2 Técnica de DK crush. A - oclusão femoro-poplitea com reabitação ao nível do tronco tíbio-peroneal; permeabilidade mantida das artéria tibial posterior e peroneal. B - Resultado angiográfico do 1º kissing balloon. C - Implantação de um everolimus drug eluting stent, expansível por balão, na artéria tibial posterior. D - Implantação de um everolimus drug eluting stent, expansível por balão, na artéria peroneal com consequente crush da porção proximal do 1º stent. E - Cateterização com fio-guia da artéria tibial posterior através das malhas dos stents. F - Segundo kissing balloon da bifurcação. G - Resultado angiográfico final do procedimento, após angioplastia do setor femoro-popliteo. 

O doente teve alta para o domicilio no 1º dia de pós-operatório, sob dupla antiagregação (AAS 100mg e Clopidogrel 75mg), que manteve durante 6 meses. Aos 9 meses de follow-up apresenta-se sem queixas, sob AAS 100mg, e com permeabilidade mantida de todo o eixo arterial, nomeadamente as artérias peroneal e TP, evidente em ecoDoppler de controlo.

Discussão

A utilização de estratégias endovasculares para o tratamento da DAP é já um método estabelecido com bons resultados técnicos e clínicos1-4.

Primariamente é importante refletir sobre o acesso selecionado. No caso descrito foi escolhido um acesso anterógrado pela AFS de forma a evitar o crossover através da endoprótese aórtica prévia bem como o tecido cicatricial ao nível da região inguinal resultante das abordagens femorais prévias.

Contudo, mesmo em doentes sem antecedentes cirúrgicos de relevo, quando se trata de lesões complexas, o acesso anterógrado deverá ser preferencial uma vez que permite a utilização do comprimento máximo do material e confere uma maior pushability para ultrapassar oclusões longas5.

Em relação à técnica utilizada, no que concerne ao território infra-popliteo, o tratamento com angioplastia simples com balão (percutaneous transluminal angioplasty - PTA) tem-se vindo a provar ineficiente principalmente quando se tratam de lesões arteriais complexas6. O recoil elástico ou as dissecções limitantes de fluxo pós-PTA são frequentes e normalmente requerem um tratamento adicional como a insuflação prolongada de um balão ou mesmo a implantação de um stent(5). Quanto à implantação à priori de stent, no estudo EXPAND (Primary Self-EXPANDing Nitinol Stenting vs Balloon Angioplasty With Optional Bailout Stenting for the Treatment of Infrapopliteal Artery Disease in Patients With Severe Intermittent Claudication or Critical Limb Ischemia) não se verificou uma diferença significativa, aos 12 meses de follow-up, tanto na taxa de doentes com melhoria clínica sustentada (74,3% versus 68,6%, p=0.60) como na percentagem de doentes sem necessidade de nova revascularização da lesão alvo (76,6% versus 77.6%, p=0.85) ou mesmo na taxa de eventos adversos major (65,6% versus 60,9%, p=0.65) nos doentes tratados primariamente com stent quando comparados com os doentes em que foi realizada PTA primária e utilizado o stent apenas como técnica de bailout7. Desta forma, atualmente, a colocação de stents neste território é utilizada on demand e, quando a sua implementação é imperativa, ao invés dos tradicionais bare metal stents (BMS), associados a elevadas taxas de oclusão, os DES coronários são utilizados como tratamento off-label preferencial dada a sua maior taxa de permeabilidade primária e secundária8-11.

Os territórios infra-popliteo e coronários assemelham-se não apenas pelo seu calibre mas porque as lesões com envolvimento de bifurcações são comuns em ambos. As técnicas de implantação de stents nestas condições, originalmente descritas para as artérias coronárias e aperfeiçoadas há décadas pelos cardiologistas, têm sido adaptadas, com sucesso, ao setor tíbio-peroneal. A abordagem ideal para o tratamento destas lesões permanece por esclarecer dentro da miríade de técnicas disponíveis atualmente. A técnica preferencial varia de acordo com as características anatómicas da lesão, nomeadamente o seu comprimento (focal/difusa), extensão ou não ao side-branch (SB) e calibre das artérias alvo.

No caso descrito foi utilizada a DK crush technique. As vantagens desta técnica incluem uma excelente cobertura do ostium do SB sem a necessidade de uma cobertura dupla de stents no vaso proximal (como acontece na técnica de culotte5) e a preservação da permeabilidade de ambos os vasos, mesmo quando a re-cateterização do SB através das malhas do stent não é possível. A re-cateterização pelas malhas do stent pode ser bastante trabalhosa mas pode ser facilitada através da utilização de DES da nova geração, com ligas de cobalto-cromo (como os stents utilizados neste caso), com malhas mais finas e células maiores, para facilitar a passagem do fio-guia5. Quando comparada com a técnica de crush “clássica”, a DK crush revelou menor incidência de trombose intra-stent (1.3% vs 3.2%), maior sobrevida livre de revascularização da lesão alvo (89.5% vs 75.4%, p=0.002) e uma menor taxa de eventos cardiovasculares major (11.4% vs 24.4%)13. Essa superioridade de resultados foi também comprovada em relação ao provisional stenting com implantação de um stent único e à técnica de culotte (DK vs cullote - revascularização vaso alvo: 18.8% vs 5.8%, p<0.001)14.

Apesar de todas as vantagens, existe uma crítica recorrente em relação à de DK crush relacionada com a sua complexidade das múltiplas etapas necessárias, o que a torna uma técnica dificilmente generalizável. Para além disso, embora da sua adaptação para o território infra-popliteo já não ser recente, existe uma lacuna importante na avaliação dos resultados destas técnicas, originalmente desenvolvidas e até ao momento apenas com sucesso terapêutico comprovado para a circulação coronária, no território infra-popliteo. É por isso urgente a realização de estudos que comprovem a sua eficácia de forma a poderem ser integradas com segurança no arsenal terapêutico disponível.

Conclusão

As lesões com envolvimento de bifurcações no território infra-popliteo permanecem um desafio técnico que, por vezes, requer a implantação de stents.

A adaptação da técnica DK crush a este território permitiu a revascularização eficaz de uma lesão complexa, com bom resultado a médio-prazo.

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Recebido: 31 de Agosto de 2020; Aceito: 05 de Outubro de 2021

Autor para correspondência. Correio eletrónico: alicerclopes@gmail.com (A. Lopes)

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