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Medievalista

versão On-line ISSN 1646-740X

Med_on  no.24 Lisboa dez. 2018

 

EDITORIAL

Hoje, como na Idade Média – atrás dos tempos vêm tempos

A Redacção


 

Fiel ao compromisso da regularidade de publicação, este número 24 da Medievalista OnLine reafirma igualmente uma assumida opção pela diversidade, tanto nas temáticas dos artigos como na orientação historiográfica dos respectivos autores.

Na vasta amplidão dos estudos medievais, a revista acolhe tanto os trabalhos de historiadores consagrados como os contributos de jovens investigadores. O único critério que procuramos adoptar é o da qualidade e interesse dos artigos. Além da orientação editorial que temos seguido desde o início da revista, a avaliação externa das propostas de publicação que nos chegam, avaliação essa feita por “árbitros” especializados e segundo critérios internacionais, visa alcançar o máximo de objectividade possível e uma suplementar garantia da qualidade dos textos divulgados.

É, de novo, o que julgamos que ressalta numa apreciação geral do presente número. Manuel Pedro Ferreira preenche o Destaque com um trabalho sobre “Martin Codax: a história que a música conta”. A secção dos Artigos abre com André Oliveira da Silva, que escreve sobre “Ensinar e Aprender na Évora Medieval”, seguindo-se Duarte Babo Marinho com “Diplomacia Visual na Baixa Idade Média Portuguesa: os Oficiais de Armas”, António Martins Costa com “O casamento de D. Leonor e Frederico III (1451-1452) e as Relações entre Portugal e o Sacro Império nos Finais da Idade Média”, para fechar com Juan Carlos Arboleda Goldaracena e o estudo intitulado “El aprovechamiento del cauce fluvial en una encomienda andaluza de la Orden de San Juan: las aceñas de Alcolea del Rio en el siglo XV”.

Na secção de Recensões Gonzalo Escudero Manzano analisa o livro de Iñaki Martín Viso publicado em 2016 sobre Asentamientos y paisajes rurales en el Occidente medieval, e Isabel Barros Dias escreve acerca da recente edição crítica da Crónica de D. João I, a que Teresa Amado dedicou os seus últimos anos de vida.

Na Apresentação de Teses, Delmira Espada Custódio dá-nos conta da sua dissertação de doutoramento em História da Arte, defendida na FCSH-UNL e versando sobre Relações Artísticas entre Portugal e a Flandres através dos Livros de Horas Conservados em Instituições Portuguesas; por seu turno, José Fernando Tinoco Díaz informa-nos igualmente da sua dissertação de doutoramento pela Universidad de Extremadura, Espanha, intitulada La cruzada en las fuentes cronísticas castellanas de la Guerra de Granada.

O número encerra com a habitual secção Varia, incluindo uma síntese do texto com que João Carvalho Dias abriu o ciclo de conferências que tem estado a decorrer ao longo de 2018 na Fundação Calouste Gulbenkian, subordinado ao tema “Coleção Calouste S. Gulbenkian (1869-1955). Manuscritos Ocidentais”; por último, Alicia Miguélez assina uma notícia sobre a presença do Instituto de Estudos Medievais no International Congress on Medieval Studies, que decorreu em Kalamazoo, Estados Unidos da América.

Apesar das dificuldades bem conhecidas por todos os que se dedicam aos estudos medievais, seja em Portugal ou no estrangeiro, esta área de investigação não tem deixado de se afirmar também entre nós. Sem se arrogar detentora de uma qualquer auto-proclamada “excelência” – um conceito tão propalado quanto vazio de conteúdo –, a Medievalista é parte integrante dessa mesma afirmação historiográfica. No momento em que este número é editado, ganha forma a integração institucional de um grupo de investigadores doutorados que desde há vários anos se têm dedicado aos estudos medievais, com empenho e apreciáveis resultados em diversas áreas de especialização. Além do justo reconhecimento desse trabalho por parte da Fundação para a Ciência e a Tecnologia e por parte das Unidades de Investigação a que esses investigadores estão ligados por laços até aqui extremamente precários de “bolseiros”, esta é também uma clara oportunidade que se abre. Para os próprios, que poderão prosseguir a sua actividade, agora com maior estímulo e melhores condições; mas de igual modo para as respectivas Unidades de Investigação e, mais concretamente, para o IEM, a que vários desses investigadores pertencem, pelo reforço da estrutura do Instituto, pelo alargamento das possibilidades de trabalho continuado e relativamente estável, pelo ingresso de investigadores a tempo inteiro, de pleno direito e com sobejas provas já dadas.

Que os escolhos que houve, há e haverá até à finalização deste processo não façam esmorecer o ânimo dos medievalistas das velhas e das novas gerações. É que, como bem nos ensinam os grandes historiadores – e, por maioria de razão, os medievalistas – “atrás dos tempos vêm tempos…”

 

COMO CITAR ESTE ARTIGO

Referência electrónica:

“Editorial: Hoje, como na Idade Média – atrás dos tempos vêm tempos”. Medievalista [Em linha]. Nº 24 (Julho – Dezembro 2018). [Consultado dd.mm.aaaa]. Disponível em http://www2.fcsh.unl.pt/iem/medievalista/MEDIEVALISTA24/editorial2401.html

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